Saturday, 23 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Desenganada, empresa mostra que ainda tem futuro

A America Online já teve sua morte declarada por diversas vezes nos últimos dez anos. Escapou em todas. Hoje, depois da tomada de um passo estratégico perigoso mas necessário – a disponibilidade de acesso gratuito de todo o conteúdo de seu portal –, a companhia revela-se saudável e pronta para competir. Segundo Randall Stross, em artigo no New York Times [25/9/05], a experiência ainda é recente, e talvez seja preciso esperar pelo menos um ano para avaliá-la. Ainda assim, os números apresentados pela companhia nos últimos meses são um sinal de que a AOL merece um voto de confiança por parte de analistas e da proprietária Time Warner.

Mesmo com uma queda significativa de usuários – pagantes – nos últimos tempos, com a migração para a internet de banda larga, a companhia conseguiu manter tráfego suficiente para se posicionar entre os três maiores portais da rede, ao lado de Yahoo e MSN. O número de assinantes caiu de 34 milhões em todo o mundo em 2001 para 20.6 milhões nos EUA e 6.2 milhões na Europa. Ainda assim, a receita da AOL apresentou aumento de US$ 92 milhões no último trimestre com relação ao mesmo período de 2004, passando a US$ 368 milhões.

Em agosto, segundo dados da consultoria Score Networks, o portal teve 88 milhões de visitantes únicos e 26 bilhões de page views, números que certamente encheram os olhos dos anunciantes. Entre abril e junho, a receita publicitária subiu 45% com relação ao mesmo período no ano passado, o que amorteceu a queda de 9% na receita com assinaturas.

A turbulenta relação entre AOL e Time Warner, conseqüentemente, passa por um bom momento. Richard D. Parsons, presidente da empresa proprietária, permaneceu quieto quanto aos rumores sobre uma possível aliança estratégica com a Microsoft, mas prometeu publicamente manter o compromisso com a divisão de internet que tanto problema já deu à companhia.