VENEZUELA & CUBA
Chávez ajuda Cuba a ampliar web
‘Associated Press – Um novo cabo submarino de fibra ótica entre Cuba e
Venezuela será instalado nos próximos dois anos como parte de um projeto do
governo vcenezuelano que multiplicará por mais de 1.000 vezes a atual capacidade
de telefonia e internet na ilha, informou ontem o presidente da empresa estatal
Telecom Venezuela, Julio Durán.
O acordo para a instalação do cabo, de 1.552 quilômetros, foi firmado em
janeiro entre os dois governos e a nova linha será capaz de transmitir dados à
velocidade de 160 gigabytes por segundo (cada gigabyte equivale a 1.024
megabytes). Atualmente, a velocidade de download (acesso de dados pela internet)
em Cuba é de 124 megabytes por segundo, de acordo com dados do Ministério de
Comunicações de Cuba (leia mais na página 19).
O novo cabo reduziria o que as autoridades cubanas descrevem como sufocantes
restrições impostas pelo embargo comercial dos EUA a Cuba que impedem possíveis
acordos com empresas privadas provedoras de linhas de fibra ótica na região.
‘É um projeto muito importante, não apenas para Venezuela e Cuba, mas também
para todas as nações latino-americanas’, disse Durán durante uma conferência
sobre informática em Havana. O cabo terá vários pontos de interconexão que
poderão permitir a participação no projeto de outros países da América
Central.
Durán não quis informar o custo do projeto. Mas afirmou que a Venezuela já
está negociando com empresas chinesas e européias a compra dos cabos de fibra
ótica e de outros materiais. O contrato para a obra deve ser firmado no final de
abril.
Segundo o funcionário, o cabo trará ‘muitos benefícios’ à Venezuela ao
facilitar a comunicação com Cuba, que fornece apoio sanitário, educativo e
cultural aos venezuelanos.
O projeto é parte do esforço do governo do presidente venezuelano, Hugo
Chávez, de fortalecer ainda mais seus já estreitos laços com os aliados cubanos
e ampliar a influência política da Venezuela nos países do Caribe. Ontem, Chávez
viajou para as ilhas caribenhas de Dominica e São Vicente para convencer o
governo local a integrar-se na Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba) –
da qual participam Venezuela, Cuba e Bolívia.’
***
Redução de imposto custará a Caracas US$ 3,7 bi por ano
‘EFE – O presidente venezuelano, Hugo Chávez, estimou em 3 pontos porcentuais
o impacto na meta inflacionária anual da redução de 5 pontos porcentuais do
Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que passará de 14% para 9%. Segundo ele,
isso representará um sacrifício fiscal de entre 7 e 8 bilhões de bolívares ao
ano (entre US$ 3,26 bi e US$ 3,73 bi). Para cobrir esse déficit, Chávez ordenou
ao superintendente nacional alfandegário e tributário, José Gregorio Vielma
Mora, aumentar ‘o esforço arrecadador no Imposto de Renda, pois nessa área não
avançamos como deveríamos’.’
***
Na ilha, acesso à rede é rigidamente controlado
‘AP -O ministro de Informática de Cuba, Ramiro Valdés, atribuiu nesta semana
ao embargo comercial dos EUA e à ‘necessidade de racionalizar os recursos’ a
limitação do acesso dos cubanos à internet. Os problemas de conexão, segundo
ele, obrigam Cuba a dar prioridade de acesso a profissionais de áreas como saúde
e educação.
Oficialmente, cerca de 900.000 cubanos, 8% da população, têm acesso à
internet – por meio de um sistema de intranet, ou rede interna, que só permite a
consulta de páginas locais e troca limitada de e-mails. O governo utiliza as
páginas para divulgar o conteúdo da imprensa oficial e as críticas aos EUA.
Com exceção de acadêmicos e funcionários graduados do governo, os cubanos não
podem se conectar de suas casas, ao menos de forma legal. Um decreto de 1996
estabeleceu o ‘caráter seletivo’ do acesso à internet ‘em função dos interesses
nacionais’ e uma lei de 2004 limitou o acesso por linhas telefônicas
particulares – que poderia ser obtido por meio de provedores dos EUA.
