‘No primeiro ano do desabamento da estação Pinheiros do Metrô de São Paulo que matou sete pessoas e desabrigou mais de duzentas, o iG publica hoje reportagem da jornalista Ana Freitas. É o complemento do trabalho da Redação do Último Segundo (área jornalística do iG) desenvolvido nos últimos dias.
A respeito dessas reportagens, seguem algumas observações:
1) Em geral, o trabalho do iG nessa área, com exceção do que é feito pelo site Conversa Afiada, tem sido pouco crítico, depende excessivamente de fontes oficiais, especialmente do Metrô e das empreiteiras. Na reportagem de hoje faltam cobranças claras em relação às reponsabilidades cíveis, criminais e econômicas dos envolvidos e também quanto ao comportamento do governo de São Paulo na condução desse assunto. O material não é claro em relação àquilo que os resonsáveis fizeram e deixaram de fazer.
2) Falta dar voz de fato às famílias das vítimas, que parecem (digo parecem porque as reportagens apenas insinuam) insatisfeitas quanto ao tratamento que receberam e também quanto às indenizações que lhes foram pagas, quando foram.
3) Também as responsabilidades do consórcio de empreiteiras não são devidamente cobradas. O noticiário depende e confia muito nas lentas perícias oficiais, enquanto o tema vai caindo no esquecimento.
4) Há indícios de que as vítimas não oram devidamente tratadas por governo e empreiteiras nesse episódio, mas o iG não aprofunda essas investigações junto aos prejudicados.
5) Faltou fazer um mergulho nas vidas das vítimas, dar mais espaço para que falassem com tempo sobre a sua situação e que expressassem seus sentimentos em relação ao governo e empreiteiras. Estão sendo bem tratados? Recebem pressões? Quanto receberam de indenização? É justa a quantia acertada? Ou as vítimas foram constrangidas a fazer acordos desvantajosos, com medo da demora de um processo, que como iG corretamente informa em apenas um caso, poderia demorar até dez anos? Quem fez acordo conseguiu reconstruir suas vidas? E quem não fez?
6) Há, na cobertura do iG, um tom geral de que o problema está sendo encaminhado em clima de conciliação entre vítimas, governo e empreiteiras. Isso é verdade?
7) Nas reportagens, prevalece uma atitude de fundo favorável ao Metrô e às empreiteiras, em que são celebrados acordos sob a bênção dos órgãos judiciais. Segundo esse noticiário, o problema maior, o das vítimas, está quase todo resolvido pelos acordos. Será? Com base em que essa avaliação é transmitida?
8) Era preciso verificar a situação de cada vítima, ao menos as principais. Mas poucos personagens são ouvidos e apenas ligeiramente.
9) Em lugar disso, o Metrô recebe amplo espaço. Estatísticas são divulgadas para apoiar as versões oficiais. Confira, por exemplo, trecho de reportagem da Redação do iG publicada na quinta-feira, 10 de janeiro, com o título ´Moradores afetados por cratera do Metrô negociam desapropriação de casas´. A reportagem ouve a Prefeitura, Metrô, Defensoria Pública, Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania, mas não registra a versão dos moradores citados no título. Confira um trecho:
´A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, a Prefeitura de São Paulo, Metrô e a Defensoria Pública apresentaram acordo aos moradores da rua Gilberto Sabino, 170 (prédio), 182, 184 e 192 e da rua Capri, 204. As casas devem ser desapropriadas. A Prefeitura apresentou os laudos para a desapropriação dos imóveis. Durante a reunião, representantes do Consórcio garantiram que estão dispostos a analisar o quanto antes os pedidos de indenização por danos morais e matérias [nota do ombudsman: materiais] destes moradores. Os moradores tiveram conhecimento na própria sexta-feira dos valores de desapropriação propostos pela Prefeitura.
Histórico – O acidente na Linha 4 do Metrô ocorreu no dia 12 de janeiro. Segundo o Metrô, dos moradores da região do entorno da Estação Pinheiros, 82,5% foram indenizados e retomaram sua rotina. Também foram celebrados acordos em todos os setes casos de vítimas fatais.
Ainda de acordo com o Metrô, das 212 pessoas instaladas em hotéis da região, apenas 38 permanecem nesta situação e aguardam a desinterdição dos imóveis ou fechamento de acordos para que possam retornar às suas casas.
