A Folha precisa de novas sessões de terapia, não agüenta o despeito: quando quer andar de braço com o Grupo Globo finge uma velha amizade. Agora, enciumada por que o diretor de jornalismo da Rede Globo respondeu à CartaCapital por meio deste Observatório da Imprensa (e não da Folha), mandou o bedel da mídia, Nelson de Sá, distribuir no seu blog algumas doses do vasto estoque de venenos [ver abaixo].
Ao acolher reclamações de jornalistas, executivos e empresas de comunicação, este Observatório cumpre com as suas obrigações de abrir o debate sobre os procedimentos da imprensa brasileira. Fato reconhecido há uma década por todos os ombudsman e ouvidores da própria Folha. Graças a esse compromisso, não apenas Ali Kamel, mas também jornalistas da CartaCapital e de outros veículos de todo o país servem-se deste Observatório como espaço para registrar suas queixas, críticas ou contestações. Temos a obrigação de acolher. Essa é a nossa função, queira ou não Nelson de Sá.
Este observador citou de passagem a matéria de capa de CartaCapital, sequer entrou no mérito das suas revelações; outros observadores foram muito mais fundo e com enorme competência.
A companhia de Ali Kamel é extremamente honrosa para este observador. Mas a tentativa de colocá-lo num conluio contra a esquerda revela que Diogo Mainardi está fazendo escola.
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‘Que é isso!?’
Enquanto Ali Kamel e Alberto Dines se unem na reação aos ataques pela esquerda, à cobertura pesada do final do primeiro turno, o pefelista Cesar Maia ataca pela direita a mudança da Globo ontem, pós-pesquisa:
– Ô, ‘JN’! Que é isso!? Ontem cobriu o Lula-presidente num ato absolutamente eleitoreiro, criando um programa genérico de apoio a idosos. Com pompa, circunstância e platéia, parece a quem vê distraído que é um programa que vem atender aos idosos amanhã. De fato, rigorosamente nada. Mas, transmitido como tal pelo ‘JN’, ganha foro de verdade. Depois vem Geraldo na OAB e falando umas abobrinhas. Uma cobertura dessas desequilibra. Que é isso, ‘JN’!
Registre-se que o ‘ex-blog’ de Maia (cadastro) já levou William Bonner a tratar Lula por ‘candidato’, na entrevista que iniciou o jogo pesado.
Escrito por Nelson de Sá às 13h04