A autoridade reguladora da televisão na França anunciou que entrará na justiça para cassar a concessão de transmissão do canal libanês Al-Manar no país, noticiam a agência Reuters [30/11/04] e o jornal israelense The Jerusalem Post [2/12/04]. O primeiro-ministro francês, Jean-Pierre Raffarin, também pediu a suspensão da emissora. A Al-Manar é dirigida pelo grupo terrorista Hizbollah e sua programação anti-semita vinha irritando as autoridades francesas há algum tempo. O exemplo mais recente foi um programa sobre as ‘tentativas sionistas de transmitir doenças perigosas como a aids para os países árabes, através de exportações’. ‘Temos de dar uma resposta européia a esta propaganda do ódio’, declarou Raffarin, que deve levantar a questão num encontro de chefes de estado europeus ainda este mês. O canal do Hizbollah recebeu concessão para entrar no ar na França no dia 19/11. Por ser transmitido pelo satélite Eutelsat, está sob jurisdição francesa.
Mídia palestina continua campanha anti-Israel
O funcionário do ministério da Informação palestino Ahmed Sobh veio a público para desmentir que o presidente do Movimento de Libertação da Palestina, Mahmoud Abbas, tenha pedido à mídia local que pare de incitar a violência contra Israel, informa a UPI [30/11/04]. ‘O objetivo de notícias falsas como esta é dar a impressão ao público no mundo árabe de que a Autoridade Palestina segue as instruções de Israel em vez das aspirações e ambições do povo palestino’, declarou Sobh. Fontes oficiais haviam confidenciado à UPI que Abbas teria visitado veículos de comunicação em Ramallah e Gaza, e que teria pedido o fim da publicação de conteúdo anti-Israel. O fim da incitação da violência e a mudança dos currículos escolares anti-semitas palestinos são exigências do primeiro-ministro israelense Ariel Sharon para a retomada do processo de paz na região.