Até o dia 6 de julho foram fechados 51 acordos de indenização com intermediação da Defensoria Pública – 32 com inquilinos, 18 com proprietários e um com familiares de vítima fatal. Ao todo, foram beneficiadas 128 pessoas (110 adultos e 18 crianças). A Defensoria Pública cuida agora de apenas 12 casos (incluindo alguns moradores das ruas Gilberto Sabino e Capri citados acima).`
10) A julgar por esse trecho e a frieza dos números, parece, portanto, que vai indo tudo muito bem. Note que não são divulgados os valores envolvidos nos supostos acordos. O iG divulga apenas as estatísticas de órgãos oficiais e empresas, sem ouvir o lado das vítimas.
11) Em lugar disso, o foco vai para a questão do novo cronograma de inauguração das estações e funcionamento da linha 4 (amarela), altamente influenciado, e talvez manipulado, pelos interesses eleiorais da campanha presidencial e de governador.
12) O cronograma merece grande atenção na reportagem publicada neste sábado. As providências de engenharia, os anúncios de acordo e as versões já parecem obedecer às prioridades de caráter eleitoral, o que o iG não trata com o devido destaque crítico.
13) O único relato mais claro de que moradores estão fazendo acordos desvantajosos aparece numa reportagem com o título ´´Fui obrigado a entrar em acordo com eles´, diz vítima do acidente´. Esta reportagem não é do iG, mas da Agência Brasil (órgão estatal ligado à Radiobras e, portanto ao governo federal, que também tem interesses políticos em torno do assunto).
14) A reportagem do iG registra a declaração de Antonio Manuel Teixeira de que foi constrangido a aceitar uma proposta, mas não dá crédito no texto à Agência Brasil, embora faça remissão para reportagem oriunda da agência.
15) Deveria ser obrigatório questionar informações vindas, como a seguinte, de assessorias de imprensa, presente na mesma reportagem principal do dia do primeiro ano do desabamento. Preste atenção:
´Segundo a assessoria do consórcio, os valores das indenizações foram propostos pelos próprios moradores e negociados abertamente entre as partes.`
A informação vai para o ar assim, sem que os moradores sejam ouvidos e seja checada essa versão no mínimo duvidosa das empreiteiras. o iG nem divulga se tentou ou não ouvir os moradores para confirmar.
16) A reportagem do iG não esclarece se tentou entrevistar o governador José Serra, o secretário dos Transportes ou o presidente do Metrô.
17) É obrigatório ouvir fartamente um número significativo das vítimas para chegar a uma conclusão sobre a correção do comportamento de governo e empreiteiras. É errado confiar nas assessorias de imprensa, em declarações e estatísticas oficiais não comprovadas com os interessados.
18) O saldo do trabalho mostra um esforço prejudica pela excessiva dependência de fontes oficiais e assessorias de imprensa. Aquilo que deveria ser um momento de investigação sobre eventual falta de interesse e incompetência por parte do consórcio e das autoridades, transforma-se em relatos que são críticos apenas pontualmente, mas no geral dão uma impressão de que o grosso das providências caminha na direção correta, com problemas isolados aqui e ali. Quando falta reportagem viva, com os afetados, sofre o jornalismo e o resultado é excessivamente reverente e quem sabe, contrário às intenções originais do veículo.
19) As reportagens do Último Segundo sobre este assunto deveriam remeter aos inúmeros comentários críticos de Paulo Henrique Amorim no seu site Conversa Afiada. Amorim tem exercido vigilância tanto em relação às atitudes do governo estadual e das empreiteiras, como em relação ao comportamento condescendente de muitos grandes veículos de comunicação neste episódio desagradável para o governo Serra. Fazer remissões para notas do Conversa Afiada dará iG e ao Último Segundo um diferencial crítico, num ambiente em que grandes veículos usam critérios diversos para tratar das falhas quando estas envolvem tucanos.e petistas. Os primeiros recebem tratamento tolerante da mídia, que tem sempre munição pesada para usar quando os problemas podem desgastar Lula, seu governo e o PT.
