‘O Portal O POVO Online continua a ser alvo de reclamações de internautas que se queixam, principalmente, da dificuldade em acessar todas as matérias da edição impressa, o que não acontecia no modelo antigo onde o acesso era muito mais fácil. Todo o material publicado na edição em papel estava disponível na Internet.
Na verdade, todo o jornal impresso está à disposição dos internautas também no novo design, mas não em HTML e sim no sistema O POVO Digital (ou Virtual Paper): aquele que permite o usuário ver todo o jornal da maneira que ele chega às bancas ou às residências dos assinantes, podendo ouvir até o barulho as páginas do jornal quando manuseadas, se o microcomputador tiver áudio e caixa de som.
Qual o problema então? As matérias que estão no Virtual Paper não podem ser localizadas em um sistema de buscas, como, por exemplo, o maior deles: o Google. Além disso, não se pode copiá-las para um programa de texto como o Word ou para um bloco de notas de e-mails, por exemplo, utilizando-se o manjado comando de computador Control C + Control V.
Outra queixa freqüente diz respeito à total impossibilidade de alguém enviar cópia por e-mail para vários destinatários (no sistema de lista) de uma matéria publicada no O POVO. Quem quiser até pode fazê-lo, mas teria que enviar o artigo (ou notícia) de um em um. E quem tem uma lista de mil pessoas, como fica? Este é o problema que atinge mais assessores de imprensa e dirigentes de entidades.
Mudou para pior também a consulta de matérias de edições antigas. No programa anterior, com a utilização de um prático calendário, o leitor-internauta podia acessar artigos e notícias do O POVO de até 2001, se não me engano. No novo sistema, é possível o acesso a matérias de até 12 meses apenas (leia nota Portal III).
Portal II
Leitor Geraldo Sales, do Sindicato dos Eletricitários, telefona para reclamar contra a dificuldade de acesso às matérias da edição impressa no Portal O POVO Online, principalmente no que se refere à total impossibilidade de tirar cópias do material.
Outro que reclama (mais uma vez) é o professor e membro do Conselho Editorial do O POVO, Diatahy Bezerra de Meneses.
Diz ele: ‘É irritante o tempo que se perde inutilmente à busca de um simples artigo. E não há nenhuma orientação como chegar ao texto que se busca. Sequer existe, conforme já assinalei, o menu Opinião na barra de tarefas e, convenhamos, é a parte principal do jornal’.
Portal III
A editora de Convergência, Marília Cordeiro, responde mais uma vez às críticas dos internautas:
‘Desde segunda-feira, dia 15, está no ar a ferramenta Arquivo por Data. Localizada na página inicial do O POVO Online, abaixo da seção ‘No Verbo’, ela permite que os leitores consultem os textos em HTML das edições dos últimos 12 meses do O POVO, inclusive, portanto, toda a edição do dia. Para encontrar o texto, basta clicar na data exibida no calendário e depois selecionar editoria, caderno ou seção e, então, surgirão as matérias a eles relacionados’.
‘Os leitores de Opinião podem encontrar o editorial (e os artigos) também na caixa de destaques clicando na segunda chamada onde está escrito ‘Opinião’. Todos os dias, a segunda chamada é dedicada a Opinião’.
Cortes em artigo
‘Metade do governo’, artigo do médico, antropólogo e professor universitário Antonio Mourão Cavalcante, teve algumas palavras cortadas pela editoria de Opinião por problemas de espaço. O autor do texto, em mensagem enviada ao editor de Opinião Valdemar Menezes, com cópia para este ombudsman, queixa-se das supressões feitas no seu trabalho.
Mourão relata que foram ‘curiosamente suprimidas palavras-chaves’. Não acredito que os cortes tiveram o objetivo de censurar o articulista. Houve problema de espaço e a editoria de Opinião teve de retirar algumas palavras para o material enviado pelos articulistas ser distribuído na página.
Mas, numa situação dessas, com artigos assinados, é melhor fazer os cortes ouvindo o autor do texto. O ideal seria não haver cortes de nenhuma espécie, mas, se forem necessários, os autores dos artigos têm de ser consultados. É uma questão de consideração com os colaboradores.
‘Nosso FDP’
No artigo ‘O Fetiche Obama’ (Opinião, página 7, 14/12), de autoria do psiquiatra Valton de Miranda Leão, está dito o seguinte no último parágrafo (linhas 9ª/15ª linhas): ‘Existe uma cena retratada por historiadores, na qual indagado sobre por que apoiava o corrupto e sanguinário ditador nicaragüense Somoza, o ex-presidente democrata Lyndon Johnson respondeu: ‘sei que o Somoza é um filho da puta, mas é o nosso filho da puta’.
O problema é que a frase não foi dita pelo ex-presidente Lyndon Johnson. É atribuída a outro ex-presidente norte-americano: Franklin Delano Roosevelt, em 1939: ‘Somoza may be a son of a bitch, but he’s our son of a bitch.’ Referia-se a Anastasio (Tacho) Somoza, ditador nicaragüense, pai de Anastasio (Tachito) Somoza, que também foi ditador do país, deposto em 1979 pelos sandinistas e morto em um atentado no Paraguai, onde se encontrava exilado.
Solicitei a correção no ‘Erramos’, mas até sexta-feira ela não havia sido providenciada. Está feito o registro.’