Embora inúmeras indústrias tenham decrescido nos últimos dois anos, poucas foram tão atingidas quanto as empresas jornalísticas, que já se vinham contraindo antes que se agravasse a crise econômica. Segundo as estatísticas de emprego do Departamento do Trabalho dos EUA, o total de empregos na indústria jornalística caiu de 414 mil, em 2001, para 246 mil em 2011, uma queda de 40,6% em dez anos. Os números de 2011 representam uma queda de 5% em 2010 e de 20,4% em 2009. Embora os diretores de jornais tenham feito o possível para manter o número de funcionários nas redações, a abrangência das demissões afetou inevitavelmente todas as equipes editoriais.
Números da Sociedade Americana de Editores de Jornais indicam que o emprego total nas redações encolheu de 56.400, em 2001, para 40.566 em 2012, uma queda de pouco mais de 28,1% em uma década. Em relação a 2011, o número era de 41.609, o que representa uma queda de 2,5%. Alguns diretores de jornais enfrentaram quedas maiores do que outros.
No final de 2011, a empresa Gannett Co. tinha 31 mil empregados, 40% a menos do que os 51.500 de 2001. No mesmo período, o número de empregados em sua filial americana encolheu 47%, de 39.400 para 20.900. A força de trabalho total da empresa McClatchy Co. diminuiu 53,5%, de 16.791 em 2006, após a aquisição da Knight Rider, para 7.800 no final de 2011. A New York Times Company tinha 7.273 empregados no final de 2011, 40% a menos que os 12.050 do final de 2001.
Não é novidade que a indústria jornalística se encontra sob uma tremenda pressão financeira. A Associação de Jornais da América revela que o total da receita publicitária caiu de US$ 49,3 bilhões (cerca de R$ 100 bilhões) em 2006 para R$ 23,9 bilhões (R$ 48 bilhões) em 2011 – uma queda de 51,5% em cinco anos. Informações de Erik Sass [Media Daily News, 20/9/12]