Na tarde de quinta-feira (14/12), o repórter do BR Supernews Silvério Neto (25 anos) foi preso pelo juiz de direito Richard Fernando Silva, diretor do juizado especial criminal de Pará de Minas (MG). O repórter foi até o magistrado oferecendo o direito antecipado de resposta sobre as declarações do advogado Ronaldo Galvão, que questiona a prestação de contas que deve ser feita quanto ao dinheiro arrecadado através de multas aplicadas naquele juizado.
O juiz de direito se recusou a falar com a reportagem do BR Supernews. Disse que só falaria a um jornalista formado e deu voz de prisão ao repórter alegando exercício ilegal de profissão. O repórter Silvério Neto foi conduzido à delegacia de polícia, onde foi prestou depoimento e foi liberado. Vale ressaltar que a obrigatoriedade do diploma de jornalista está sendo julgada pelo Superior Tribunal de Federal (STF). E no último dia 16 de novembro, o ministro Gilmar Mendes do STF suspendeu a exigência do diploma de jornalista, para a obtenção do registro profissional, atendendo ao pedido de liminar do procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza. A não obrigatoriedade vigora, até que ocorra o julgamento pelo STF do mérito da questão, ainda sem data marcada.
Portanto, enquanto o Supremo Tribunal Federal não se manifestar em definitivo sobre o tema, ninguém precisa de diploma de jornalismo, nem de registro de jornalista, para trabalhar como repórter.
De toda forma, as providências cabíveis ao caso serão tomadas no tempo certo. A audiência que julgará o repórter Silvério Neto está marcada para 13h de terça-feira (19/12). E será presidida pelo próprio juiz Richard Fernando da Silva.
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