Saturday, 23 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Mario Vitor Santos

‘Desde segunda-feira, em Minas Gerais, na região de Uberaba, a Polícia Federal (PF), em mais uma ação escandalosa, acusou, fechou fábricas que funcionam há décadas e submeteu dezenas de pessoas às algemas e à prisão.


A PF acusa os detidos de fazer parte de uma ‘quadrilha’ que adicionava soro, água oxigenada e até soda cáustica ao leite longa vida. Os meios de comunicação, em geral, aceitaram os termos usados pelos policiais e os transmitiram docilmente à população.


Segundo a acusação da PF, a ‘quadrilha’ (polícia e imprensa usam cada vez menos a palavra ‘suposto’) adicionava essas substâncias ao leite com a intenção de aumentar o tempo de conservação e o volume do leite, mesmo que para isso pusesse em risco a saúde dos consumidores. Diz a Polícia Federal que o esquema foi descoberto após três meses de investigações.


Impulsionada pelo Ministério Público e com autorização judicial, a operação contou com a colaboração voluntária dos meios de comunicação, inclusive do iG. O espetáculo criado para combater a chamada ‘fraude do leite’, foi chamado alegremente de ‘Operação Ouro Branco’ pela PF. Suas conseqüências, porém, não lembram nenhum bombom: houve alarme no comércio em vários estados, interdição de lotes de leite e queda nas vendas. As empresas afetadas, inclusive a Parmalat e associações do setor, publicaram anúncios nas TVs, jornais e revistas.


Outros supostos exames químicos levaram a outras denúncias de fraudes, com acusações de possível falta de higiene e presença de coliformes fecais no leite de Goiás, e a descoberta de centenas de caixas de leite enterrado no Rio Grande do Sul. Técnicos de saúde cruzaram os céus para fazer investigações adicionais. Ministério da Saúde e Ministério da Agricultura bateram cabeça sobre a responsabilidade da fiscalização Exames oficiais do leite supostamente adulterado, prometidos para sete dias, só ficarão prontos em quinze.


Quem são os acusados? Os supostos responsáveis são empresários, trabalhadores e químicos de cooperativas e empresas processadoras de leite existentes há décadas em Uberaba, do Vale do Rio Grande, além de Passos e outras localidades no sudoeste mineiro. São gente que tem família, pais e filhos e colegas de trabalho. Algumas vivem em pacatas regiões leiteiras, têm relações na empresa e nas comunidades, circulam pelos diversos empreendimentos do setor. A maioria leva uma vida normal e ordeira em suas cidades.


Muitos deles, é provável, jamais pensaram na adição de produtos estranhos ao leite, achavam que estavam faziam um produto de boa qualidade, como sempre se fez, ou não sabiam de nada. Se há algum culpado, é preciso apurar com calma.


Mas, até agora, os acusados (a maioria deles já em liberdade, provavelmente traumatizados pela experiência da prisão, um deles com suspeita de infarto), não foram ouvidos pelos meios de comunicação e nem por este iG. A eles foi imputado um crime tão grave que os levou à detenção, mas, para a maioria dos veículos de comunicação, eles, na verdade, nem nome têm.


Como se sabe, a melhor maneira de despersonalizar alguém é negar-lhe o nome, tirar-lhe a humanidade. Sem nome, veículos e jornalistas não se dão ao trabalho de ouvi-los, sua família ou conhecidos, descumprindo norma básica de todos os manuais de redação de todos os veículos da imprensa, que é a de dar voz a todos os lados envolvidos numa notícia. Eles não moram em São Paulo, ou Rio. A maioria não tem dinheiro, fama ou poder nem bons advogados. Eles são acusados e presos. Um agente lhes toma o depoimento e chega o dia em que são soltos. Depois ficam por aí.


As informações que o iG publicou são de que os órgãos oficiais atestaram a presença das substância citadas em alguns lotes do leite, em quantidade que não seria expressiva, embora suficiente para causar uma queimação de estômago.


