Wednesday, 27 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

>>Mais abertura
>>Promessas e fatos

IstoÉ e Vedoin


A Folha de S. Paulo mostrou ontem o papel da revista IstoÉ no episódio da tentativa de compra do Dossiê Vedoin. O Globo fez uma referência ao assunto. Hoje não se volta ao tema nos jornais.


Band versus Abril


A imprensa inteira continua a ignorar a artilharia da TV Bandeirantes contra a Editora Abril.


Telefônicas versus televisões


No Estadão de hoje, o conselheiro da Anatel Pedro Jaime Ziller diz que só no final de janeiro concluirá parecer sobre o pedido da Telefônica para operar uma TV por assinatura. Atrás dessa história há grandes disputas: a das empresas de telefonia com as redes de televisão aberta e a da espanhola Telefônica com a mexicana Telmex.


Ler também ‘A decisão política da TV digital‘.


Mais abertura


A colunista do Estadão Dora Kramer noticia que a turma de formandos da escola preparatória de cadetes do Exército resolveu homenagear o ditador Emílio Médici. Ela vê na abertura dos arquivos da ditadura militar um possível antídoto contra a suposição de que o autoritarismo é um remédio eficaz contra o presente desrespeito às leis. O editor do Observatório da Imprensa Online, Luiz Egypto, também pede a abertura dos arquivos.


Egypto:


– A morte do ex-ditador chileno Augusto Pinochet, cremado ontem, e o aniversário, hoje, da promulgação do Ato Institucional nº 5, reacendem a discussão sobre o conhecimento disponível a respeito do regime autoritário. Quando mais informações houver sobre os passados anos de chumbo, mais fortes serão as defesas democráticas contra a tentação ditatorial.


Isso remete à insistência do governo brasileiro em manter sob sigilo a maior parte dos documentos produzidos pelos governos militares, entre 1964 e 1985. O assunto foi levantado ontem, na Folha de S. Paulo, em matéria do repórter Mário Magalhães. Ali está dito que, embora instado pelo procurador-geral da República e pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU, o governo brasileiro não moveu uma palha pela abertura dos arquivos.


A situação, segundo a Folha, não é diferente no Chile e na Argentina: nesta, o governo não divulga as informações da inteligência militar; naquele, boa parte da documentação está escondida ou destruída.


Em nome da verdade histórica, o Brasil bem poderia dar um exemplo aos seus vizinhos. Não se trata de contestar a Lei da Anistia, mas de jogar luz sobre essa quadra tenebrosa de nossa História. A cidadania agradece.


Promessas e fatos


Traficantes assaltam todo dia na Linha Vermelha, policiais são presos ao extorquir motoristas em falsa blitz, milícias de policiais tentam dominar associações comunitárias de favelas sob seu controle. Há oito anos, Anthony Garotinho ganhou a eleição para governador do Rio de Janeiro com uma plataforma da qual fazia parte, em posição destacada, uma nova política de segurança pública. Há vinte anos, Moreira Franco ganhou a eleição com a promessa de acabar com a violência em “seis meses”.


Dado preocupante vem de uma pesquisa do Globo Online. Até as onze da noite de ontem, uma maioria de 63% se dividia entre aceitar e apoiar as milícias.


Um Milhão de Histórias


Entre as iniciativas que fazem parte do movimento Brasil Memória em Rede está o Um Milhão de Histórias. Carol Misorelli, que coordena o projeto, explica o que ele pretende.


Carol:


– Um Milhão de Histórias é um movimento feito por jovens. A iniciativa é do Museu da Pessoa e da Aracati, que são duas organizações sociais de São Paulo. A proposta envolve outras doze organizações sociais que atuam com juventude, para mobilizar os jovens a contarem suas histórias e promover o uso dessas histórias para compreender quem é o jovem de hoje. É esse jovem que está na TV? É um movimento de contação de histórias entre jovens. O jovem conta o que foi marcante na trajetória de vida dele, é o olhar dele sobre sua própria história. Isso tudo com uma cara muito jovem. O próprio jovem grava sua história, publica sua história no mesmo sistema, que se chama Sistema iRedes, é uma plataforma virtual. Essas histórias se associam, se conectam, e a gente vai criando grandes comunidades. Comunidade em que o jovem fala sobre educação, comunidade em que o jovem fala sobre cultura, comunidade em que o jovem fala sobre mobilização social. A idéia é que esse mosaico de histórias sobre o jovem possa ser propositivo, seja em políticas públicas, possa mostrar um jovem novo na mídia, no rádio, na TV. Quais são as necessidades dele, de que ele precisa, o que ele quer, quais são os desafios. É isso que o movimento Um Milhão de Histórias vem mostrar.


Clique aqui para visitar o Um Milhão de Histórias.