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A negociação (10/1/08)
De todos os veículos de comunicação do Brasil, o iG foi o que deu de maneira cautelosa e distanciada, tímida até, o noticiário sobre suposto acordo, verbal, sem assinatura, para compra da Brasil Telecom pela Oi, do que resultaria uma ´megaempresa de telecomunicações´. A notícia saiu em primeiro lugar ontem na coluna Radar, de Lauro Jardim, da Veja on-line.
Em seu noticiário veiculado no Último Segundo, o iG hoje limitou-se e relatar o que a imprensa publicou abundantemente. Não procurou avançar outras informações da negociação, não questionou versões incorretas de outros veículos, nem muito menos tomou posição. Além disso, registrou, corretamente, o que muitos já sabem: a Brasil Telecom é proprietária do iG, o que pode ser uma razão, não justificável, da cautela. A negociação nem mesmo chegou a ocupar a manchete da capa.
Para além de vínculos empresariais, uma certa contenção nesse noticiário é, porém, recomendável, à luz do histórico de balões de ensaio, jogos de cena e iniciativas que subitamente são anunciadas com estardalhaço pela mídia para logo serem abortadas ou simplesmente esquecidas. O iG faria bem em investir na cobertura, alocando repórteres para apurar com independência e noticiar o que descobrirem. A transparência de um veículo é testada justamente na cobertura dos meandros dos fatos que o envolvem e que afetam seus controladores.
A timidez inicial do noticiário ´hard news` do iG foi compensada hoje pelo trabalho de Paulo Henrique Amorim em seu blog Conversa Afiada. Além de temperar a empolgação geral dos grandes jornais com pela proposta da Oi, o blog procura dar sentido ao conjunto, dá espaço para um outro lado (supostamente alguém dos fundos de pensão ou alguém não identificado ligado à própria Brasil Telecom) e ajuda a entender o jogo de forças por trás das versões que vêm a público.
Em nota intitulada ´Fundos terão participação relevante na BrOi´, Paulo Henrique informa que a empresa resultante da compra não será estatal. Isso já em si é polêmico e provavelmente será tema de disputa no futuro. Diz ainda que o acordo de acionistas da suposta nova empresa está em negociação e que ele é ´um elemento central na negociação em curso: os fundos de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ), Caixa Econômica (Funcef) e Petrobras (Petros) manterão posição ´relevante` nessa nova empresa.`
Acrescenta ainda que ´segundo uma fonte do Conversa Afiada que participa diretamente das negociações, este acordo terá que ser ´muito cuidadoso´, porque os três fundos consideram o setor de telefonia estratégico e não querem abandoná-lo, nem perder a ascendência que têm sobre decisões estratégicas, como, hoje, por exemplo, têm na Brasil Telecom.`
Como pano de fundo, portanto, está a idéia de uma grande tele brasileira, capaz de competir no mercado nacional e, quem sabe até, no latino-americano, como gigantes como a Telefônica e os empreendimentos do milionário mexicano das telecomunicações Carlos Slim. Entre os controladores da Brasil Telecom, o Citigroup, em dificuldades por causa da crise no mercado de hipotecas nos EUA, tem interesse em desfazer-se de suas posições com urgência. Na Oi, é o grupo GP que deseja retirar-se. Concentram-se, portanto, em torno dessa negociação interesses complexos de estratégia econômica nacional e internacional, estatais e privados.
Num episódio anterior, em agosto passado, o ministro das Comunicações Hélio Costa procurava articular alguns desses interesses em agosto passado quando anunciou um grupo de trabalho para discutir a fusão Oi/Brasil Telecom. Não prosperou. O tema reaparece com força na forma do ´acerto de compra` da Brasil Telecom. Só que agora quem aparece à frente do controle da grande tele brasileira são outras forças. Vale a pena ir atrás de quem divulgou essa atual versão da negociação como forma de entender melhor a queda de braço de bastidores, da qual a mídia às vezes é apenas instrumento.
Agora, a quase totalidade dos veículos que antes rejeitavam a finada iniciativa de Costa, considerada estatizante e atrasada, aposta na compra do controle da Brasil Telecom pela Oi. É provável que o negócio não avance rápido. Pode demorar mais de ano. A Brasil Telecom já desmentiu qualquer acordo, mas a Oi diz que as negociações se intensificaram. O negócio, antes de vingar, certamente terá que vencer grandes complexidades e talvez já tenha perdido aquele sentido de certeza e urgência. Agora, a oficialização ficou para uma semana ou dez dias.