Segundo informação (oculta no interior de texto de página interna da sexta passada na Folha de S.Paulo, mas não destacada em título nem interno nem na capa), ‘a subsecretaria de Vigilância em Saúde de Minas informou, em nota, que, embora os laudos indiquem irregularidades no leite, não é possível afirmar que tenha sido adicionada soda cáustica, uma vez que o método de análise não identifica a substância’. Nenhuma reportagem, do iG pelo menos, mas possivelmente de toda a imprensa, informou como foi comprovada a presença das supostas substâncias.


Alguém precisa explicar se o fato de o leite estar fora dos padrões é resultado de negligência na limpeza, resíduo da limpeza de equipamentos (seria feita com soda cáustica) ou do ato intencional de contaminá-lo para obter lucros. Parece ter havido prova de que acidez ou alcalinidade estavam fora dos padrões. Existem outras substâncias ou processos do leite que podem causar essa mesma alcalinidade? A polícia dispõe de outras provas ou evidências de comportamento criminoso? Quais? Por que não divulga? Aliás, o que chamam genericamente de soda cáustica designa quais substâncias químicas em que concentrações?


O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde (Anvisa), Dirceu Raposo de Mello, afirmou, conforme reportagem do iG, que o sistema de vigilância sanitária não havia constatado nenhuma alteração no produto durante as inspeções rotineiras realizadas na ponta do consumo. E acrescentou: ‘Não existem dados que levem à proibição do consumo’.


Também não houve até o momento nenhuma denúncia de pessoas contaminadas pelo leite. Ele reiterou que, dependendo da concentração destas substâncias no produto, não há danos à saúde. O laudo da Anvisa sobre o leite supostamente contaminado, como o próprio iG informa, deve sair em uma semana. Enquanto isso, os meios de comunicação submetem-se ao tom que predomina nas televisões, e estas seguem a Polícia Federal na promoção de um massacre de pessoas e empresas que são inocentes, como diz a lei, até que sejam condenadas em última instância pela Justiça.


Vinte e sete pessoas foram presas sob acusação de integrar a chamada ‘quadrilha’. Todos menos um, foram libertados. Apenas o diretor-presidente da Cooperativa de Produtores de Leite do Vale do Rio Grande (Copervale), responsável pela fabricação e distribuição do leite integral Centenário, Luiz Gualberto Ribeiro Ferreira, continua preso. Ninguém parece ter tentado ouvir seriamente as pessoas que foram soltas. Suas versões são dadas pela própria polícia ou advogados. Não se sabe da íntegra de seus depoimentos à polícia.


Negam (se é que é fácil negar algo na incomunicabilidade de uma sala de depoimentos, sob pressão de investigadores e sob o trauma do isolamento) ou confirmam? E o que dizem os especialistas no tema, os químicos, engenheiros, biólogos, economistas e tecnólogos de alimentos? As autoridades (Polícia Federal, Ministério Público, Anvisa, Serviço de Inspeção Federal) deveriam estar sob enorme pressão para sustentar prisões em tal número e com acusações tão mal-sustentadas. Os responsáveis pela fiscalização deveriam justificar por que leite assim (se são verdadeiras as denúncias) estava sendo vendido. As empresas compradoras também têm sistemas de controle da qualidade do leite que recebem. O que dizem esses testes?


Mas agora, justo quando os detidos saem das celas, o assunto desaparece das manchetes e até das capas. O jornalismo deveria ser exercido de maneira muito mais independente, distanciada das autoridades e criteriosa.


A única forma de fazer jornalismo sério é depender menos de fontes oficiais e ir a campo ouvir as fontes, falar com as pessoas. Isso demanda investir em contratar repórteres, editores e providenciar os recursos (telefone, viagens de carro e avião, computadores, telefones). Ou seja, fazer jornalismo sem equipe é sinônimo de fazer jornalismo chapa branca, dependente das autoridades. Agora, por exemplo, quando chega a hora de ouvir os seres humanos envolvidos no suposto envenenamento do leite, quando é o momento de cumprir as normas que obrigam a audição de todos os lados, não há meios. Os veículos parecem estar aguardando surgir nova informação oficial, novo anúncio da Polícia Federal, facilitado por alguma assessoria de imprensa.


