O Twitter entregou na sexta passada (14/9) ao juiz criminal da corte de Manhattan, em Nova York, Matthew Sciarrino, tuítes de Malcolm Harris, manifestante do Ocupe Wall Street. Caso não o fizesse, a rede social enfrentaria uma alta multa por desrespeito à ordem.
Harris era um dos centenas de presos durante um protesto em massa na ponte de Brooklyn em outubro. Os tuítes do manifestante não estão mais disponíveis online e a corte quer ter acesso a eles para tentar enfraquecer o argumento que Harris provavelmente dará em julgamento de que policiais teriam conduzido os manifestantes para o caminho da ponte apenas para prendê-los por obstrução do tráfego.
Após promotores terem intimado o Twitter a entregar os registros, em janeiro, a empresa e Harris deram início a uma batalha legal para cancelar o pedido, citando preocupações referentes à privacidade, dentre outras questões. Sciarrino rejeitou os argumentos e ordenou, em junho, que o Twitter entregasse os tuítes. Segundo ele, uma vez que o conteúdo foi publicado, deixa de ser privado.
O advogado de Harris, Martin Stolar, chegou a pedir a suspensão emergencial do processo na quinta (13/9). Stolar também abriu uma ação civil alegando que Sciarrino ultrapassou sua autoridade ao ordenar os tuítes. Em junho, o Twitter havia apelado do caso.
Sciarrino afirmou que manterá as mensagens fechadas no envelope até dia 21/9, até uma avaliação de outra apelação de Harris. Se a objeção não for aceita, ele revisará as mensagens e entregará o material relevante a promotores. Informações de Joseph Ax [Reuters, 13/9/12] e do New York Times [15/9/12].
Leia também
Aumenta número de pedidos de divulgação de informações de usuários