Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

O “Holofote” está apagando

Foram quatro notas – uma sobre o governador Alckmin (a favor de Serra), outra sobre a Ford (a pedido do Departamento de Publicidade) e duas sobre grandes empresários do ensino superior: Edevaldo Alves da Silva e Ronald Levinsohn (Veja nº 1949, de 29/3/2006, pág. 42).


Esta última, porém, nada tinha a ver com a pujante UniverCidade do Rio de Janeiro, mas com outra empresa do empresário, a financeira Delfin, portentoso escândalo acontecido há 25 anos, um dos maiores da ditadura.


A nota comemora a vitória de Levinsohn no STJ, mas para os bem informados leitores do semanário parece que ele foi vítima da perseguição política. Ao contrário: foi favorecido não apenas por figurões do governo militar, mas também por jornais e jornalistas que espontaneamente prestaram-lhe a devida solidariedade sob a forma de silêncio em troca de insignificantes financiamentos para a compra de apartamentos.


O escândalo da Delfin rendeu mais tarde um livro-reportagem que evidentemente não foi consultado na hora de fechar a coluna. A lâmpada estava queimada.