Além de investimento, ajudaria a melhorar o jornalismo formar melhores profissionais em termos técnicos e principalmente humanos. As escolas de jornalismo (e as de direito também, por que não?), por exemplo, poderiam incluir uma atividade, uma ‘dinâmica’, na formação de seus alunos com o seguinte exercício: eles passariam uma noite (só uma) numa cela, sujeitos às mesmas condições materiais dos presos. Pode ser num xadrez desativado, não é preciso nem ser constrangido a conviver com outros suspeitos. Bastariam a falta de espaço, o ‘banho’, a comida na ‘quentinha’, o vaso, a cama de concreto e a solidão.


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O famoso sete mil toneladas (25/10/2007)


A cobertura que o iG vem fazendo da crise provocada pelas enchentes e o desabamento de terra no túnel Rebouças no Rio não difere muito daquela que se pode ver em outros portais de notícias. O Último Segundo traz imagens impressionantes do desabamento da lama, obtidas de sua parceria bem-sucedida com a BandNews. São informações de interesse e, até quando a memória me socorre, inéditas na história do Rebouças, uma construção tão importante para a circulação de automóveis (e apenas algumas linhas de ônibus) no Rio. Durante a tarde desta quinta-feira, a principal notícia do iG sobre o assunto trazia o seguinte título, informativo e urgente, se bem que um pouco afetado: ‘Operários induzem desabamento de terras na encosta do Túnel Rebouças’. Mais simples seria ‘Operários induzem desabamento no Rebouças’.


Reportagem do iG com trecho de difícil compreensão


O texto que acompanha a reportagem é informativo, embora tenha trecho ininteligível (‘Esse lado correspondente à pista sentido zona norte’), como resultado de provável descuido na edição, o que ocorre mais do que deveria ser aceitável. O mais importante, porém, indica um problema estrutural do jornalismo. É quando o jornalista não informa suas fontes, ou seja, quando assume como sua uma informação que lhe foi dada por terceiros. Falo do descuido na informação relativa às fontes. As fontes das informações são parte essencial do jornalismo. As informações sempre nascem nelas ou dependem delas. A identidade e a autoridade das fontes têm sempre que ser explicitamente apresentadas, pois disso depende a credibilidade que o jornalista e, principalmente, o leitor, pode atribuir determinada informação, versão, avaliação ou opinião. Esse preâmbulo todo na verdade visa questionar a informação presente em todos os veículos, inclusive o iG, de que no Rebouças o desabamento de terras chegou a ‘sete mil toneladas’. Mais uma vez, a origem da informação parece ser uma fonte oficial: a Secretaria Municipal de Obras do Rio. Parece porque no texto a informação surge nas proximidades de uma referência à secretaria como fonte de outras informações, menos relevantes, por sinal. São então sete mil toneladas de terra. Seria interessante saber qual é o volume de terra correspondente a sete mil toneladas, pois a julgar pelas imagens, a estimativa, obviamente precária, mas afirmada com certeza por tantos veículos, parece exagerada. Em tempo: não foram todos os veículos que divulgaram o mesmo peso da terra derramada. Um, A Gazeta Mercantil, deu informação diferente: cinco toneladas. Só cinco.


Gazeta Mercantil, cuja reportagem difere na divulgação da quantidade de terra derramada


Oficialite no leite


Em relação à chamada ‘fraude do leite’, a maioria dos presos já foi liberada pela polícia. É inaceitável, que até agora, nenhum dos acusados soltos tenha sido ouvido de maneira independente. Só o delegado, que não divulga o nome da maioria dos acusados, tem divulgado aquilo que ele diz que os acusados declararam. São sempre informações incriminadoras, de que a soda cáustica e outras substâncias tóxicas eram adicionadas. É uma cobertura sem ‘outro lado’. Só há o lado das autoridades acusadoras. Uma crise de oficialite.


