Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Laura Mattos


‘Depois da queda de Dirceuzinho, Dilminha será a nova personagem do quadro de animação ‘Os Ministros Superpoderosos’, do ‘Casseta & Planeta’ (Globo).


Mas a reforma do ‘ministério’ -uma brincadeira com a troca de José Dirceu por Dilma Rousseff na Casa Civil- é só um dos ‘presentes’ concedidos pelo escândalo do ‘mensalão’ ao humorístico. ‘O melhor é que rolou neste ano e não em 2006, que tem Copa. Eles são organizados, o crime é organizado. Nós não temos do que reclamar’, brinca Hubert, o Viajando Henrique Cardoso.


À Folha, ele falou sobre Lula, crise política, ‘Pânico na TV’ e novo filme. Leia trechos a seguir.


Folha – É o melhor momento político para piadas dos últimos anos?


Hubert – O humorista brasileiro não pode se queixar dos seus políticos. O povo pode, mas nós não. Trabalho desde os tempos de Figueiredo, e até hoje eles nunca deixaram de fornecer piadas.


Folha – ‘Mensalão’ é engraçado?


Hubert – É, caiu na boca do povo.


Folha – Quem é o maior palhaço?


Hubert – O grande otário dessa história toda é o Lula, porque estava acontecendo um monte de coisa ali do lado dele, e o cara só vendo futebol. Uma filial da máfia ali do lado da sala dele, e o cara vendo melhores momentos do jogo. O palhaço é quem votou nesses políticos, e o otário de ouro é o presidente.


Folha – Além da queda de Dirceuzinho, farão mais reformas no ministério dos superpoderosos?


Hubert – Entra Dilminha (risos). Boa idéia. É a nova personagem.


Folha – Lula rende muito mais piadas do que Fernando Henrique?


Hubert – Acho que é a mesma coisa. Realmente não temos do que nos queixar. Os políticos sempre fazem bobagens. O Lula é um prato cheio. Tem um sistema que favorece a corrupção, e o cara fica vendo futebol. Ainda bem que o Brasil ganhou da Argentina. Foi uma jogada para desviar a atenção do ‘mensalão’ (risos). Os jogadores receberam uma mala de dinheiro.


Folha – Você ainda agüenta responder o que acha do ‘Pânico’?


Hubert – Agüento. Eu gosto, nós gostamos, achamos engraçado. Eles são feios, mas estão na moda (risos). O programa é diferente do nosso. Eles gostam de falar de artista, nós, mais da novela. Eles têm o humor ideal da Rede TV!, que vive muito da Globo. Estão no lugar certo. Falam do Silvio Santos, do Gugu, do que não podemos falar na Globo. Há uma orientação de que não podemos falar do concorrente. Acho que se pode fazer o trabalho em qualquer emissora, desde que a emissora esteja a fim.


Folha – E o novo filme?


Hubert – Estamos fechando o roteiro e devemos fazer inteiramente na Globo, com o diretor do programa. ‘Puro-sangue’, como chamam. É o julgamento do século das Organizações Tabajara. Terá elementos do programa, mas no cinema não basta um monte de quadros. Haverá um grande galã para atrair as mulheres.’



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Beatriz Coelho Silva


‘Petrobrás distribui R$ 45,5 milhões ‘, copyright O Estado de S. Paulo, 01/07/2005


‘A Petrobrás vai investir R$ 45,5 milhões em 171 projetos culturais selecionados entre 3.380 candidatos. Desta verba, R$ 23 milhões vão para produção e distribuição de filmes de longa-metragem, R$ 11 milhões para preservação de patrimônio, R$ 1 milhão para produção de curtas e R$ 4 milhões para produção musical e apoio a orquestras, corais e bandas. O resultado do edital foi divulgado ontem e, em comum, todas as áreas têm a preocupação de fazer circular os produtos (filmes, discos, livros, etc.) que resultarem desse patrocínio. Falta ainda sair o resultado da concorrência para artes cênicas, que terá R$ 3 milhões, e ficará a cargo da Fundação Nacional de Arte (Funarte). A empresa não informa quanto destina a cada projeto.


