Sunday, 24 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Circulação de jornais no país aumentou 1,8%

A circulação dos jornais brasileiros cresceu 1,8% em 2012, com vendas médias diárias de 4.520.820 exemplares, um novo recorde histórico de acordo com números divulgados ontem pelo Instituto Verificador de Circulação (IVC), que audita os dados do setor. Contudo, foi a menor expansão em três anos: em 2010, a circulação avançara 2,3%, e em 2011, 3,4%. O aumento de pouco mais de 80 mil exemplares em relação à circulação média diária de 2011 (de 4.439.845 exemplares) deveu-se exclusivamente ao crescimento das edições digitais dos jornais. De acordo com o IVC, a circulação digital dos jornais cresceu 128%, que alcançou a média diária de 143 mil exemplares no ano passando, contra 63 mil em 2011.

Pedro Martins Silva, diretor executivo do IVC, explica que a maioria dos leitores das edições digitais é de assinantes, mas que há também aqueles que compram edições avulsas em bancas virtuais, que também são auditados. “A demanda pelas edições digitais tem crescido mais fortemente a partir de 2010, com a chegada dos tablets, que deixaram muito mais prática e agradável a leitura das versões online do jornais”, diz Silva.

De acordo com Silva, além da comodidade cada vez maior que os equipamentos móveis oferecem à leitura, a assinatura das edições digitais é mais barata, já que nesse meio não incidem custos como os do papel e da distribuição. Os números do IVC revelam que o meio digital também impulsionou as assinaturas, que cresceram 3,4% no ano passado ante 2011.

Versão digital: oportunidade

O IVC audita a circulação de cem títulos de todo o país, dos quais apenas 24 já têm uma versão digital. O que, na avaliação de Silva, representa uma nova frente para expansão de circulação para os 76 veículos que ainda não dispõem do canal eletrônico de distribuição de conteúdo.

Os dados do IVC mostram também que a circulação dos jornais com preço médio entre R$ 1 e R$ 2 aumentou cerca de 1,7% no ano passado, contra avanço de 1,3% nos títulos chamados populares, com preço de capa até R$ 0,99. Os títulos com preço de capa acima de R$ 2 também cresceram – à taxa de 1,4%.