A Universidade do Sul da Califórnia (USC, na sigla em inglês), nos EUA, divulgou uma nota criticando empresas cujos anúncios vão para sites acusados de piratear música e filmes. “Todo mundo sabe que a pirataria destruiu o negócio das gravadoras”, disse Jonathan Taplin, diretor do laboratório Annenberg Innovation Lab, da universidade.
As redes de anúncios do Google e do Yahoo são acusadas de darem apoio financeiro àqueles que pirateiam músicas e filmes na internet, segundo a nota. O Annenberg Innovation Lab estudou quais seriam as redes de anúncios que colocariam a maioria dos anúncios em sites acusados de violar os direitos autorais das gravadoras e distribuidoras de filmes, e divulgou na semana passada uma lista dos dez primeiros. O Google vem em segundo e o Yahoo, em sexto.
A empresa OpenX, que fornece ferramentas digitais e móveis para publicidade, com sede em Pasadena, Califórnia, foi o principal anunciante em sites piratas, segundo a nota. Para ajudar a elaborar a lista dos “principais sites transgressores”, a USC acusou o próprio Transparency Report, do Google – que lista o nome dos sites que recebem mais pedidos de donos de direitos autorais para retirar o conteúdo transgressor.
Asfixiar o tráfego e os fundos
O Google disse que não vira a nota da universidade, mas que é um erro sugerir que os anúncios da empresa sejam uma fonte de fundos importante para os sites de piratas. “A complexidade da publicidade online levou algumas pessoas a concluírem incorretamente que a simples presença de um código do Google num site significa apoio financeiro do Google”, disse um porta-voz da empresa.
As empresas de entretenimento vêm tentando derrubar os piratas por meio do dinheiro. Os grupos de distribuição das maiores companhias de cinema e música vêm pressionando o Google há anos para fazer uma mudança em seus rankings de busca e de redes de anúncios para ajudar a asfixiar o tráfego e os fundos para os piratas. Com informações de Greg Sandoval [CNET News, 2/1/13].