A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch [6/1/05] declarou preocupação com a segurança dos jornalistas Hanif Mazroi, Massoud Ghoreishi, Fereshteh Ghazi, Arash Naderpour, Omid Memarian Ruzbeh, Mir Ebrahimi e Mahbobeh Abasgholizadeh. Eles foram presos, sem acusações, por esquadrões secretos autorizados pelo sistema judiciário iraniano. Depois de libertados, testemunharam a uma comissão presidencial, numa investigação sobre a tortura de detentos, dando detalhes sobre os abusos sofridos na prisão. A partir daí, os jornalistas receberam ameaças de morte de funcionários da Justiça sob o comando do promotor-chefe de Teerã, Saeed Mortazavi.
Fereshteh Ghazi relatou que teve o nariz quebrado depois de ter sido espancada pelos interrogadores. Os detentos eram mantidos em confinamento solitário numa prisão secreta e constantemente sujeitos a tortura física e psicológica.
Desde a colaboração dos jornalistas com a investigação, Mortazavi tem ameaçado cada um deles com sentenças de prisão perpétua e ataques a suas famílias. O promotor continua prendendo jornalistas sem especificar acusações: liderando o ataque do Judiciário contra a liberdade de imprensa, é responsável pelo fechamento de numerosos jornais no país.