Sunday, 24 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Blog do Zé Dirceu

PIAUÍ
José Dirceu

Nota à imprensa

‘Divulguei ´nota à imprensa` no dia 04 deste mês para esclarecer pontos pouco claros, imprecisos e até incorretos da reportagem a meu respeito publicada pela primeira edição deste ano da revista Piauí.

As informações, como friso em outra nota deste blog, terminaram usadas ao sabor dos humores da mídia a meu respeito. Alguns veículos foram objetivos ao transmití-las para bem informar seus leitores. Outros o fizeram com a habitual má vontade que tem em relação a mim e às notícias sobre o PT.

Para afastar quaisquer dúvidas dos meus companheiros e dos leitores deste blog, transcrevo a seguir a nota na íntegra:

´A propósito da entrevista concedida à revista Piauí, edição janeiro/2008, e diante da repercussão em vários veículos de comunicação, gostaria de prestar os seguintes esclarecimentos, já transmitidos também à revista:

01) Não fiz acusações relacionadas à compra da sede do PT em Porto Alegre. Limitei-me a repetir que ocorreram denúncias de que o prédio fora comprado com recursos ilegais e que a oposição falou em ´sacos de dinheiro´, mas que a Justiça e uma CPI investigaram exaustivamente os fatos e, ao final, o PT gaúcho e os dirigentes alvo da denúncia foram absolvidos. Esse, aliás, era o foco dos meus comentários. Acrescentei, ainda, que no decorrer de todo o processo o Diretório Nacional do PT manteve apoio aos companheiros citados na denúncia da oposição. Não os pré-julgou – não só pela solidariedade partidária, como pelo respeito ao direito sagrado à presunção da inocência. O que destaquei a jornalista, então, é que a recíproca não ocorreu e que quando acusado não recebi o mesmo tratamento de alguns dirigentes do PT gaúcho. Estes não levaram em conta sequer a presunção da minha inocência.

02) Em nenhum momento fiz considerações sobre filho do presidente Lula. A jornalista, e não eu, na reportagem cita Fábio Luiz da Silva, filho do presidente da República. Em seguida passa a se referir ao jornalista, Luiz Costa Pinto, conhecido também como ´Lula´, em Brasília, sobre o qual fiz as considerações publicadas. Fábio Luiz não é jornalista e nem é conhecido como Lulinha. Mas, da forma como foi publicada, a reportagem induz os leitores a confusão, leva-os a acreditarem que eu falava do filho do presidente da República quando me referia ao jornalista.

03) Nunca afirmei que Delúbio Soares participou de jantar comigo e com os deputados Antônio Palocci e José Genoíno no apartamento do deputado João Paulo Cunha. Não poderia fazê-lo porque Delúbio simplesmente não participou deste jantar.

04) Não cogitei fretar um avião para o Panamá quando enfrentei transtornos no aeroporto de Barajas, em Madri. Viajava para São Domingos e se alugasse aeronave, o faria direto para a República Dominicana, para não perder uma audiência marcada há meses. O que avaliei, se conseguisse um vôo direto para a Cidade do Panamá, era se valia a pena, pelo custo, alugar um avião para São Domingos, na República Dominicana.

05) José Oviedo, mencionado na reportagem, foi conselheiro político na embaixada da República Dominicana em Brasília e não embaixador. O encontro do ex-presidente do governo da Espanha, Felipe Gonzalez, seria com Maurício Fumes, candidato da oposição e não com o presidente de El Salvador. O presidente da República de El Salvador não precisaria da minha ajuda para marcar uma reunião.

06) Finalmente, gostaria de esclarecer ainda: fui presidente da União Estadual de Estudantes de são Paulo – UEE-SP e não da União Nacional dos Estudantes – UNE; MOLIPO é a sigla de Movimento de Libertação Popular e não Movimentação de Libertação Popular.

