Monday, 25 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Quando o fim não justifica os meios

Impelidos pelas celebridades e seus representantes, promotores e a polícia de Los Angeles abriram na última quinta-feira (9/6) uma investigação criminal sobre os paparazzi da cidade, após registrar um grande número de casos de fotógrafos que vêm desrespeitando a lei, dirigindo agressivamente e até mesmo batendo nos carros dos artistas para fotografar suas reações.

Na semana passada, um acidente de carro envolvendo a atriz Lindsay Lohan e um fotógrafo que estava perseguindo-a aumentou a lista dos incidentes entre paparazzi e celebridades. A atriz e outro passageiro sofreram cortes e feridas leves e o fotógrafo Galo Cesar Ramirez foi preso sob acusação de assalto com uma arma mortal. No ano passado, a atriz Cameron Diaz e o cantor Justin Timberlake abriram um processo contra um fotógrafo que jogou o carro na calçada em direção a eles e mais uma amiga, com o objetivo de flagrar os dois em uma reação mais exaltada.

O chefe da divisão de crimes de Los Angeles, William Hodgman, acredita que alguns paparazzi ultrapassam o limite da legalidade e agem de maneira criminosa, podendo ferir ou matar alguém na tentativa de tirar uma foto. Uma das táticas para conseguir fotos de celebridades em momentos de descuido seria realmente persegui-las de carro pela cidade e, em alguns casos, até mesmo provocar colisões, colocando pedestres e outros motoristas em risco.

Como as ações judiciais contra os fotógrafos são estritas devido às proteções da Primeira Emenda, investigadores estudam novas formas de condenar os paparazzi por acusações de conspiração – pois, embora cometam delitos leves, eles são planejados com antecedência por duas ou mais pessoas.

A mais grave vítima das perseguições agressivas dos paparazzi foi a princesa Diana, que morreu em um acidente de carro em Paris em 1997 quando seu motorista, que estaria bêbado, fugia em alta velocidade de um grupo de fotógrafos. As informações são de David M. Halbfinger e Allison Hope Weiner, do New York Times [9/6/05] e de Steve Gorman, da Reuters [9/6/05].