O jornalista e preso político iraniano Akbar Ganji aceitou tomar remédios e iniciar uma dieta alimentar proposta pelos médicos, de acordo com as declarações do diretor de relações-públicas do hospital onde está internado. Com o fim da greve de fome, o estado de saúde de Ganji melhorou e ele já saiu da unidade de cuidados intensivos, informa o IranMania [20/8/05].
O jornalista, de 46 anos, foi condenado em 2001 a seis anos de prisão depois de escrever um artigo no qual vinculava várias autoridades a uma série de assassinatos de intelectuais e escritores. No dia 11/6, Ganji começou uma greve de fome para pressionar o judiciário a libertá-lo. Seu estado de saúde, nos últimos meses, era crítico. A esposa de Ganji, Massoumeh Shafii, confirmou o início de um diálogo com a justiça iraniana, embora ainda esteja proibida de ver seu marido desde o início de agosto, assim como seus advogados.
A organização Repórteres Sem Fronteiras recebeu um relatório confirmando a melhora do estado de saúde do jornalista e espera que isto seja comprovado pela família dele e por seus advogados, tendo em vista que ninguém pôde visitar Ganji para saber se ele realmente terminou a greve de fome. O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, enviou uma carta ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, na sexta-feira (19/8), pedindo a libertação do jornalista, noticia Nick Wadhams [AP, 19/8/05].