O noticiário, especialmente dos grandes jornais, traz as marcas de certa ingenuidade ideológica e técnica. Crê-se numa grande tele privada, mas sustentada por capital estatal ou para-estatal, na qual os fundos terão necessariamente ´participação relevante´, com ´ascendência sobre decisões estratégicas´. Os compradores terão que contar com aportes volumosos de empréstimos do BNDES, um banco estatal, os quais a Oi usaria para honrar a oferta de US$ 4,8 bi que, segundo as notícias, estaria fazendo para comprar a Brasil Telecom. O iG não fala de compra, mas usa um outro termo: uma ´consolidação´.
´Consolidação` não é venda nem compra. Nesse ambiente, em que o apuração das notícias é tecnicamente fraca e as reportagens estão contagiadas por preferências ideológicas, arranjos de ocasião, o melhor é apegar-se aos princípios do jornalismo, conter a ansiedade e estar atento ao que fala quem vai contra a corrente como é o caso, de Paulo Henrique Amorim, neste iG.
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O sexo e seus limites (9/1/08)
Mãe de um filho pequeno, uma assinante do iG, que preferiu não se identificar, manda mensagem a este ombudsman para reclamar do conteúdo impróprio de um blig (serviço de postagens do iG). O blog em questão, cujo nome não publico para não incomodar os leitores mais sensíveis nem fazer propaganda, possui centenas de fotos de mulheres nuas e de atos sexuais. São pessoas e fotos de todos os tipos. Pode haver ali várias que foram fotografadas sem saber que elas acabariam na internet, nem em que contexto apareceriam. Há fotos de moças de biquíni passeando na praia exibidas junto a outras de pessoas em atos sexuais e poses ginecológicas, sem distinção.
Nos blogs do iG há uma área chamada ´sexo´, por meio da qual a leitora encontrou o blig em questão. Como ela, qualquer pessoa pode encontrar esse conteúdo, sem que seja mostrada uma indicação mais clara do que está prestes a aparecer. Não há aviso de que o leitor está adentrando conteúdo pornográfico impróprio para menores de 18 anos.
É provável que crianças estejam visitando esses bligs sem que os pais saibam e autorizem, pois, como já disse, não há aviso. A área ´Sexo` reúne, além disso, blogs de diferentes conotações e intenções. Eles incluem bligs só de textos, outros mistos e muitos apenas de fotos. Em ambas as categorias, a temática é abordada com diversos matizes. Há os mais literários, com textos de uma certa sensualidade ou erotismo. Há até blog sobre educação sexual. E há vários em que predomina a pornografia com fotos de sexo explícito.
O iG, em primeiro lugar, deve se questionar sobre se está correto ou não veicular conteúdo dessa natureza. Há inúmeros portais, de blogs inclusive, alguns até com audiência maior do que o iG no mundo, que simplesmente não aceitam publicar pornografia, tendo uma política ativa de retirar do ar áreas abertas (e até fechadas) de conteúdo que seja considerado pornográfico. Quais são as regras do iG nessa área?
Seja como for, após uma reflexão, está na hora de o iG atuar. Um ponto de partida básico são as determinações do seu contrato que apresenta aos autores de bligs. Veja o que dizem os ´Termos de Uso` do Blig:
O ´IG poderá interromper a veiculação de imagem(s) e texto(s) inserido(s) pelo CONTRATANTE quando: … (ii) tiver(em) conteúdo obsceno, erótico, pornográfico, de qualquer forma relacionado à pedofilia; (iii) que possa causar impacto à ética, moral e bons costumes; (iv) contiver(em) apologia ou propaganda de práticas nocivas à vida; (v) contiver(em) qualquer forma de divulgação de atos ilícitos de acordo com a legislação em vigor; ou ainda, (vi) mediante solicitação de autoridades policiais ou judiciárias.´
Está aí. Os meios existem e o pedido da leitora é simples: se for para manter no ar esses blogs, que ao menos o iG crie um controle, com acesso via senha, com avisos muito claros sobre a origem, as características e o sentido do conteúdo. O iG deve informar se o conteúdo a seguir é impróprio para menores de 18 anos, além de separar as áreas de acordo com as características do que está sendo divulgado.