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O iG decreta: houve ‘fraude’ no leite (24/10/07)


Encerrada uma semana em que este ombudsman concentrou-se nas deficiências dos serviços prestados aos internautas, é possível voltar a acompanhar o jornalismo do iG. Quando um veículo não dispõe de uma equipe de reportagem suficientemente grande para poder direcionar suas coberturas relevantes e construir um trabalho autônomo, ele vive numa triste dependência de outros jornais, televisões e serviços informativos. Este é, infelizmente, o caso do iG.


Na atual cobertura do chamado escândalo do leite, os meios de comunicação brasileiros correm sério risco de embarcar em novo fracasso coletivo, com as sérias conseqüências de sempre. A partir de uma investigação da Polícia Federal (denominada operação Ouro Branco), a mídia rendeu-se à versão de que empresários de cooperativas de leite de Minas intencionalmente vêm adicionando soda cáustica e água oxigenada ao leite, entre outros produtos. Trata-se de uma acusação grave oriunda de órgão oficial. Há evidências de crime, mas os principais acusados estão presos, não se pode ouvi-los. Neste momento, as versões estão centralizadas pelas autoridades. Os acusados não exerceram seu direito à defesa e são tratados como criminosos antes do julgamento, o que é ilegal. Ao veicular acusações, o iG participa da cobertura oficialesca, como um aliado da Polícia Federal.


No índice de reportagens do iG sobre o caso há hoje onze textos (veja aqui). Sete são de órgãos oficiais (PF, ministérios, etc), dois são de especialistas falando de problemas que as substâncias tóxicas supostamente adicionadas podem causar, um fala que a população ficou mais cuidadosa depois do noticiário sobre o tema e um fala, sem dizer nome, antecedentes, formação, amigos, família, que foi preso um engenheiro químico. Sem personalidade nem nome, as vítimas são presas fáceis. O tom acusatório segue o da reportagem abaixo, oriundo da Agência Estado, parceira do iG, em que o crime é relatado. Mas o iG já fez o julgamento: houve uma fraude. Ponto.


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Os clientes são a solução (23/10/07)


O ombudsman é a última instância de recurso de que lançam mão os internautas do iG quando esgotam todas as alternativas mais diretas. Pelo levantamento mostrado aqui ao longo de uma semana, o quadro dos serviços mostrados pelo iG inspira grande atenção. Já prejudicados por falhas ocorridas no acesso à internet, com seus programas de recebimento e envio de mensagens, por cobranças indevidas ou para cancelar o serviço, clientes enfrentam um labirinto de dificuldades e desconfortos.


Quando acontecem problemas, o iG apresenta ao usuário dois caminhos na Central do Cliente. O primeiro é um contato via telefone, que é muito demorado. Enquanto espera, o cliente é obrigado a ouvir uma gravação de uma peça publicitária do iG, a qual se repete infinitamente agravando a irritação. Isso para os internautas que pagam para receber o serviço de apoio. Quando é atendido, com freqüência o cliente é enviado ao suporte técnico ou para uma área de relacionamento (esta, em geral, nos casos dos que desejam cancelar).


Às vezes, a ligação cai e o cliente tem que reiniciar o processo do início. Todos os clientes (de serviço pago ou grátis) podem também enviar mensagem para o endereço suporte@ig.com.br. Há clientes que reclamam de não serem atendidos nesse serviço, de ficarem sem resposta. O atendimento aí é diferenciado para os que contrataram o serviço pago.


Para os clientes que contrataram o iG sem pagar, a única porta de entrada disponível é o suporte gratuito, feito por e-mail, na forma de um chat. Há clientes que reclamam de falta de respostas do iG para suas questões ali colocadas. Ambos os serviços (pago ou não) suscitam em parte dos internautas do iG a sensação de estarem desinformação e frustração.


