Monday, 23 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Três vaticínios pessimistas


Carlos Lemos – Dificilmente o Brasil ganhará essa Copa. Eu vou torcer, mas, dificilmente ganharemos a Copa.


Roberto Assaf – Eu também acho que vai ser muito difícil ganhar. Não pelo material humano que a seleção tem, mas por todas essas circunstâncias que cercam. Se a gente parar para pensar, se o Brasil ganhar essa Copa, ele vai ter ganho seis das dezoito que foram disputadas, um terço delas. O Brasil vai jogar contra a Alemanha, dentro da casa dela, que chegou a sete finais e ganhou três. Eu acho muito difícil que o Brasil ganhe essa Copa. Se ganhar, eu acho que ele vai ter seu futebol, definitivamente, coroado como melhor do mundo para o resto da humanidade.


Juca Kfouri – Eu, infelizmente, concordo com esses dois pessimistas. Eu vou ter a melhor surpresa da minha carreira se cobrir essa Copa e voltar com o Brasil hexacampeão. O negócio do futebol não se interessa por mais uma conquista do Brasil, fica monótono. E basta pensar o seguinte: a próxima Copa é na África do Sul. Campo neutro. Sempre que o Brasil jogou uma Copa em campo neutro, ele ganhou. Foi assim no Chile, nos Estados Unidos, na Ásia – quando o país anfitrião não tem tradição no futebol. Imagine que o Brasil ganhe na Alemanha, é hexa. É hepta na África do Sul. Em 2014, a grande chance de a Copa ser no Brasil. O Brasil não vai perder uma segunda Copa aqui dentro. Seria octa? Que coisa mais sem graça! Então, entrega logo a taça para eles e nem faz Copa do Mundo. Eu acho que nessa, ao contrário do que está acontecendo nas outras, em dúvida o árbitro vai ser contra a seleção brasileira. Nós não só vamos ter bons adversários, como também o árbitro. Vai ser muito difícil. Eu não acredito. Tomara que estejamos enganados.

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