A descentralização foi o principal critério das escolhas e a gerente de patrocínio da estatal, Eliane Costa, lembrou que, dos 171 selecionados, 42% são do Rio e São Paulo e 58% de outros Estados. ‘Inverteu-se a equação do ano passado, quando 57% dos projetos vinham do Rio e São Paulo’, comentou ela na entrevista coletiva em que o resultado foi anunciado. Essa proporção, no entanto, se inverte na produção de longas-metragens, pois dos 24 projetos selecionados, 18 são de produtoras sediadas nas duas cidades, e os outros 6 se dividem entre Brasília, Rio Grande do Sul (2 filmes cada um), Pernambuco e Bahia (1 filme cada um).


‘É natural, pois o mercado se concentra nas duas cidades, as salas de exibição e as pessoas que vão ao cinema também’, explicou o coordenador desta seleção, José Carlos Avellar. ‘Não cabe à empresa mudar as regras, mas o fato de as produtoras serem do Rio e de São Paulo não significa que os filmes serão rodados nessas cidades ou as tenham como tema ou cenário.’


A maioria dos longas escolhidos é de diretores com um ou mais títulos, embora todos tenham projetos que, a princípio, têm algum tipo de experimentação e/ou não perseguem as regras de mercado. É o caso de Diller Andrade, produtor dos filmes da Xuxa e dos Trapalhões, que produzirá o documentário Juízo, de Maria Augusta Ramos. No ano passado, ela lançou Justiça, que desvenda as entranhas do Fórum carioca de uma forma lancinante e original. Juízo é uma continuação, abordando a Justiça da Infância e Juventude do Rio de Janeiro. Lúcia Murat, outra contemplada, vai produzir um musical, gênero raro no País depois da era das chanchadas. Eu Prefiro a Maré é sobre dois jovens moradores da favela carioca do título.


Na área de música, mudou-se o foco, explicou o responsável pela área, o compositor e crítico José Miguel Wisnik. ‘Até aqui, nossa preocupação foi preservar a memória. Agora, fomos atrás da produção atual de artistas com trabalho consolidado, que ainda não encontram brechas no mercado. Não contemplamos os que conseguem passar essa barreira, porque a música comercial é uma indústria forte no Brasil e não precisa de patrocínio. Procuramos buscar a maior variedade de gêneros e alcançar todas as regiões, fazer mesmo uma radiografia da produção nacional. Não foi fácil escolher os 34 projetos entre mais de 500 (800 foram inscritos, mas 300 não atendiam ao regulamento). Há uma qualidade imensa na música que se faz neste país.’


A produção de discos ficou com R$ 3 milhões, e o leque tem da música eletroacústica de Goiás e Minas Gerais ao chorinho do carioca Maurício Carrilho, que vai gravar um disco autoral com a participação do percussionista Naná Vasconcellos. ‘Outra novidade deste ano é o financiamento de 31 grupos musicais (que receberão R$ 1 milhão), que vai da compra de instrumentos para orquestras e bandas a uniformes e fardamento para corais. Ao contrário do registro da produção contemporânea, este patrocínio é a longo prazo e não rende necessariamente um produto’, disse Wisnik. ‘A preservação da memória musical não foi esquecida. Entrou na rubrica de patrimônio material e imaterial.’


Esta recebe R$ 11 milhões, dos quais R$ 3 vão para a memória das artes (cênicas, plásticas, música, etc.), outro tanto para patrimônio imaterial (com predominância para o resgate da cultura indígena) e R$ 5 milhões para museus, arquivos e bibliotecas. ‘Nesta área, agimos em consonância com a política do Bando Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). a Caixa Econômica Federal (CEF), que também patrocinam a preservação de museus, e , é claro, com o Ministério da Cultura’, salientou as coordenadora, Jurema Machado, funcionária de carreira do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). ‘Não contemplamos os grandes museus porque recebem verbas de outros programas. Buscamos instituições e acervos sem a mesma visibilidade.’


