Egito não investigará agressão a mulheres

O parlamento egípcio rejeitou pedido da oposição ao presidente Hosni Mubarak
para que se investigasse a violência sofrida por mulheres manifestantes e
jornalistas que cobriam, há duas semanas, demonstração contra o referendo em que
a população do país seria consultada sobre uma nova lei sobre eleições
presidenciais. As mulheres foram agredidas por correligionários de Mubarak,
porque se manifestavam em favor de eleições pluripartidárias. Na presença de
policiais e agentes de segurança, foram espancadas e tiveram suas roupas
arrancadas. Cerca de 100 parlamentares votaram contra a investigação, segundo
informa a Arabic News [6/6/05].

Diversos jornalistas franceses abandonaram uma coletiva do chefe de relações
internacionais do grupo palestino Hezbollah, Ali Daamouch, quando este se
recusou a responder uma pergunta de um repórter israelense. Sety Hendler, que
escreve para o Yediot Achronot, questionou como andavam as negociações de
troca de prisioneiros com Israel. Daamouch perguntou de onde ele vinha e, ao
dar-se conta de que o jornalista era judeu, disse que não responderia. Hendler
saiu da sala e foi acompanhado por diversos colegas. Um deles, ao sair, ainda
recriminou aqueles que decidiram ficar. Em seguida, um repórter não-judeu
repetiu a mesma pergunta e recebeu uma resposta vaga, segundo informa The
Jerusalem Post [8/6/05].

A Rádio Televisão, propriedade da cadeia de rádio oficial do governo do
Afeganistão, disponibilizou quatro horas diárias em sua programação para que os
soldados espanhóis possam informar aos afegãos sobre o seu trabalho no país. O
programa, intitulado ‘Aires de Espana’, transmite dicas de saúde e higiene e
informações sobre a cultura espanhola traduzidas na língua local, além de música
espanhola. O primeiro contingente de soldados espanhóis chegou ao país em
janeiro de 2002, como parte da Força Internacional de Assistência para a
Segurança no Afeganistão, liderada pela OTAN. Informações do El Mundo
[8/6/05].