‘O país organizou o uso racional e eficiente dos recursos, de forma social’,
disse Valdés, durante uma convenção sobre informática em Havana.
Grupos de direitos humanos, como a Anistia Internacional, acusam o governo de
dificultar a conexão em grande escala para limitar o acesso da população à
informação.
Cuba está conectada à internet desde 1996, quatro anos depois que os EUA
excluíram as telecomunicações de suas sanções econômicas, na esperança de que o
fluxo de informações debilitasse o regime comunista de Fidel Castro.
As primeiras conexões dependiam de um cabo analógico operado pela empresa
americana Sprint, mas o canal foi cortado em 2000, depois que a Justiça dos EUA
bloqueou o pagamento de royalties para a estatal de telefonia cubana.
‘A conexão por fibra ótica não só permitiria uma velocidade de conexão maior,
mas também custos significativamente menores’, disse Valdés, referindo-se ao
acordo firmado em janeiro com a Venezuela para levar a obra adiante. Por
enquanto, o único canal legal de Cuba com a internet depende de um sinal de
satélite, o que encarece a conexão.’
MÍDIA & RELIGIÃO
Hernandes serão julgados em março
‘A Justiça americana marcou para o dia 19 de março o início do julgamento do
casal de fundadores da Igreja Renascer, Estevam e Sonia Hernandes. A presidência
do julgamento caberá ao juiz Federico Moreno, que provavelmente ouvirá o
depoimento das autoridades alfandegárias federais e dos réus, acusados de
múltiplos delitos. Até o início do julgamento, a promotoria americana vai buscar
evidências contra o casal, que continuará em seu estado de liberdade
supervisionada.
Antes do início do processo, haverá uma reunião conhecida como
‘pré-julgamento’, no dia 13 de março. Nessa oportunidade, os advogados dos réus
e os promotores de justiça se reunirão para determinar se o caso está realmente
pronto para ser julgado e se houve quaisquer mudanças nas alegações dos
réus.
Os advogados Albert Krieger, que representa Estevam, e Susan Van Dusen,
advogada de Sonia, não responderam aos telefonemas do Estado solicitando
comentários sobre o caso de seus clientes.
ACUSAÇÕES
Sonia e Estevam foram presos no aeroporto de Miami no dia 9 de janeiro
carregando US$ 56,5 mil escondidos na bagagem, inclusive em uma Bíblia, tendo
declarado apenas US$ 10 mil na alfândega. Os dois tiveram de entregar seus
passaportes ao governo americano e estão atualmente em liberdade supervisionada
na região de Miami.
Eles também são acusados pelo Ministério Público no Brasil de estelionato,
lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ambos têm prisão preventiva decretada
pelo judiciário paulista.
Frente à Justiça americana, ambos respondem por quatro infrações, incluindo
falsificação de documentos, contrabando de divisas e conspiração para encobrir
os crimes. Sonia também responde a uma quinta acusação, a de mentir para
autoridades federais.
Cada um dos crimes pode render até cinco anos de prisão ao casal. Caso sejam
condenados, eles irão cumprir pena nos EUA, antes de serem extraditados para o
Brasil.
Mesmo que consigam comprovar que o dinheiro que levaram para os EUA tem
origem lícita, o casal pode não se livrar da extradição. Neste caso, eles também
correm o risco de perder seus green cards (documentos de residência nos
EUA).
DERROTA
Nesta semana, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido dos
advogados de Estevam e Sonia para suspender o pedido de extradição.
A Ministra Laurita Vaz, relatora do processo, negou a tese defendida pelos
advogados dos Hernandes, de que os crimes pelos quais o casal é acusado no
Brasil não fazem parte dos acordos de extradição entre Brasil e Estados
Unidos.’
TV DIGITAL
Programa para TV Digital terá R$ 12 bilhões
‘O Programa de Apoio à Implementação do Sistema Brasileiro de TV Digital
Terrestre (Protvd), lançado na quinta-feira pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um órgão estatal de fomento, vai
movimentar pelo menos R$ 12 bilhões até 2013, período de vigência dessa linha de
financiamento.