Segue, abaixo, a íntegra do comentário da mãe e assinante do iG:
´Prezado Sr,
Tenho banda larga do iG e, em dezembro de 2007, iniciei um blig turbo gratuito. Li atentamente todos os termos de condições para o Usuário e tenho procurado ser absolutamente correta e consciente no que escrevo. Tenho postado semanalmente. Na página de acesso, existe o diretório com as categorias. Confesso que não sabia que havia a categoria Sexo, só descobri isso porque em 28-12-07, ao acessar a página principal dos Bligs, estava lá um blog, como um dos mais atualizados, inclusive.’
´Caí literalmente de costas ao ver o conteúdo do tal blig. Só tem praticamente fotos de jovens mulheres em poses extremamente picantes, até simulação de atos sexuais.´
´Pergunto, em que uma empresa tão conceituada como o iG irá lucrar com blogs assim? Olhei mais uns dois do gênero e me pareceram um pouco menos vulgares.´
´Sei que o Sr. é uma pessoa altamente gabaritada e estudada, vi seu currículo antes de lhe escrever, portanto seria desnecessário lhe explicar o que significam etmológicamente os termos ´sexo´, ´sexo explícito` e ´pornografia´, mas me dei ao trabalho de, por duas vezes (através de e-mails cujas respostas não recebi), alertar o Suporte Técnico para estas definições e dizer que aquele Blog é apenas Pornografia, e que, se o iG permite tais categorias, ao menos deveria obrigar os criadores destas ´obras` que elaborassem uma senha de acesso ao Blog, ou aparecesse uma págína de alerta antes do acesso ao blog, avisando que o conteúdo é impróprio para menores de 18 anos.´
´Ao entrar em sua página de acesso Sr. Ombudsman, vi o item 22 de reclamações – ´Falta dar um verdadeiro sentido ao chamado conteúdo Adulto` – pelo que vi nos bligs de sexo, como este que lhe descrevi, acho que falta muito mais que isso.`
´A Web deveria veicular, em minha opinião, conteúdos mais relevantes do que estes. Temos uma geração que nasceu com a informática em suas mãos. Que tipo de cidadãos estaremos formando se não buscarmos, principalmente, qualidade nas mídias?´
´Sempre tive o iG em alta estima, por isso o escolhi como provedor. Já recomendei a banda larga de vocês para vários amigos. Tenho um filho pequeno e policio tudo que ele acessa na Web, mas e as outras pessoas que não fazem isso?´
´Do jeito que os Blogs estão listados na página inicial de bligs qualquer pessoa, até uma criança, clica em cima do nome e acessa qualquer tema. Isto está certo?´
´Li nos termos de adesão para montar o Blig que eles são oferecidos aos usuários para diversão e que não devem conter Pornografia. O que está ali no blog eu interpreto como pornografia. Nos termos de adesão e condições do Usuário avisam que vão monitorar direto os bligs e seus conteúdos.´
´Espero contar com a Política de Privacidade e Proteção aos usuários dos Blogs do Ig e que nenhum dado pessoal meu seja veinculado em público na Web e que esta reclamação jamais chegue até aos ouvidos de criadores de Blogs como esse. Dá até medo…´
Outras mensagens
Essa não é a primeira vez que os leitores reclamam de apelo sexual ou mesmo de reportagens sobre sexo nas páginas do iG. Seguem trechos de algumas reclamações:
´Vejamos o site publicou o ano inteiro todos os dias fotos de mulheres brancas e loiras seminuas (eu tenho vários dias e nomes anotados em minha agenda), publicou foto de Daniela Cicarelli lá na praia da Espanha em colóquio amoroso, fotos de Sheila Melo, Sheila Cravalho, de Ana Paula (árbitra de futebol), de Sabrina Sato, da Siri (BBB), enfim de muitas outras mulheres ´celebridades` em fotos peladas expondo o corpo em ensaios da Playboy, recentemente Karina Bacchi na praia em colóquio amoroso – que até foi comparado com o episódio Cicarelli. Publicaram fotos de Luciana Gimenez fazendo topless, Angélica também. Na foto de Gisele Bundchen tiveram a coragem de escrever: ´Gisele molhadinha´, porque ela estava envolvida num efeito especial de água. Teve um leitor que escreveu na sua página sobre esta notícia, ele ficou indignado, com o baixo nível. Publicarm fotos de mulheres que deixaram calcinhas à mostra entre elas: Luana Piovani, Sabrina Sato, Adriane Galisteau e tantas outras.´
Elenice Oliveira
´Ao entrar no IG Jovem para ler a matéria ´Sexo oral: Tenho vontade, mas tenho vergonha` fiquei chocada com a foto que a ilustra. Uma menina que não parece ter mais de 12 anos!!!!!! O que é isso? O MInístério Público eo Governo Federal milhões com campanhas contra a gravidez na adolescência, a pedofilia, a prostituição infantil e o portal IG ilustrando matérias sobre sexo ( mesmo sendo voltada para jovens) com fotos de crianças?????