Essa foi uma semana em que este ombudsman se enfocou alguns serviços prestados pelo iG. Nessa amostragem, o portal saiu-se mal. O ombudsman voltará a tratar desse tema no futuro de maneira sistemática e também em manifestações isoladas. Os internautas que desejarem ver seus casos divulgados devem continuar enviando seus depoimentos e recorrendo ao ombudsman. Só a informação e a competição pelos bons serviços podem contribuir para que as insuficiências possam ir sendo reparadas. Até lá, o iG deve conhecer em profundidade os problemas de seus clientes e trabalhar com afinco para resolvê-los. Providências simples (como alterar para um sistema mais respeitoso a musiquinha e a mensagem publicitária gravada do iG que os que esperam ao telefone têm que escutar) podem resultar em ganhos imensos. Outra providência é atender todos que procuram o iG, não deixar ninguém sem contato ou resposta, como os autores das mensagens (todas de um período recente) reproduzidas a seguir:


Não responderam


‘Já enviei e-mail para o atendimento e não responderam, também via chat não responderam, por telefone é impossível, hoje fiquei 15 minutos escutando uma mensagem horrível. Gostaria que alguém esclarecesse a mudança, pois possuo e-mail gratuito e como possuo o virtua não necessito de banda larga, e não quero pagar por algo que não usarei. Como faço para manter apenas o e-mail gratuito. Principalmente: como faço para que alguém do iG me responda?’


Sergio Gonçalves, em 19/10


Isolado


‘Estou isolado, não há ninguém na sua empresa que resolva um problema simples: Conectar o BrTurbo num computador com o Windows Vista. A central de relacionamento só pode transferir para o suporte técnico (pelo qual esperei 22 minutos para ser atendido). O suporte técnico diz que não sabe resolver o problema (resposta muito técnica, hein?). E que é para eu ligar para o Ibest, no número ‘08002060888’. Só que o número discado está sem serviço (conforme aviso da Telemar), e o seus funcionários me informaram que o Ibest é só para acesso discado… Para piorar, para ser atendido pela Central do Assinante na Internet, tenho que inserir a senha, mas nenhum site da BrTurbo aceita a minha senha.’


Adriano Correa, em 16/10


O que devo fazer?


‘Após o problema interno que o iG passou, meu banco de dados foi excluído do servidor, já estou pedindo solução desde sábado com três chamados, todos sem previsão de recuperação e sem quaisquer informações. Solicitei várias vezes uma resposta por escrito para o problema, porém até agora não obtive nenhum contato.A única informação é que o banco de dados realmente foi perdido e que não tem back-up para restauração do dia anterior ao ocorrido. Ainda dizem que o único back-up é de uma data de aproximadamente 30 dias, mas mesmo esse sem previsão para ser feito. Outra informação que recebi é que o nível 2 entraria em contato mas até o momento nada. Quero informações por escrito, através desse e-mail, quase 5 dias e nada foi feito. Quem pagará pelos danos causados? Cadê o back-up diário que dizia quando contratei os serviços? Cadê o aviso com antecedência de três dias? O que devo fazer? Esperar?’


Eder Ferrarini de Oliveira, em 25/09


O débito foi feito


‘Fiquei quase 2 horas aguardando um atendimento via telefone na Central de Atendimento do iG e não fui atendida. Isso só hoje, fora outros dias que tento falar com esta central e não consigo. Acho incrível esta falta de consideração com seus clientes. Tentei fazer o cancelamento de minha conta, mas também não consigo. Então não deixei saldo disponível na conta para efetuar o pagamento, nem assim consegui falar com a Central de Atendimento do iG. Solicitei o cancelamento de minha conta junto a vocês no dia 30/09/2007 via email (conforme anexos) e até agora não obtive retorno, porém verifiquei que o débito foi feito em minha conta. Aguardo retorno com urgência, já que pedi cancelamento desde 30/09/2007.’


