Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Glamour desbanca Cosmo na Inglaterra

A editora americana Condé Nast, que publica revistas como Vogue, Architectural Digest e Vanity Fair, tem motivos de sobra para festejar. O sucesso, desta vez, veio do outro lado do Atlântico. A versão britânica da Glamour tornou-se a revista mensal mais vendida na Grã-Bretanha, com circulação de mais de 600 mil exemplares. Historicamente, explica David Carr [The new York Times, 24/1/05], os mercados internacionais não costumam ser tão lucrativos para as editoras americanas.

Lançada em 2001, a Glamour britânica foi ridicularizada pelas concorrentes. Feita em formato menor do que o das revistas tradicionais, chegou a ser chamada de ‘pigmeu’. A maior provocação veio da presidente da Hearst Magazines, Cathleen P. Black, responsável pela publicação da versão britânica da Cosmopolitan, que definiu a Glamour como ‘um pequeno tatu na estrada’.

Sucesso europeu

O comentário serviu de estímulo para que Jonathan Newhouse, presidente da divisão internacional da Condé Nast, investisse de vez na revista. ‘Nossa companhia possui conhecimento em beleza e moda, e isso nos ajuda a fazer um produto editorial que as pessoas queiram ler, aqui e em qualquer outro lugar’, diz ele. Com esta receita, a Glamour vende hoje 150 mil exemplares mensais a mais do que a Cosmo.

O sucesso não chegou apenas na Inglaterra. Em 2004, as versões da revista na Itália, Alemanha, Espanha e França também ficaram à frente do título rival. Newhouse, que aposta agressivamente no mercado internacional, já licenciou a marca Glamour na Grécia, Polônia, África do Sul e Hungria. E, em breve, pretende lançar uma versão holandesa da revista.

Para George J. Green, presidente da Hearst Magazines International, o crescimento da Glamour na Grã-Bretanha e em outros países não chega a prejudicar a Cosmo. Segundo ele, os lucros da divisão internacional de sua companhia subiram 40% no ano passado.