Eu como Pedagoga e Educadora fiquei chocada com a falta de sensibilidade de vocês. Seria prudente ter posto um desenho, avatar, ou seja lá como os jovens chamam esses bonecos para uma matéria com assunto tão delicado.´
Rosana do Amaral Guimarães
´Longe de qualquer falso moralismo, fico realmente preocupado quando penso em nossas crianças que acessam diariamente a vossa página principal, e principalmente na minha filha de 12 anos, hoje com 12 anos, mas tem uma influencia a tempos da vossa página principal. Eu penso que, assuntos polemicos, tabus ou não, em 100% dos casos de carater sexual, deviram ser tratados dentro da guia Sexo, por exemplo, não como destaque, numa página que é a pagina de acesso imediato da grande maioria do internautas de 0 a 100 anos. Eu, minha filha, as outras crianças de 4, 5 anos, assim que acessam a internet , dão de cara com manchetes do tipo ` como se dar bem no sexo anal ´, ` calcinhas comestiveis, agora sem açucar ´, ` renan calheiros diz que comeu a Monica, nas escadas internas do senado` e outras coisas mais.´
Valdir Emilio Pietrobon
O iG responde
A respeito da nota acima, recebemos a resposta da diretora-adjunta de Conteúdo, Alessandra Blanco, a quem agradeço.
´Mario,
O procedimento referente a blogs com imagens pornográficas é retirá-los do ar quando recebemos denúncias. O iG tem mais de 500 mil blogs e não faz uma censura prévia. Mas toma as medidas necessárias, em caso de denúncias como essa. Quanto à categoria sexo, vamos providenciar a exigência de login e senha para verificação de entrada permitida apenas para internautas com mais de 18 anos.´
´Sobre as demais reclamações referentes a reportagens de sexo para adolescente, acreditamos que é obrigação de um site voltado para garotos e garotas dar informação sobre sexo e relações sexuais. A foto da reportagem ´Sexo oral: Tenho vontade, mas tenho vergonha` é de um banco de imagens e é indicada para ilustrar esse tipo de conteúdo. Além disso, o texto foi escrito por Laura Muller, jornalista especializada em comportamento sexual para adolescentes, que escreve sobre esse assunto em jornais e revistas há 15 anos. Quando cada vez mais adolescentes iniciam suas vidas sexuais mais cedo e, por falta de informação, é cada vez maior o número de doenças como HPV, acreditamos que tais reportagens são necessárias. Já sobre a divulgação de fotos de mulheres na home-page do iG, gostaria de esclarecer que o iG não publica em sua home-page fotos de nus e nem mesmo de nus parciais frontais. Publicamos apenas fotos de mulheres de biquíni.`
Alessandra Blanco, diretora-adjunta de Conteúdo
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Melhorando a pontuação (8/1/08)
A respeito da nota anterior, provocada pelo leitor Odair Vituri, sobre a falta de atualização das tabelas de pontuação dos campeonatos de futebol publicadas pelo iG, recebi, por meio da editora-chefe do Último Segundo, Mariana Castro, a seguinte resposta do editor de Esportes, Gian Oddi, pela qual agradeço:
´Os problemas apontados pelo leitor, embora diversos, têm todos a mesma origem: o fato de que, hoje, os resultados de esportes veiculados pelo iG são publicados por um parceiro.´
´A esse respeito, antes de entrarmos em casos específicos, é bom dizer que já está em andamento o projeto para implementação de um sistema próprio de resultados de esportes, que, tão logo concluído, garantirá ao iG Esportes um completo e eficiente sistema de tabelas.´
´Em relação aos erros apontados, notamos, basicamente, três problemas: lógica de navegação, informações desatualizadas e erros de links.´
´Quanto ao primeiro, pouco podemos fazer, pois trata-se de uma lógica concebida de acordo com as necessidades do nosso parceiro, a Gazetesportiva.net, e não de acordo com as do iG. Vamos discutir o assunto com o parceiro para encontrar uma forma mais fácil de mostrar a informação para o leitor.´