Carla Regina Sizino Pereira, em 16/10


Tento cancelar


‘Desde dia 5 tento cancelar minha conta no iG, porém não recebo nenhum retorno sobre isso. Estou escrevendo pelo meu mail pessoal, visto que nem a senha desse e-mail do iG tenho mais. Só peço que confirmem via e-mail o cancelamento de minha assinatura, visto que já tentei o mesmo através da Central do Assinante e não obtive retorno.’


Marco Antonio Manzione Monteiro, em 09/10


Absolutamente nada


‘Estou muito chateado com o descaso que o iG está tendo comigo, pois estou já há um bom tempo enviando pra vocês e-mails pedindo solução para o meu problema e nada está sendo feito, nem ao menos uma mensagem foi enviada para mim sobre algum andamento de alguma possível solução. Meu problema é que o meu e-mail do superiG foi suspenso por pendências financeiras, não sei se por causa de algum aumento por parte de vocês sem o devido aviso a minha pessoa, ou se eu depositei o valor posteriormente à data de cobrança. Enfim, o que importa é que eu, há um bom tempo. Faço solicitações junto ao suporte@ig.com.br e nada é feito, absolutamente nada. Além do mais, o chat de serviços do iG inexiste. Estou recorrendo a você como última tentativa de solução do meu problema, que poderia já estar resolvido caso houvesse algum empenho por parte do setor responsável do iG, para a resolução.’


Álvaro Luiz Araújo Dórea, em 12/10


Inúmeros e-mails


‘Já mandei inúmeros e-mails questionando essas alterações e até agora vocês não responderam.


Gabriel Passos Sesana, em 11/10


Já se vão 3 semanas


‘Desde que ocorreu a mudança na plataforma de e-mail, não consegui mais acessar meus e-mails pelo Outlook. Já entrei em contato com o atendimento via chat várias vezes e a resposta é sempre a mesma – ‘a equipe técnica já está trabalhando na resolução do problema…’. Mas já se vão 3 semanas e nada de resolver. Preciso do e-mail para trabalhar e isso está me prejudicando muito. De duas, uma: resolvam rápido o problema ou simplesmente voltem com a plataforma antiga até terem um webmail decente.’


Luis Felipe Spyer Prates, em 27/09


Download cortado


‘Já faz dois dias que não consigo acessar meus e-mails pelo outlook express, é difícil acessá-los até mesmo pelo servidor. Caem seguidamente. O download das mensagens é cortado. Já não sei se mensagens estão sendo enviadas corretamente, enfim, estou com uma dificuldade enorme.Já entrei em contato duas vezes através do chat e me dizem que vocês estão com dificuldade na implantação do novo sistema, e não sabem quando poderão resolver o problema. Desnecessário dizer que estou sendo prejudicado pelas falhas apresentadas, deixei de responder um e-mail importante para mim no tempo hábil, e não sei se a resposta que enviei chegou adequadamente. Pergunto: quando esta tortura vai acabar? Vocês darão algum desconto na caríssima mensalidade cobrada, uma vez que vocês não estão cumprindo com aquilo a que se propuseram. O serviço está interrompido, ou na melhor das hipóteses, funcionando parcialmente. Vocês cobram integralmente por este serviço?’


Edson Plümer, em 05/10


‘Venho através deste email expressar a minha indignação com relação ao mau atendimento prestado pelos atendentes do BrTurbo visto que estou há mais de três dias tentando efetuar o cancelamento do serviço prestado pela referida empresa e via telefone não estou sendo atendido. Já fiquei mais de 5 horas tentando falar com alguém e não sou atendido. Tentei contato via chat através da Central do Cliente e também não fui atendido, conforme print de telas da conversa em anexo. Fui muito mal-atendido pelo BrTubo sendo desconectado do serviço de chat de forma arbitrária. Aguardo retorno.


