O recente assassinato de dois profissionais de imprensa iraquianos eleva para 71 o número de jornalistas mortos no país desde o começo da guerra, em março de 2003, segundo nota da organização Repórteres Sem Fronteiras [21/9/05]. Firas al-Maadhidi, editor do jornal al-Safir, e a repórter Hind Ismail foram assassinados a tiros entre 20 e 21/9, em Mosul, a 370 km ao norte da capital. Com sede em Bagdá, o al-Safir é conhecido por uma posição editorial pró-democracia e vem desenvolvendo uma campanha de esclarecimento sobre a importância da nova Constituição e das eleições.
‘Os jornalistas continuam sendo alvos privilegiados no Iraque. Nós condenamos estes ataques, que aconteceram na segunda cidade mais perigosa do país para os profissionais da imprensa’, denunciou a RSF. A organização também reiterou o pedido às autoridades iraquianas e às forças de coalizão para que efetuem ‘investigações rápidas e profundas’ sobre estes assassinatos.
A RSF lembra que a guerra no Iraque é o conflito com maior número de mortes de jornalistas desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Este ano, 22 dois deles já foram assassinados no país. Na guerra do Vietnã, entre 1955 e 1975, 63 jornalistas morreram. Dois jornalistas ainda estão desaparecidos no Iraque: Frédéric Nérac, do canal britânico ITV News, desde março de 2003, e Isam Hadi Muhsin al-Shumary, cinegrafista do canal alemão Suedostmedia, desde agosto de 2004.