Desse total previsto, cerca de R$ 7 bilhões serão movimentados com a compra
das caixas conversoras de sinal (analógico para digital) e R$ 5 bilhões virão
dos investimentos em infra-estrutura de transmissão, estima o chefe do
Departamento de Telecomunicações do BNDES, Alan Fischler.
Menos de 24 horas depois do lançamento do programa do BNDES, Fischler revela
que quatro empresas já fizeram consultas ao banco. Algumas delas manifestaram
interesse até antes do lançamento do Protvd, conta o executivo. Os nomes, no
entanto, não podem ser divulgados, segundo Fischler. ‘Foram consultas
específicas nas áreas de radiodifusão e conteúdo’, relata ele.
De acordo com o executivo do BNDES, o cálculo de R$ 7 bilhões para a compra
das caixas conversoras de sinal analógico para digital foi feito com base nos
cerca de 70 milhões de televisores existentes atualmente nos lares brasileiros.
Fischler calcula um preço unitário de R$ 100, o que leva ao movimento estimado
pelo BNDES só com a aquisição desses aparelhos.
Alan Fischler também relata que o orçamento de R$ 1 bilhão do Protvd até o
ano de 2013 poderá ser ampliado, caso isso seja considerado necessário para o
êxito do programa. Ele lembra que, para o Protvd, foi modificada uma regra geral
da instituição, aquela que determina que financiamento abaixo de R$ 10 milhões
devem ser intermediados por agentes financeiros.
Com o novo programa, o acesso direto ao BNDES oscila entre R$ 400 mil e R$ 1
milhão para os fornecedores, dependendo do investimento.
Na área de radiodifusão, o piso é de R$ 5 milhões e, para a produção de
conteúdo, o limite mínimo é de R$ 3 milhões. Financiamentos abaixo desses
valores deverão ser realizados pelos agentes financeiros autorizados pela
instituição estatal.
O Protvd foi lançado no dia 15 de fevereiro e sua validade está prevista para
até 31 de dezembro de 2013. Seu objetivo, segundo o BNDES, é o de promover e
ampliar os investimentos da indústria nacional que pertence à cadeia produtiva
de conteúdo, radiodifusão e equipamentos de transmissão e recepção.
De dez categorias diferentes de financiamentos que integram o Protvd, a
metade contará com participação de 100% do BNDES. Na área de conteúdo, a idéia
da instituição é aumentar a participação do conteúdo nacional da programação da
TV aberta, mas Fischler não soube estimar o porcentual.’
TELEVISÃO
Disney cativa latinos
‘O Disney Channel anuncia que foi líder em audiência em 2006 entre o público
de 4 a 17 anos, se somados os números em seis países da América Latina –
Argentina, Peru, Chile, Brasil, Colômbia e México. Os dados do Ibope são
referentes ao período de janeiro a dezembro do ano passado, de segunda a
domingo, em todos os horários.
No Brasil, o Disney Channel ainda não ultrapassou o Cartoon em audiência. Até
porque, diferentemente do canal da Turner, o Disney não está nos pacotes básicos
de todas as operadoras de TV por assinatura.
Quando ciente do levantamento do Disney Channel, o vice-presidente do Cartoon
Network na América Latina, Barry Koch, falou ao Estado. ‘O Cartoon Network é
muito forte no Brasil. É um dos maiores mercados depois dos Estados Unidos’,
afirma. Koch diz ainda que o canal é bem consolidado na Argentina e também na
Colômbia.
Segundo o Ibope, os canais pagos infantis mais vistos no País são Cartoon,
Nickelodeon e Disney, nesta ordem. O último saltou, no fim do ano passado, da
sétima para a terceira posição, o que o ajudou a firmar liderança na América
Latina.
entre- linhas
Para não correr o mesmo risco de Páginas da Vida, Paraíso Tropical, que só
estréia daqui a três semanas, já está com mais de 30 capítulos escritos e pelo
menos 12 gravados.