Juliano Kuhn Soares, em 10/10


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O internauta e seu labirinto (22/10/07)


Este ombudsman dedica-se há uma semana a relatar as queixas dos leitores sobre os serviços do iG. Vale repetir: a imensa maioria dos internautas quer acesso à internet e e-mail funcionando sem problemas. Quer poder cancelar seu contrato, por diferentes motivos. São coisas aparentemente simples. Aparentemente. Quando e-mail e acesso falham, ou quando precisa cancelar seus serviços, o internauta tem que entrar em contato com o iG. Aí aumentam muito as chances de as coisas se complicarem, podendo resultar num enredo infindável com desfecho dramático.


O pior é ser trancado num labirinto, ser arremessado de um lado para outro, ter que ouvir gravações intermináveis e esperar para ser redirecionado para outro lugar e deste para uma máquina até viver uma odisséia irritante. Veja abaixo alguns dos depoimentos. Está na hora de dar atenção a esses temas e providenciar condições para que o atendimento seja rápido, sincero, humano, objetivo e simplificado.


‘Desde o dia 05/10 estou tentando entrar em contato com a central de relacionamento com o cliente para cancelar minha conta neste provedor, visto que sou usuário do iG banda larga. Ao firmar contrato com o mesmo, já se passou um ano e tenho direito de cancelar esta assinatura sem quaisquer cobranças a mais. No entanto, venho tendo dificuldades de contato pelos meios: telefone, chat, e-mail. Nada funciona. Se ligo no número indicado, pedem pra aguardar que estão ocupados ou pra enviar por e-mail. O e-mail suporte@ig.com.br retorna e no chat ninguém sabe nada e pedem pra entrar em contato pelo telefone! É um tremendo descaso com o consumidor. A quem devo reportar então? Quero cancelar minha conta, já que o mês venceu dia 05 e não quero pagar mais, nem utilizar mais os serviços que também, não estão muito a desejar, já que tenho notado o bloqueio de mensagens, indo como lixo eletrônico, além de pagar uma mensalidade muito cara e não ter retorno de serviços! Obrigada’


Cyntia Carvalho, em 9/10


‘Fiz meu cadastro no iG porém me senti totalmente idiota. Para atender no call center leva 200 anos. Ficam transferindo de uma célula para outra, sempre com 200 anos de espera. Ninguém resolve nada. Um caos! Foram horas e dias de tentativas em vão, sem falar nos e-maile que enviei.’


Fernandes


‘Só quero saber se o endereço de e-mail suporte@ig.com.br é o correto para enviar solicitação de cancelamento de e-mail gratuito e adicionais que não são mais utilizados. Por favor, é só isso que quero saber, já enviei 4 e-mails para o suporte e ninguém respondeu telefonei para o número 4002-0888 e após quase 10 minutos de espera uma voz gravada disse que eu deveria utilizar o chat, entrei na página ombudsman e indica também um chat mas cadê o link do chat? Quero ter certeza do endereço de e-mail porque terei de colocar vários dados pessoais como CPF Endereço Residencial e outros. Os srs. poderiam facilitar mais esses cancelamentos.’


Clovis


‘É a minha quarta tentativa de obter retorno de V.Sas. Primeiro, através do telefone 0800.286.0888, onde uma gravação recomendou fosse enviado um e-mail para suporte@ig.com.br, o que eu fiz; após, através da central do cliente-reclamações. Nada, nenhum retorno. Agora, neste momento, dirijo-me para o ombudsman, do qual, tenho esperança, posso esperar a atenção devida. Trata-se do seguinte: ontem, dia 5, entre as 19h e 22h, minha caixa de entrada simplesmente zerou, mensagens lidas, não lidas, as enviadas para a lixeira, tudo. Por isso, eu rogo, dê-me o devido e esperado retorno. Por último, esclareço que o encaminhamento de e-mail da maneira como consta no link ombudsman não logrou êxito, aparecendo mensagem de que o endereçamento estaria incorreto.’


