Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Rede pública em greve por disputa trabalhista

Gerentes da rede pública de TV e rádio canadense Canadian Broadcasting Corporation decidiram não permitir a entrada de seus 5.500 funcionários na empresa – prática conhecida como ‘lock out’ ou greve patronal –, na segunda-feira (19/8), depois do fracasso das negociações contratuais com sindicalistas no início da semana. A CBC quer contratar mais funcionários temporários, em vez de investir num quadro fixo. No mês passado, 87,3% dos membros sindicalizados votaram a favor de uma greve para pressionar as negociações contratuais. Eles alegam que 30% do quadro de funcionários da CBC já é contratada temporariamente.

A empresa disse que usará apenas 10% de seus empregados, que não são sindicalizados – 90% dos seus funcionários fazem parte de sindicatos –, para manter a programação no ar de suas quatro emissoras de rádio e TV. A programação local matutina foi substituída por um programa nacional e as redes de televisão usaram a programação internacional da BBC para preencher o espaço na grade de programação – prática condenada pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e pela Federação Européia de Jornalistas (FEJ), que solicitaram à União Européia de Radiodifusão (UER) que impedisse os seus membros de fazer algo que ajude a CBC a prosseguir com o boicote à greve.

Os sindicatos de jornalistas britânicos NUJ e BECTU solicitaram à BBC para não tomar lado na disputa. Um porta-voz da BBC alegou que a empresa sempre permitiu a CBC de usar material da sua programação internacional. Informações de Jim Boumelha, Chris Tryhorn e Jim Boumelha [The Guardian, 16/8 e 19/8/05].