Na coletiva de lançamento, na última quinta-feira, o autor Gilberto Braga
aproveitou para alfinetar a trama de Manoel Carlos, em que o descontentamento
entre os atores é evidente.’Tem muita gente aqui, mas algumas pessoas fazem
participação especial. Não pretendo bater o recorde de Páginas da Vida.’
Paraíso Tropical está sendo gravada na Bahia, onde a história começa, e em
Copacabana. As cenas de Fábio Assunção, o mocinho Daniel, e Wagner Moura, o
vilão Olavo, prometem embates emocionantes, mediados por Tony Ramos, como
Antenor, patrão dos dois e dono de uma rede de hotéis.
Camila Pitanga deve surpreender como Bebel. No vídeo de apresentação,
apareceu com um figurino pra lá de vulgar. Difícil acreditar que ela não vive no
submundo de Copacabana.
Bruno Gagliasso, que tem malhado muito para viver Ivan, um rato de praia,
será filho de Marion (Vera Holtz). A atriz comanda o alto-astral do elenco. ‘A
gente passa o dia inteiro junto, tem de rir e brincar’, ensina.
Depois de muitos anos, Tony Ramos e Dênis Carvalho, amigos desde a
adolescência, voltam a trabalhar juntos. ‘Desculpem a emoção, mas estamos nesta
desde os tempos da TV Tupi’, disse Dênis.’
CRÔNICA
As mentiras do presidente
‘No laboratório de clínica de medicina diagnóstica dos Jardins, todos
assistiam ao discurso do Lula por uma imensa tevê plasma na sala de espera.
Qualquer fala de qualquer presidente reverbera entre muitos e por muito tempo. O
cético ao meu lado rimou: ‘Como mente o nosso presidente.’
Fechei o jornal rispidamente. Me olharam. Eu disse: ‘Mais um comentário banal
do brasileiro rico, inconformado, despolitizado, que detesta impostos,
deslumbrado com o neoliberalismo que não cria alternativas viáveis contra a má
distribuição de renda, que gosta de Punta, descobre Trancoso e óculos Ray-Ban, e
diz coisas como ‘no Brasil nada funciona’, ‘todo político é ladrão’, ‘todo
governante é mentiroso’, ‘precisamos pôr a polícia nas ruas’, ‘aonde vamos parar
com tanta violência’, ‘as autoridades precisam fazer algo’, ‘tinham de expulsar
esses camelôs da cidade’, ‘você sai de casa e não sabe se volta vivo’, ‘podiam
colocar o Exército nas favelas’, ‘tinha de aumentar a pena para todos os crimes,
prisão não cura mesmo’. Surpresos? Ora, podem acusar o Lula de ignorante,
despreparado, de falar besteira, mas mentiroso não é, nunca foi! Onde vocês
estavam durante a ditadura? Quem o acompanha desde os anos 70, militou com ele
nas Diretas, viu o PT crescer e tomar o poder, sabe que Lula não mente. Ele
omite, se faz de desentendido, olha para os lados e se esconde atrás de
assessores mais caras-de-pau. Por isso, Zé Dirceu e a velha esquerda foram tão
importantes para ele!’
Claro que não falei nada disso. Apenas sorri, ajeitei o meu Ray-Ban e voltei
a ler a matéria sobre Punta, planejando conhecer antes do meu Alzheimer.
Seria engraçado uma defesa contundente naquele lugar. Me confundiriam com um
espião das Farc fluente em português, fazendo um checapezino básico em São
Paulo. Se bobear, chamariam a Rota.
Imaginei a reação ao mesmo discurso, transmitido pela tevê de 17’, na sala
apinhada do posto de saúde do Cariri – onde não tem vila, mas vilarejo -, terra
de Xico Sá e meu apelido em Santos: ‘Este homem vai mudar o País’; ‘Deus dê
forças para continuar’; ‘precisa acabar com a miséria, tirar dos ricos e dar aos
pobres’; ‘os ricos ficam com a riqueza do Brasil’; ‘tinha de prender todos os
banqueiros’.