Nessa área, também a regionalização é patente. Há desde a recuperação do acervo de Mestre Daniel, líder do Santo Daime no Acre, ao levantamento da literatura produzida em Roraima. Tal como nas outras áreas, preocupação é tornar esses trabalhos conhecidos. ‘É nossa próxima tarefa, criar meios para que esses conhecimentos circulem o máximo possível’, alertou Wisnik. ‘No caso da música, é intenção da Petrobrás criar um site que exponha os trabalhos resultantes de seu projeto cultural.’


Além dos selecionados em concorrência pública, a estatal reservou R$ 15 milhões para projetos convidados, que vão desde o novo filme da cineasta Suzana Amaral a grupos estáveis como Corpo (de balé) e Galpão (de teatro). Segundo Eliane Costa, o investimento total do projeto Petrobrás Cultural é de R$ 61 milhões.’



 


O Estado de S. Paulo


‘Por US$ 10 mil, testa vira outdoor ‘, copyright O Estado de S. Paulo, 01/07/2005


‘A americana Kari Smith aceitou a oferta de US$ 10 mil para deixar sua testa ser tatuada com o endereço de um site de apostas por internet, o GoldenPalace.com. Kari, de 30 anos de idade, que leiloou no site eBay seu singular espaço publicitário, disse que o dinheiro era para garantir educação privada ao filho de 11 anos, Brady, que está com os estudos atrasados.


‘Em comparação com todos os sacrifícios que fazemos, este é muito pequeno’, afirmou. ‘Trata-se de um pequeno sacrifício para construir um futuro melhor para meu filho. Para muita gente, isto parece uma coisa estúpida. Para mim, US$ 10 mil é como se fosse US$ 1 milhão’, comentou ainda Kari, arrematando: ‘Eu só vivo uma vez e vou fazer isso por meu filho.’


Don Brouse, o artista encarregado de fazer a tatuagem, disse que tentou durante quase sete horas convencê-la a desistir da tatuagem. Não conseguiu e fez, então, a gravação próxima à linha do cabelo, com letras de 2,5 centímetros de tamanho, que poderiam ser cobertas com um lenço ou um chapéu.


Quando Kari fez a oferta no site do eBay, atraiu mais de 27 mil ofertas que não passaram dos US$ 999,99, até que o GoldenPalace.com, dedicado a apostas por internet no território Mohawk, em Kahnawake, Canadá, ofereceu os US$ 10 mil e ela aceitou.’



 


SBT


Keila Jimenez


‘SBT produz seu ‘American Idol’ ‘, copyright O Estado de S. Paulo, 01/07/2005


‘Janeiro de 2005. Essa é a data prevista para a estréia da versão brasileira de American Idol no SBT. O reality show, comprado pela emissora da Freemantle – a mesma de O Aprendiz -, já está em fase de produção na emissora de Silvio Santos.


American Idol, que pode se chamar no SBT Pop Idol ou Ídolo Nacional, tinha estréia prevista para agosto, mas foi adiado porque não haveria tempo suficiente para inscrições e seleções de candidatos em várias capitais. Esse, por sinal, é outro detalhe da produção: o SBT pretende contar com a participação efetiva de suas afiliadas em todo o País no processo de seleção dos concorrentes do programa.


Outra data cogitada por SS para a estréia do reality foi outubro, mas a emissora achou melhor abrir o ano com uma novidade desse porte. Ao que tudo indica, a atração vai concorrer com outro reality de peso que costuma estrear em janeiro: a 6ª edição do Big Brother Brasil, da Globo. Mas nada impede que SS mude de idéia.


Por via das dúvidas, a produção da versão brasileira de American Idol continua a todo vapor. A equipe está na fase de escolha dos possíveis jurados do programa. Como a patente, a versão terá três jurados ligados ao mundo da música. A intenção é escolher três pessoas com os perfis parecidos com os dos jurados americanos: o mal-humorado Simon Cowell, a simpática Paula Abdul e alguém especialista em música como Randy Jackson. A produção do SBT tem sido acompanhada de perto por uma equipe da Freemantle, para que tudo saia conforme as regras do formato.’