Depois de tentar há dias que o Globo corrigisse um erro de edição, desisti. O texto que segue abaixo foi publicado no www.blogdoet.com.br. Em nome da ética e da prática do bom jornalismo, recorro também ao respeitado Observatório da Imprensa. Sejam os editores de conteúdo eleitores do Lula ou não, peço a publicação da mensagem.
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Sempre respeitei o Globo, jornal que foi minha escola profissional. No domingo das eleições, o jornal publicou foto em destaque do presidente Lula dizendo que ele ostentava sua ‘nova jóia’, um ‘valioso’ relógio Cartier. Ao olhar com mais atenção, reparei que o relógio continha no mostrador não a marca Cartier, mas a da empresa brasileira Amsterdam Sauer. Ou seja, na melhor das hipóteses, o Globo errou.
Decidi escrever ao espaço Cartas dos Leitores pedindo não necessariamente a publicação das minhas observações, mas a correção da informação no espaço editorial. Uma semana depois do episódio, perdi a esperança de ver o jornal reconhecer publicamente o equívoco. Por isso, tomei a iniciativa de escrever a este blog.
O preço do modelo
Em nome da ética, palavra usada de forma repetida nas edições diárias, sugiro essas duas iniciativas: que também a análise e/ou crítica do governo Alckmin em São Paulo ganhe espaço na rotina da apuração, e que seja publicada a retificação da informação sobre o relógio do presidente. Pode parecer pequeno, mas não é. Na prática, é uma conduta ética, uma demonstração de profissionalismo.
Para facilitar o trabalho, caso seja do interesse, repasso a pesquisa feita na Amsterdam Sauer. O relógio usado por Lula na foto em questão é o Notlim preto (Milton ao contrário). Custa à vista R$ 1.351,50, ou 6x de R$ 265. Outro modelo similar é o Bent, mais barato: à vista, R$ 1.071, ou 6x de R$ 210. Como se vê, é bem inferior ao custo de qualquer Cartier.
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Jornalista