Mas de repente escuto Lula falar um absurdo. Segundo ele, não há déficit na
Previdência. Mentira 1. O rombo vem não só da aposentadoria de camponeses pobres
que nunca contribuíram, mas sobretudo do funcionalismo público, histórico
suporte petista, que alega ser um direito adquirido. Adquirido democraticamente
durante a ditadura de Getúlio, a militar, no AI-5, ou com Congresso com
senadores e deputados biônicos do Pacote de Abril? Ou foi naquele momento
democrático de representação destoante da matemática, sem fidelidade partidária?
Quem estava no plenário, a máfia dos sanguessugas, do mensalão, os anões do
orçamento? O direito adquirido por uma categoria quebra uma Nação.
Escuto a mentira 2 de Lula: ‘Quem é responsável pelo aquecimento global são
os países lá de cima, aqui nós fazemos a nossa parte.’ O quê? O Brasil contribui
com 6% na emissão de carbono, apesar de sua participação na economia mundial ser
menos do que 2%. Um índice altíssimo para um país pobre.
As queimadas representam 75% da nossa emissão. Fruto do desmatamento da
Amazônia, inclusive com projetos financiado pelos cofres públicos, para aumentar
a área de pastagem e o cultivo de soja. Sem contar a inauguração próxima de
termoelétricas, usinas no topo da lista de causadores do aquecimento, a falta de
smog test nas grandes cidades, a fiscalização dos escapamentos de caminhões nas
estradas, e o extenso gado pastando pelo País, aquecendo o planeta por
ventosidade traseira.
Finalmente, mentira 3, a de que o biodiesel e o álcool são soluções para o
aquecimento. Quem disse? Quer dizer que derrubar matas e cerrado para plantar em
escala industrial o babaçu ajuda a diminuir a emissão de CO2? Não funcionou com
a palma, na Indonésia, onde houve um descontrole ecológico.
Ninguém sabe ao certo se o álcool é uma resposta relevante para o
desequilíbrio ambiental. O achado que nasceu no governo militar para combater a
crise do petróleo foi bom para o Tesouro e o ar das grandes cidades, mas não
produziu uma pesquisa séria. Quem garante que não é um desastre ambiental sem
proporções passar o trator sobre o Estado de São Paulo e Paraná, com a sua terra
roxa altamente produtiva e rara, e plantar cana? E as queimas em sua colheita? E
as árvores derrubadas? E por que até hoje só no Brasil tem álcool nas bombas,
por que somos mais espertos do que o resto do mundo?
Lula aprendeu a mentir. Paradoxalmente, como FHC, garante uma estabilidade
política institucional invejável ao nosso continente. Olhe em volta, nossos
políticos não são tão ruins assim. A mentira une.
Um amigo que trabalha no Ministério de Meio Ambiente torce para que Lula,
depois de ler o IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change), relatório da
ONU sobre o aquecimento, aumente a verba do ministério petista. Repliquei sem
querer: ‘Ele não vai desperdiçar a chance de criar outro ministério, o do
Aquecimento Global, e dar para um aliado do PP, PDT, PMDB ou PTB.’
***
O Oscar vem aí. Sou da turma que não gostou de Babel. Vi muitos erros no
roteiro. Talvez influenciado pela briga entre diretor (Alejandro González
Iñárritu) e roteirista (Guillermo Arriaga), dupla que parecia perfeita como a
cana e o pastel.
Turistas que propõem uma viagem pelo meio do deserto do Marrocos são
aventureiros, e não aqueles nerds apresentados como egoístas e covardes, que
temem se aproximar da população local e interagir, confere? Outra, o que
aconteceu com o personagem de Gael? E o seu revólver na cintura? Outra, uma bala
perdida na África não é um caso que mobiliza a imprensa mundial daquela maneira.
Outra, se uma arma for usada no Rio de Janeiro, como na África, seu dono será
imediatamente rastreado, como no filme? Finalmente, como lembrou Daniel Piza,
que nominho pretensioso…’
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