Joe Strupp, da Editor & Publisher [21/12/04], obteve cópia do rascunho do novo código de ética que está sendo preparado pela agência americana Associated Press e informa que ele contempla questões como conflito de interesses, fontes anônimas e erratas. A editora-executiva da agência, Kathleen Carroll, distribuiu o texto aos funcionários e garante que nada será definitivo antes de ampla discussão. Um dos pontos polêmicos é a proibição de investimentos em ações para jornalistas da área financeira. O presidente do sindicato que representa a redação da AP, Tony Winton, argumenta que os repórteres deveriam poder investir em papéis de empresas que não atuam no ramo que cobrem. A proposta da agência prevê restrições financeiras e políticas até mesmo para cônjuges de funcionários. O sindicato diz estar preocupado com a possibilidade de o novo código acabar sendo restritivo demais.
A proposta prevê ainda que contribuições de freelancers deverão ter aprovação de superiores e que as erratas deverão sempre estar claramente identificadas como ‘correções’, em vez de ‘esclarecimentos’ ou ‘alterações’. Uma das partes mais longas do documento se refere ao uso de fontes anônimas. Elas poderão ser utilizadas apenas para adicionar informações a uma matéria, nunca para especular ou emitir opinião. Ainda assim, será necessário que um superior saiba sua identidade e que ele aprove sua inclusão no texto. Pelo rascunho, a informação on the record pode ser usada sem restrições e com fonte identificada, enquanto a off the record não é incluída na matéria. Informações noticiadas sob condição de sigilo de fonte são chamadas de ‘background‘. Outro item importante reitera que vítimas de crimes sexuais e crianças infratoras ou alvo de crime não devem ser identificadas.