Thursday, 19 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

Bloomberg e ‘WSJ’ lançarão seus próprios serviços

Wall Street Journal e Bloomberg planejam se aventurar no mundo das redes sociais – têm a ideia de lançar redes de negócios ao estilo do LinkedIn, focado em relações profissionais. Mas é isso que seus leitores realmente querem? E seria um bom negócio competir com o próprio LinkedIn, que já cumpre bem sua função?

Na apresentação de sua rede social, batizada de WSJProfile, o Wall Street Journal mostrou um esboço de perfil de usuário do site, que conectaria os leitores do jornal, permitiria a troca de mensagens pessoais e encontraria pessoas com interesses parecidos. A página inclui seções para exibir uma pequena descrição pessoal, experiência profissional, afiliações industriais, prêmios e outras categorias.

Criar uma rede como essa faz perfeito sentido. Ou fazia, seis anos atrás, quando redes como o LinkedIn e o Facebook ainda estavam começando. O que o Wall Street Journal pretende fazer é virtualmente idêntico ao LinkedIn, exceto que este permite contato com milhares de pessoas, independentemente se leem o jornal ou não.

Ser um leitor do jornal é o suficiente para o sucesso da rede social? É duvidoso, mas parece que o Journal vai tentar do mesmo jeito. Provavelmente, irá usar as informações para fazer anúncios personalizados e outras promoções segmentadas. É valioso notar que a apresentação não mencionava nenhuma ameaça de competição vinda de qualquer outra rede social.

Enquanto isso, a Bloomberg aparenta querer relançar sua rede, chamada Current. A base do novo negócio da Bloomberg também é claramente ameaçada pelas redes sociais dominantes. Apesar de a empresa ter uma renda bilionária pela venda de seus terminais, um fator crucial para o valor desses equipamentos é a forma como permite a conexão entre profissionais financeiros, com mensagens instantâneas e outras ferramentas. Informações em tempo real são importantes, mas as conexões são bem valiosas.

Mas, se você quer se conectar com alguém em tempo real, o Twitter também é uma rede massiva que permite isso de maneira mais ampla que a Bloomberg (embora essa amplitude seja vista como uma desvantagem para alguns). Existe até mesmo uma versão do site voltada ao mercado financeiro, chamada StockTwits.

Assim, a questão para ambos os empreendimentos é: por que leitores adotariam estas redes se já fazem uso de outras com as mesmas funções?