JOSÉ DIRCEU´’

 

Equívocos da reportagem da ´Piauí`

‘Uma reportagem a meu respeito, publicada pela revista ´Piauí` em sua primeira edição deste ano, constituiu-se no grande ´must` desse início de 2008 na mídia e em boa parte do PT e dos meios políticos. Jornais e emissoras de rádio e de TV, durante quase uma semana, deram ampla repercussão ao assunto. Na verdade, mais do que uma entrevista minha, a matéria é um simples, bem feito e, no geral, correto relato do meu trabalho hoje, especialmente sobre o desenvolvido durante viagem que fiz à Espanha e a países da América Central, acompanhado por Daniela Pinheiro, jornalista da revista.

A reportagem da Piauí tem nada menos que 11 páginas, mas como sempre o que interessou foi um único trecho sobre o PT gaúcho que possibilitou à mídia, mais uma vez, explorar as divergências internas no nosso partido e desencadear intensa polêmica.

A matéria contém algumas imprecisões. Parte delas, percebe-se, resultam de cortes na hora de editar e já foram por mim esclarecidas em carta à revista e em nota à imprensa – nota que, diga-se de passagem, a grande mídia divulgou a seu modo, em muitos casos, ignorando ou minimizando o mais importante, como sempre o faz com o que diz respeito a mim ou ao PT.

Duas distorções preocuparam-me particularmente: uma, o trecho em que falo da compra da séde do PT gaúcho, que a grande imprensa interpretou como uma denúncia minha sobre irregularidades nessa operação; a outra, a parte em que me são atribuídas considerações sobre Fábio Luiz da Silva – para alguns jornais, ´Lulinha` – filho do presidente Lula, quando na verdade eu falava sobre o jornalista Luís Costa Pinto, este sim, também conhecido como ´Lula´, em Brasília.

Na nota divulgada, nas entrevistas concedidas e, através de minha assessoria, deixei claro aos companheiros e à imprensa que não fiz acusação sobre a compra da séde do PT gaúcho. O que fiz foi lembrar denúncias feitas à época pela oposição, apuradas pela Justiça e por uma CPI que não encontraram nada de irregular e absolveram o PT e os companheiros do Rio Grande do Sul. Tratei do assunto com a jornalista num momento em que recordei que eu e a direção nacional do PT mantivemos toda a solidariedade aos companheiros do Sul enquanto durou o processo e que, em nenhum momento, os pré-julgamos, até em respeito ao direito à presunção da inocência. E que a recíproca não ocorreu – quando acusado, não recebi o mesmo tratamento de alguns dirigentes do PT gaúcho.

Já os esclarecimentos relacionados a Fábio Luiz, filho do presidente da República, são até desnecessários para quem lê a reportagem. A jornalista o cita (página 29) en passant, sem atribuir a menção a mim (sem aspas) e, ponto final. Em seguida, reproduz considerações que fiz sobre o jornalista Luís Costa Pinto, conhecido como ´Lula´, de quem me queixo de ter publicado reportagem com declarações minhas fabricadas, sem ter me ouvido. Ora, Fábio Luiz não é conhecido por ´Lulinha` – só alguns veículos de comunicação assim o chamam – e nem poderia ter publicado nada a meu respeito, pois não é jornalista.

A nota de esclarecimentos que divulguei no dia 04 deste mês, auge da repercussão da minha entrevista à revista, está neste blog a partir de hoje. Esta nota não desqualifica nem desautoriza a reportagem. Apenas corrige erros factuais, naturais em uma entrevista não gravada e não anotada em sua totalidade.

A reportagem será postada aqui tão logo a Piauí a libere para nós. A revista promete fazê-lo assim que publicar no seu próprio site até sexta-feira próxima.’

 

 

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Clique nos links abaixo para acessar os textos do final de semana selecionados para a seção Entre Aspas.

Folha de S. Paulo – 1

Folha de S. Paulo – 2

O Estado de S. Paulo – 1

O Estado de S. Paulo – 2

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