O Paraguai existe
Não se pode dizer há quanto tempo o Brasil vive de costas para o Paraguai.
A terra dos guaranis só era notícia nas reportagens sobre contrabando e tráfico de drogas, e entrou transversalmente no caso da investigação sobre a presença de grupos terroristas na região da tríplice fronteira em Foz do iguaçu, dez anos atrás.
No mais, os paraguaios sempre foram desprezados como os primos pobres do Cone Sul.
O monsenhor Fernando Lugo Mendez, cujas funções religiosas foram suspensas temporariamente pelo Vaticano, é pouco conhecido por aqui.
Sua vitória abre os olhos da imprensa e das autoridades brasileiras para um processo que parece estar em curso no país vizinho e que pode afetar os interesses do Brasil.
Lugo elegeu-se com apoio de uma frente de forças esquerdistas e de centro-direita, após uma vida dedicada aos pobres.
Sua principal bandeira é a revisão das relações econômicas com os países vizinhos.
Entre eles, o mais vistoso, para o bem e para o mal, é o Brasil.
De repente, a imprensa brasileira descobre o Paraguai.
A eleição de Fernando Lugo ganhou manchetes na segunda-feira e começa a alimentar as pautas dos jornais daqui para a frente.
O tema central é a anunciada intenção do futuro presidente de rever o Tratado de Itaipu e olutros acordos comerciais vigentes há mais de vinte anos.
No Paraguai, o Brasil é apresentado diariamente como potência exploradora, numa campanha encabeçada pelo jornal ABC Color e reproduzida na televisão e por emissoras de rádio de todo o país.
A imprensa brasileira se sente confortável ao noticiar a liderança do Brasil na América do Sul e sua crescente influência no cenário internacional.
Vamos ver como reage diante do outro lado da moeda.
No caso da Bolívia, que elegeu Evo Morales e partiu para o confronto, a imprensa brasileira quase foi à guerra.
No fim, a Petrobras fez a revisão dos contratos e até mesmo o empresário Eike Batista, que teve seus investimentos expropriados, acertou-se com os bolivianos.
Antes que os tambores de guerra da imprensa brasileira houvessem esfriado, Eike Batista e Evo Morales já haviam se tornado velhos amigos de infância.
Não se pode dizer há quanto tempo o Brasil vive de costas para o Paraguai.
A terra dos guaranis só era notícia nas reportagens sobre contrabando e tráfico de drogas, e entrou transversalmente no caso da investigação sobre a presença de grupos terroristas na região da tríplice fronteira em Foz do iguaçu, dez anos atrás.
No mais, os paraguaios sempre foram desprezados como os primos pobres do Cone Sul.
O monsenhor Fernando Lugo Mendez, cujas funções religiosas foram suspensas temporariamente pelo Vaticano, é pouco conhecido por aqui.
Sua vitória abre os olhos da imprensa e das autoridades brasileiras para um processo que parece estar em curso no país vizinho e que pode afetar os interesses do Brasil.
Lugo elegeu-se com apoio de uma frente de forças esquerdistas e de centro-direita, após uma vida dedicada aos pobres.
Sua principal bandeira é a revisão das relações econômicas com os países vizinhos.
Entre eles, o mais vistoso, para o bem e para o mal, é o Brasil.
De repente, a imprensa brasileira descobre o Paraguai.
A eleição de Fernando Lugo ganhou manchetes na segunda-feira e começa a alimentar as pautas dos jornais daqui para a frente.
O tema central é a anunciada intenção do futuro presidente de rever o Tratado de Itaipu e olutros acordos comerciais vigentes há mais de vinte anos.
No Paraguai, o Brasil é apresentado diariamente como potência exploradora, numa campanha encabeçada pelo jornal ABC Color e reproduzida na televisão e por emissoras de rádio de todo o país.
A imprensa brasileira se sente confortável ao noticiar a liderança do Brasil na América do Sul e sua crescente influência no cenário internacional.
Vamos ver como reage diante do outro lado da moeda.
No caso da Bolívia, que elegeu Evo Morales e partiu para o confronto, a imprensa brasileira quase foi à guerra.
No fim, a Petrobras fez a revisão dos contratos e até mesmo o empresário Eike Batista, que teve seus investimentos expropriados, acertou-se com os bolivianos.
Antes que os tambores de guerra da imprensa brasileira houvessem esfriado, Eike Batista e Evo Morales já haviam se tornado velhos amigos de infância.
A TV pública no jornal
O Observatório da Imprensa na TV vai tratar hoje da TV pública.
O tema foi debatido na semana passada por iniciativa da Folha de S.Paulo, o que permitiu abrir o leque de discussões sobre a política de comunicações, até então ainda restrito a especialistas e profissionais diretamente interessados.
O debate da Folha, intitulado ‘TV Pública, Cultura e Democracia no Brasil – por que e para que a TV Brasil?’ ganha importância por ser a a primeira vez que uma empresa jornalística abre espaço para o assunto.
Ouça o comentário de Alberto Dines: