Foram anunciados, na semana passada, os vencedores da edição de 2004 do Prêmio George Polk, organizado pela Universidade de Long Island, nos EUA. Fundada em 1949, a premiação homenageia o correspondente da CBS George W. Polk, morto um ano antes enquanto cobria a guerra civil na Grécia, e escolhe jornalistas que realizaram, durante o ano, trabalho considerado de qualidade. Os candidatos são indicados por um comitê nacional, formado por executivos de organizações de mídia, editores, repórteres e professores de Jornalismo. A seleção final é feita por um júri formado por diretores e professores da Universidade.
Este ano, o New York Times e a Associated Press foram as organizações que mais receberam prêmios – três e dois, respectivamente. O prêmio Carreira ficou para o veterano Bill Moyers, que se aposentou no ano passado, depois de 54 anos de jornalismo. O repórter investigativo Seymour M. Hersh, da New Yorker, ganhou o prêmio Revista, pela matéria sobre a tortura de prisioneiros iraquianos em Abu Ghraib. Este foi o quinto Polk recebido por Hersh. Dexter Filkins, do NY Times, foi premiado na categoria Cobertura de Guerra, pela reportagem sobre um ataque em Faluja que deixou saldo de 51 soldados americanos mortos – dos quais seis faziam parte da tropa à qual o jornalista estava integrado.
O prêmio de Reportagem Nacional foi para Walt Bogdanich, também do NY Times. Paisley Dodds, da AP, ganhou a categoria de Reportagem Internacional por matérias feitas no Haiti sobre a queda do presidente Jean-Bertrand Aristide. Diana B. Henriques, do NY Times, foi premiada na categoria Reportagem Militar. Justin Pritchard, da AP, levou o prêmio Reportagem de Trabalho; e a dupla Ellen E. Schultz e Theo Francis, do Wall Street Journal, ficou com o de Reportagem Econômica. Na categoria Reportagem de Televisão foram premiados Diane Sawyer e Robbie Gordon, do Primetime Live, da ABC News. Informações de Robert D. McFadden [The New York Times, 22/2/05].