A rede pública britânica BBC deve anunciar a demissão de 350 funcionários de sua área jornalística, o equivalente a cerca de 15% da equipe, noticia The Observer [28/11/04]. A presidente de jornalismo da emissora, Helen Boaden, recebeu ordem para cortar os empregados ‘redundantes’ – ou seja, cuja função pode ser cumprida por outros. O número veio à tona pouco depois que a secretária da Cultura Tessa Jowell comentou numa reunião com parlamentares que a BBC deveria ‘fortalecer’ seu compromisso com a imparcialidade. Ela é quem decidirá, em última instância, se a companhia terá renovada sua licença de financiamento em 2006.
De acordo com nota de Owen Gibson, do Guardian [1/12/04], Lorde Burns, o trabalhista que coordena a análise da renovação da concessão, previu que ela será renovada nesta próxima vez, mas alertou que a BBC deve se preparar para conseguir novas formas de financiamento que não o ‘imposto da TV’, pago por todos os lares britânicos que dispõem de aparelhos televisores. Ele disse que recomendará que seja realizado um ‘exame detalhado’das alternativas de financiamento da BBC em 2011, um ano antes do prazo previsto para o fim da televisão analógica no Reino Unido, com a conclusão do processo de sua substituição total por sistema digital. Burns argumentou ainda que uma nova forma de controle da BBC deve ser instaurada, pois o board of governors, comissão que atua como controladora e defensora da emissora simultaneamente, seria uma estrutura demasiado arcaica.