Thursday, 19 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

Disney faz pressão por licença de TV

Hong Kong Disneyland, o décimo primeiro parque temático de Walt Disney, foi inaugurado na semana passada (12/9), na ilha de Lantau, com a presença do chefe-executivo de Hong Kong, Donald Tsang, e o vice-presidente chinês, Zeng Qinghong. Já a ilha principal da China vai ter que esperar para receber um parque similar, pois a Walt Disney Company decidiu adiar a construção de um outro parque em Shangai até que tenha assegurada a possibilidade de transmitir programas da companhia na televisão chinesa.

A postura da Walt Disney reflete a insatisfação de muitas empresas de mídia ocidentais com a decisão do governo chinês, em agosto, de proibir a operação de novos canais de TV por satélite controlados por companhias estrangeiras, até que as autoridades concluam a nova regulamentação do funcionamento dos canais já em operação. O maior impacto da proibição de novas emissoras foi sentido pela própria Disney, que solicitou uma licença de transmissão em 2003 e é um dos poucos conglomerados de mídia sem um canal no mercado chinês.

Shangai demonstra interesse em sediar um parque da Disney há anos e negociações com executivos da empresa e autoridades locais têm causado considerável preocupação em Hong Kong, que investiu US$ 2.9 bilhões em dinheiro de impostos para ajudar na construção do parque, de estradas de acesso a ele e de uma linha de metrô. Hong Kong Disneyland irá enfrentar uma forte competição se um parque similar for aberto em Shangai.

Robert A. Iger, presidente da Disney que irá suceder Michael D. Eisner no cargo de executivo-chefe a partir de outubro, afirmou que, antes de construir outro parque em Shangai, a empresa precisa de garantias de que será capaz de usar a televisão para mostrar os personagens da Disney ao público chinês. Iger afirmou que outros países que permitiram o canal da Disney pediram que fossem incluídas produções locais na programação do canal e que esta seria uma possibilidade para o mercado chinês. O governo de Hong Kong detém 57% das ações do novo parque e a Disney possui o restante. Informações de Keith Bradsher [The New York Times, 12/9/05].