‘Não são só as nossas TVs que estão de olho na bola que rola em gramados estrangeiros. A Divisão Internacional de Vendas da Globo, que comercializa produtos da rede no exterior, está fechando negócios com canais europeus interessados no que acontece no futebol brasileiro.
Sob o título de Brazilian Magic Football, a Globo reuniu em um pacote mais de 80 jogos dos campeonatos Brasileiro, Carioca, Paulista e Copa do Brasil para vender lá fora. No pacote são oferecidas as transmissões ao vivo das partidas das temporadas 2006, 2007 e 2008 desses campeonatos.
A estréia do Brazilian Magic Football foi em outubro, em Mônaco, na Sportel, uma maiores feiras de eventos esportivos do mundo. Segundo a Globo Internacional, seu stand na feira atraiu um grande número de visitantes e pacotes de futebol já estão sendo negociados com países europeus (italianos e espanhóis são os mais interessados), acostumados a importar nossos craques.
Vale lembrar que os clubes de futebol , que vendem esses campeonatos para a Globo, não levam um tostão nas vendas internacionais do produto.
Além de futebol, a Globo Sports, como a distribuidora da Globo é conhecida lá fora, está também oferecendo ao mercado competições de stock car, torneios de vôlei de praia e maratonas realizadas no Brasil.
Para atrair a atenção dos compradores, a Globo levou ao seu stand na Sportel os jogadores Kaká e Cafu.
A próxima empreitada do gênero será a Soccerex, em Dubai. A feira começa no domingo e termina na terça-feira.
No dia 30 será a vez de a emissora apresentar o seu pacote para boleiros no Asian Television Fórum, um encontro de profissionais de televisão da Ásia, que será na Indonésia.’
FSP
CONTESTADAPainel do Leitor, FSP
‘Skymaster ‘, copyright Folha de S. Paulo, 10/11/05
‘‘A reportagem ‘Relatório vai pedir o indiciamento de sócios da Skymaster por fraudes’ (Brasil, 9/11) deve provocar uma reflexão: por que o informante (ou os informantes) se escondem atrás do anonimato? De que têm medo para identificar-se apenas como ‘integrantes da CPI’ e lançar suspeitas contra uma empresa séria? As fontes costumam pedir anonimato quando suas revelações podem trazer-lhes problemas. Que problemas podem temer Suas Excelências caso se identifiquem? Ou seria um ex-funcionário demitido por justa causa? Um processo-crime, talvez, quando se comprovar que suas acusações são falsas, levianas e mal-intencionadas? Se estão convencidos do que dizem, nem processo-crime deveriam temer. Por que, então, essa ‘síndrome de Garganta Profunda’? Quanto à reportagem, que utilizou material já publicado e já desmentido no ‘Painel’, houve um equívoco de interpretação. A assessoria de imprensa da Skymaster foi informada da tal suspeita de que a empresa seria dona de uma empresa de leasing de aviões nas ilhas Virgens. Negou formalmente tal bobagem. Disse que a Skymaster jamais enviou um centavo sequer a paraísos fiscais e informou que os aviões da Skymaster, como o da maior parte das companhias aéreas do mundo, são alugados de grandes empresas internacionais. Como não tínhamos a informação completa, telefonamos cinco minutos depois e informamos que a Skymaster arrenda seus aviões na Irlanda e nos Estados Unidos. Informação idêntica foi deixada na caixa postal do celular da repórter.’ Carlos Brickmann, Brickmann & Associados Comunicação, assessoria de Imprensa da Skymaster (São Paulo, SP)
Beijo
‘A TV Globo, ícone da baixaria nacional, teve o bom senso e o pudor de vetar a cena nojenta de ‘homossexual’ se beijando na novela. Mas vem a Folha, arauto da liberdade de expressão e de imprensa, mostrar que é também um arauto da libertinagem.’ Juscelino Dornelas Pereira (Uberlândia, MG)
‘Como leitor desse conceituado jornal, fiquei admirado com a importância dada ao protesto contra a censura da Globo, que teve a participação de 150 pessoas -houve grande destaque na Primeira Página, com foto e chamada para reportagem interna. O que representam 150 pessoas em relação à população brasileira? Uma agulha no oceano! Daí o meu protesto. Infelizmente, não podemos controlar o que vem pela TV e adentra nossos lares. Por isso foi de muito bom senso a Globo censurar tal cena.’ Sidônio Trivellato (Valinhos, SP)’
PLAMEGATE
Folha de S. Paulo
‘Judith Miller se aposenta e deixa o ‘New York Times’’, copyright Folha de S. Paulo, 10/11/05
‘A repórter Judith Miller, envolvida no vazamento do nome da agente secreta Valerie Plame, vai deixar o ‘New York Times’, onde trabalha desde 1977, para se aposentar, anunciou ontem o jornal. Miller, 57, recebeu o prêmio Pultizer em 2002 por suas reportagens sobre terrorismo, mas neste ano foi criticada dentro e fora do jornal por reportagens de 2003 acusando o Iraque de ter armas de destruição em massa, nunca encontradas, e por seu relacionamento com fontes no governo americano envolvidas no caso do vazamento. Ela passou 85 dias presa por se recusar a dizer quem lhe passara o nome de Plame, cujo marido criticara o governo Bush.’
O Estado de S. Paulo
‘Judith Miller deixa o ‘New York Times’ ‘, copyright O Estado de S. Paulo, 10/11/05
‘A jornalista Judith Miller, que passou 85 dias presa por se recusar a revelar a identidade de uma fonte, está deixando o jornal ‘The New York Times’, anunciou ontem a empresa. Ela estava na redação do jornal desde 1977 e fez parte de uma equipe que ganhou um Prêmio Pulitzer por uma reportagem sobre terrorismo. Ela vinha negociando seu futuro profissional com o ‘NYT’ havia várias semanas. Miller deixa o jornal após ter sido criticada por seus chefes e companheiros de redação, por causa de sua desastrosa participação no ‘caso Plame’. Valerie Plame era uma espiã da CIA (Agência Central de Inteligência) que teve seu nome revelado na imprensa. O vazamento da identidade da espiã provocou a queda de Lewis Libby, assessor do vice-presidente dos EUA, Dick Cheney. A jornalista soube da identidade de Plame depois de conversas com Libby, mas não chegou a publicar nenhum artigo sobre o caso. A repórter chegou ao ‘NYT’ quando o jornal decidiu renovar seus quadros em Washington após ter sofrido o ‘furo’ do ‘Washington Post’ no escândalo que ficou conhecido como Watergate, que custou a presidência do republicano Richard Nixon em 1974.’