A imprensa americana está obcecada por Hillary Clinton, afirma Howard Kurtz [The Washington Post, 28/2/05]. A senadora está em capas de revistas e, em toda entrevista que concede, surgem perguntas sobre a possibilidade de sua candidatura à presidência em 2008.
O consultor Howard Wolfson, que representa Hillary, acredita que a próxima eleição ainda está bastante longe para que comecem as especulações de quem será o próximo candidato democrata. George W. Bush foi reeleito há poucos meses e tem pela frente quase quatro anos de mandato.
Ainda assim, a CNN, em parceria com o USA Today, encomendou uma pesquisa para descobrir a preferência dos eleitores para os próximos candidatos ao posto político mais importante do país. No lado democrata, Hillary abocanhou 40% dos votos, contra 25% para John Kerry e 17% para John Edwards.
Kurtz diz que a obsessão da imprensa pela senadora reflete um impulso jornalístico voltado a debater e, às vezes, prever o futuro. Segundo ele, a história de Hillary se encaixa perfeitamente nos anseios dos jornalistas: ‘[Ela é] a ex-primeira-dama em busca do antigo posto do marido; a mulher que poderia restaurar a dinastia de sua família ao suceder o filho que restaurou a dinastia de seu pai’.
Já o colunista Roger Simon, da U.S. News & World Report, a classifica como uma das verdadeiras celebridades do meio político americano. ‘A candidatura de Hillary seria uma ótima continuação para esta história’, afirma ele. Por enquanto, dizem seus assessores, a única disputa em que ela pensa é a reeleição ao senado, no ano que vem.