MÍDIA SOCIAL
Curadores de conteúdo e Twitter mais relevante
‘Em palestra na conferência da ONA (Online News Association) deste ano, Evan Williams, cofundador e diretor geral do Twitter, disse que vê os jornalistas como curadores de conteúdo. Têm o papel de separar o joio do trigo.
Ademais, Williams confirmou que o serviço de microblogging está focado em proporcionar mais ‘relevância e autenticidade’ ao seu conteúdo, em ajudar as pessoas a encontrar as mensagens mais revelantes para elas no Twitter (para isso, um sistema de reputação está em cogitação).
Sobre a citação de Williams, é importante lembrar que teoricamente o trabalho de um jornalista não se resume a fazer ‘curadoria de conteúdo’. O jornalismo sempre teve esse papel, mas é algo que ganhou mais destaque com a popularização do Twitter, esse trabalho de ‘separar aquilo que é notícia daquilo que é somente ruído’ para um determinado público.’
JORNAL NA REDE
A ‘loja de aplicativos’ do Guardian
‘O Open Plataform, do Guardian, colocou no ar uma galeria que reúne todos os aplicativos feitos em torno do conteúdo do jornal. Funciona, mais ou menos, como as lojas de aplicativos da Apple e da RIM (BlackBerry). A diferença é que todos os aplicativos são fornecidos de graça e nem todos são voltados para uso exclusivo no celular.
Entre os disponíveis, o ‘Guardian Anywhere’, feito para o Android, sistema operacional da Google para celular, e outro que rastreia as despesas de viagens dos políticos britânicos, o MPs Travel Expenses Map. Na área de música, um que mescla a tradicional lista de ‘1.000 músicas que todo mundo tem que ouvir’ com dados do Last.fm e links para sites de letras de músicas.
Graças ao uso de APIs públicas e padrões abertos por parte do Guardian, hoje é possível fazer esses mashups e aplicativos com base em informações e dados da publicação. Algo que, claro, enriquece o conteúdo do jornal e o transforma em uma plataforma online de conteúdo (o site torna-se um meio e não um fim em si mesmo).
Vale lembrar que um dos assuntos deste ano do seminário sobre mídia na Cásper foi justamente sobre o uso de banco de dados e APIs no jornalismo.’
TABLET
A nova salvação da lavoura
‘Se a Apple e parte da imprensa de tecnologia gostam de rumores, nesta quarta-feira aumentaram as especulações de que a empresa vai lançar um Tablet (imagem ao lado).
Segundo o blog Gizmodo, a Apple teria entrado em contato com diversas empresas de mídia – entre elas, New York Times e editoras Oberlin Press e McGraw Hill – para licenciar conteúdo para o gadget, que poderá permitir ler jornais e revistas em formato digital, em uma tela de 10 polegadas.
Para variar, criou-se um sensacionalismo em torno do leitor, que não teve nenhum detalhe oficial anunciado. Por enquanto, é somente especulação. Mesmo assim, o gadget já começa a ser visto como a próxima salvação (mais uma) da mídia impressa – jornais, revistas, livros.
Por outro lado, o Kindle, leitor de ebooks da Amazon, não está sendo bem recebido em algumas das universidades piloto para testes do gadget. Apesar da possibilidade de economia (o uso do Kindle pode proporcionar até 50% de economia com livros), estudantes estranham utilizar o aparelho.
Segundo a revista FastCompany, em vez de usar o Kindle, pode existir uma certa preferência pelo aplicativo do Kindle no iPhone, que permite pesquisar e ler livros no celular da Apple.’
INVENÇÕES
Tecnologias patéticas
‘O Guardian convidou celebridades e cientistas ingleses para imaginar a tecnologia de seus sonhos. Valia de tudo. Imaginar o que quisesse.
Em meio a algumas invenções plausíveis, o comediante Ben Miller sugeriu uma chave em seu cérebro (foto acima), na qual poderia controlar a frequência – pensar somente em porcaria ou em coisas importantes. Michaela Strachan, apresentadora de TV, queria um gadget que permitisse ir ao trabalho sem poluir o meio ambiente (um ‘pássaro-robô’ gigante).
Por sua vez, a revista Life que, recentemente, voltou à vida por meio da web, publicou uma galeria de fotos das 30 invenções mais patéticas de todos os tempos.
Uma mala antiladrões, que, ao ser puxada de sua mão pelo ladrão, você aciona um dispositivo que a faz abrir o fundo e derrubar tudo o que está dentro no chão. Acreditava-se que o ladrão se assustaria e não roubaria mais a mala. E ainda uma sauna móvel que você pode levar para a sala, o quarto, o escritório (foto ao lado).
Tudo isso me lembra o livro dos irmãos Eric e Jonathan Dregni, Follies of Science: 20th Century Visions of Our Fantastic Future, lançado em 2006, sobre ‘um futuro que nunca chegou’, a respeito de tecnologias e invenções que, em sua época, aparentavam genialidade, mas hoje soam utópicas e causam estranheza.’
APLICATIVO
Como a CNN entrou na ‘Era do iPhone’
‘Com uma estratégia um pouco diferente de outras empresas de mídia, a CNN lançou um aplicativo para o iPhone. O aplicativo é pago. Custa US$ 2 (mais ou menos R$ 3,50).
E, na realidade, ao pé da letra, a CNN não está oferecendo o mesmo conteúdo de seu site no aplicativo, mas personalização. Informações de tempo e tráfego com base em sua localização (se você está na avenida X, receberá informações sobre a região onde está a avenida).
Ademais, a possibilidade de seguir somente certos tópicos (apenas notícias sobre ‘greve’, ‘bancos’) e de salvar as notícias automaticamente em cache, permitindo acessá-las mesmo com o celular offline.
Outros destaques são a possibilidade de enviar fotos e vídeos direto para o canal de ‘jornalismo cidadão’ da CNN, o iReport, e ainda poder acompanhar a transmissão ao vivo da emissora (não é a mesma programação do canal na TV a cabo, mas do ‘CNN Live’, que já é transmitido pelo site). A navegação também pode ser feita em uma interface que lembra o recém-lançado Google Fast Flip. Ou seja, você pode ‘zapear’ facilmente por diversas notícias.
Porém, dois problemas já aparecem. Mesmo sendo pago haverá exibição de publicidade (o que pode não satisfazer alguns) e, segundo lembra o Silicon Alley Insider, o aplicativo poderá não agradar às operadoras, que não gostarão de ver o sinal da CNN ser transmitido nos celulares.’
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