´Sobre as informações desatualizadas, ocorre que, eventualmente, o parceiro pode modificar o local onde publica determinado conteúdo sem que nossa redação seja informada — a Gazeta é um parceiro muito eficiente na atualização de seu conteúdo. Reiteraremos a eles a necessidade de sermos informados sobre estas mudanças, mas também ficaremos atentos a possíveis alterações checando periodicamente os links. O problema já foi corrigido.´
´Há, por fim, o problema de dois links apontando para tabelas diferentes de um mesmo torneio — como o que se refere às duas tabelas diferentes do Campeonato Espanhol. Neste caso, houve erro da nossa redação ao modificar o link em uma página e não modificá-lo em outra. Alertaremos os responsáveis pela atualização e aproveitaremos a oportunidade para, ainda hoje, revisar todos os links da página de tabelas.´
´De qualquer forma, vale reforçar, todo e qualquer problema referente às tabelas será sanado em breve, com a adoção de um sistema completo e automatizado concebido exclusivamente com essa finalidade.´
Gian Oddi, editor de Esportes do Último Segundo
As providências anunciadas pelo editor de Esportes parecem caminhar para a solução do problema. A eficácia delas, porém, só poderá ser comprovada de fato ao longo do tempo.
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Torneios e resultados (7/1/08)
[versão com correções]
O leitor Odair Vituri reclama do iG pela falta de atualização das tabelas de classificação dos campeonatos de futebol. Diz ele:
´Sr. Mario só o senhor pode tirar o iG-Esportes de uma longuíssima inércia sobre atualização em tempo das tabelas dos vários campeonatos de futebol no Brasil. Experimente consultar os links Resultados e Tabelas para ver que o iG sempre está atrasado. Se não tiver ninguém para atualizar isso, é só me contratar!´
Ao seguir o caminho indicado pelo leitor, é possível ver que há muito mais problemas do que a atualização da tabela dos campeonatos brasleiros. Links da área ´Tabelas e resultados` da capa de Esportes do Último Segundo levam para classificações velhas dos principais camponatos internacionais de futebol. Tem até uma tabela toda em branco.
Já várias as classificações dos mesmos torneios na área menor, menos importante e de navegação menos natural denominada ´Mais tabelas´, colocada logo abaixo, estão mais em dia.
Em ´Mais tabelas´, o leitor é remetido a outros links para os mesmos campeonatos Espanhol, Francês, Inglês, Alemão.
Ou seja, o iG publica ou remete a duas tabelas de classificação diferentes para cada um dos maiores campeonatos internacionais de futebol. Parte das tabelas (as que têm mais erros) tem origem no parceiro do iG chamado Gazeta esportiva.net. As informações não são propriamente da Redação do iG. Mas muitos leitores não prestam atenção nesses detalhes.
Outra questão relacionada ao tema levantado pelo leitor Vituri são as tabelas referentes à Liga dos Campeões. Na página principal de Esportes do Último Segundo, a área da Liga dos Campeões em ´Tabelas e Resultados´, remete apenas para os próximos jogos do torneio. Resultados e tabela de classificação só podem ser consultados olhando o menu ao lado daquela tabela. Na área de ´Mais tabelas´, o link ´Liga dos Campeões` remete para o resultado da final do torneio na versão 2006/2007. Só, mais nada. Muitos leitores devem achar que o iG está bem desatualizado.
É o que deve está acontecendo em relação à Copa São Paulo de Futebol Junior, que ocorre agora em São Paulo. Não existe link para o torneio na página principal. Ali se exibe ainda, por exemplo, todos os resultados do Campeonato Brasileiro, já encerrado. Na área ´Mais Tabelas` há, sim, remissão para a Copa São Paulo, mas o iG publica apenas os resultados do ano passado. Nada deste ano.
Está havendo pouco cuidado com o noticiário tão procurado pelos fãs de futebol e é para isso que o leitor Odair Vituri cobra providências. Com a palavra, o Último Segundo.’