Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Luciano Mendes de Almeida


‘Na manhã de quinta-feira passada, 2/6, reuniram-se, na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, os dirigentes da Rede Vida e muitos amigos para expressar sua gratidão a Deus pelos dez anos de atividade do ‘Canal da Família’. Em 1993, o pequeno grupo de fundadores consagrou à padroeira do Brasil os primeiros esforços para colocar no ar as imagens do canal outorgado à TV Independente de Barretos. Nascia, assim, com as bênçãos de Deus, a Rede Vida.


A origem dessa iniciativa deve-se a João Monteiro de Barros Filho, que, ao obter a outorga do canal, convidou dom Antonio Mucciolo, então bispo de Barretos, para realizarem a importante missão de oferecer à família brasileira um novo canal de TV, marcado não só pelo empenho técnico e artístico mas pela fidelidade aos valores culturais, cívicos, morais e religiosos que caracterizam nosso povo, à luz da inspiração do Evangelho.


João Monteiro, colocando a serviço do novo canal seu idealismo e a longa experiência de diretor de rádio e jornais, uniu-se ao zelo de dom Antonio. Lançaram-se ao trabalho com fé e ousadia. Receberam o apoio da CNBB, convocaram companheiros e deram início ao Instituto Brasileiro de Comunicação Cristã, Inbrac, que integra, em seu conselho superior, a colaboração de leigos e de leigas membros do clero e da vida consagrada.


Surgiu, assim, a nova rede de TV, com o nome sugestivo de Rede Vida e a logomarca da bela estrela dourada, expressando o anseio de levar a todos a luz da Boa Nova, empenhando-se a fim de que tenham condições dignas de vida e que realizem o ideal de fraternidade como compete a filhos e a filhas de Deus.


Não foi fácil a empreitada. Aos poucos, o canal expandiu-se por todo o território nacional, atingindo 511 cidades maiores, 1.500 municípios e 12 milhões de antenas parabólicas. Em São José do Rio Preto, construiu-se a sede de operações graças ao auxílio de benfeitores, entre os quais lembramos o senador José Eduardo de Andrade Vieira, que bem compreendeu os objetivos do novo canal.


A mística da Rede Vida está explicitada na escolha de sua prioridade: ‘Canal da Família’, com a forte convicção de que o amor necessário ao convívio humano nasce e se robustece no ambiente familiar. A Rede Vida procura, assim, levar aos lares a mensagem da doação conjugal e acolhida dos filhos, do cuidado aos idosos e enfermos, da partilha e do perdão. Fomenta a vida sadia, excluindo a propaganda do fumo e do álcool e toda violência. Mantém em seus programas o padrão moral indispensável ao respeito, à estima e à solidariedade. Dá especial atenção aos programas religiosos que muito incentivam a formação do caráter, a oração pessoal e em família, a catequese e a participação litúrgica. Educa para o compromisso com a cidadania, a riqueza da nossa história e das regiões do país e a promoção do bem comum.


Entre os programas de maior aceitação, citamos a ‘Tribuna Independente’, que acaba de receber o prêmio 2005 da CNBB pela seriedade e rigor científico dos temas debatidos sobre bioética. Destacou-se apresentando, durante semanas, o testemunho de fé e de santidade dos últimos dias do Papa João Paulo 2º assim como a eleição de seu sucessor, o Papa Bento 16.


Ao comemorar o seu décimo aniversário, a Rede Vida renova o seu anseio de servir ao povo brasileiro, procurando a melhor qualidade técnica e contribuindo sempre mais ao lado de outras redes para a solidariedade e para a paz, à luz dos valores cristãos.


Dom Luciano Mendes de Almeida escreve aos sábados nesta coluna.’