Suelena Elias Rosa Bornschein


‘O iG mudou a página de email porém desde que se concretizou a mudança não consigo passar email também não consigo falar pelo telefone pois o 4002 0888. O iG manda entrar no www.ig.com.br/acesso, onde aparece a relação dos novos números. Só que o número relativo a Salvador (71 1700 1000) sempre apresenta sinal de fax. Gostaria de saber qual número devo discar para que possa resolver meu problema e dizer da minha insatisfação quanto ao fato.’


Catarina Maria Teixeira Pontes


‘Em primeiro lugar gostaria de fazer uma crítica. Sou cliente Speedy e tenho o Super iG como provedor, preciso falar com vocês para alterar o número do cartão de crédito onde é efetuada a cobrança de vocês. O cartão que possui a cobrança será cancelado e preciso passar-lhes um novo número. Hoje pela manhã liguei no 0800 286 08 88 (telefone passado por um atendente do Speedy) e fiquei quase 20 minutos escutando a frase ‘iG o mundo ….’. Até que fui atendida por uma ‘máquina’, tecle 01 para iG tecle 02 para IBest…. quando teclei 01 claro, outro funcionário ‘máquina’ me informou que eu deveria entrar ou no chat (on-line) ou pelo e-mail. Será que essa mensagem não poderia ter sido passada logo que ligamos para o 0800????? Eu precisei perder 20 minutos preciosos para escutar que para falar com alguém eu deveria mandar um e-mail? Bom, enfim, preciso efetuar a troca do número urgente pois preciso cancelar o outro cartão. Vocês poderiam me passar um telefone em que um ser humano me atenda para que eu possa efetuar essa troca?’


Ana Paula dos Santos Rocha


‘Possuo um contrato de acesso aditivado iG, pelo qual pago mensalmente, desde 09/2007, a quantia de R$ 9,89, debitada em meu cartão de crédito. No entanto, quero cancelar este serviço, porque não preciso mais dele. Aí começou o meu martírio (há duas semanas). Vejamos:


1. Na primeira tentativa de cancelamento, procurei no próprio site do iG e não encontrei. Estranho, não é mesmo? Para aderir ao contrato, basta entrar no ícone de acesso aditivado e pronto! Para sair dele, pesquisei e nada encontrei.


2. Neste segundo momento, entrei em contato com a central de chat, uma atendente me orientou a ligar para os telefones 4002-0888 ou 0800-2860888 (das 9 às 21 horas), afirmando não ser possível fazer cancelamento via internet. Já tentei ligar vários dias, em horários variados e não fui atendida. O máximo que consegui foi uma mensagem gravada que diz que posso resolver minhas dúvidas via e-mail e chat!


3. Ontem, entrei no chat novamente, um outro atendente me informou de novo sobre o cancelamento através daqueles telefones. Ele então me passou o seguinte e-mail para cancelar: cobrança@ig.com.br. No entanto, não consigo enviar mensagem para este e-mail (é inválido?).


Regina Maria da Silva


‘Venho aqui externar meu profundo descontentamento como o serviço de atendimento ao cliente do iG. E escrevo para o sr. como minha última alternativa, já que tentei todos os outros canais de contato mas sem êxito. Pois bem, em agosto solicitei o cancelamento do serviço de suporte à linha discada que havia contratado com vocês. Preenchi um formulário por solicitação e orientação vossa e para minha surpresa o valor referente ao serviço foi cobrado na minha fatura de cartão de crédito de setembro e há um pré-agendamento para a fatura do mês de outubro. Pois bem, tentei diversas vezes contato no telefone 4002-0888, enviei email na chave suporte iG – sem nenhum retorno até esta data. E por fim tentei resolver através do chat e além de esperar a conexão caiu. Reforço: é impossível falar com vocês no fone 4002-0888.’


Alex Farias da Silva’