O fundador da CNN, Ted Turner, comparou o sucesso da concorrente Fox News à alta popularidade de Adolf Hitler nas eleições alemãs anteriores à Segunda Guerra Mundial. Turner afirmou, em discurso para uma platéia de executivos de TV, que a Fox News é claramente pró-Bush e que, apesar de ter mais audiência que a CNN, não é a melhor emissora do setor. Segundo Owen Moritz [New York Daily News, 26/1/05], a Fox respondeu às críticas de Turner num de seus programas de maior audiência, dizendo que o empresário está ‘amargurado por ter perdido seu público, sua rede e, agora, sua cabeça’. Em 1996, Turner também comparou o dono da Fox, Rupert Murdoch, a Hitler, e se desculpou à Liga Antidifamação pelos comentários. Na época, ele disse que sua escolha de palavras foi ‘infeliz’ e ‘ofensiva’ e explicou que se referia ‘ao jeito que Hitler conduzia as notícias na Alemanha’.
A guerra na TV fechada
Os americanos aficionados por assuntos militares têm agora três canais de televisão exclusivos para se informarem a respeito, segundo noticia Mark Glassman, do New York Times [24/1/05]. A Discovery acaba de fazer mudanças em seu canal Discovery Wings, voltado à aviação, no Military Channel, que abrange também questões bélicas marítimas e terrestres. Há planos de que ele transmita pelo menos 200 horas de programação original este ano. A companhia A&E, por sua vez, continua com o Military History Channel, um derivado do History Channel. O terceiro canal neste filão, Pentagon Channel, não concorre diretamente com os outros. Por pertencer ao Pentágono, não tem anúncios e sua programação é voltada aos próprios militares. Exemplos de programas são um sobre a saúde do soldado ou um noticiário sobre a instituição. Também são exibidas cenas antigas de guerra, para ‘elevar o moral’ das tropas, que têm acesso ao canal em todo o mundo, através de um sistema via satélite.