‘Boa iniciativa a do ‘debate virtual’ com os representantes das comunidades palestina e judaica publicado no sábado, 10 de janeiro às 7h.
Os entrevistados – Jamile Latif, da Federação das Entidades Palestinas no Brasil, e Ricardo Berkiensztat, da Federação Israelita de São Paulo – falaram sobre o ataque a Gaza, o Hamas, o problema da ajuda humanitária à área de conflito, a posição dos Estados Unidos, a posição da ONU, a posição do Brasil e a paz.
As respostas estão bem editadas, tanto em conteúdo quanto em tempo. Como resultado, um bom registro de declarações oficiais, cabais. E um tanto assépticas também.
O formato já havia sido usado durante o período de campanha para as eleições para prefeitos, em 2008.
Editorialmente, o recurso do ‘debate virtual’ poderia ser aprimorado, para que o conteúdo pudesse ser menos engessado. Troca de perguntas entre os debatedores seria uma possibilidade. Outra seria ter algumas perguntas mais abertas e entrevistadores que questionem os entrevistados nos momentos em que há contradições internas em seus discursos.
A interface poderia ser mais amigável. Se não houver justificativa técnica para ter de pressionar o mouse e ‘arrastar’ a foto de um dos ‘debatedores’ para dentro de um desenho de uma janela de vídeo para que se possa ver um trecho do vídeo a estratégia deveria ser evitada, pois é trabalhosa e parece servir a uma idéia de simulação.
Do ponto de vista gráfico, as imagens de dois homens de gravata nas janelas vazias soa como erro quando uma das debatedoras é mulher, como foi o caso. Fazem falta também os títulos de cada um dos ‘debatedores’ na página. Eles estão apenas nos créditos internos dos vídeos.
Na navegação, o UOL peca por indexar e separar conteúdos por formatos apenas e não fazer também a indexação/separação por temas, assuntos, conteúdos. Por causa desta escolha de modelo de publicação e navegação, se o internauta não tiver a oportunidade de ver o ‘debate virtual’ enquanto ele tenha chamadas na home page do UOL ou em UOL Notícias, só poderá encontrá-lo no índice de ‘Infográficos’, o que julgo que seja obscuro para a maior parte dos internautas.
Além de ser trabalhoso procurar um conteúdo pelo seu formato (texto, foto, tabela) e não pelo assunto (Gaza, política internacional), no caso do ‘debate virtual’ trata-se de uma página com a colagem de dois vídeos, um título, duas fotos e breves textos.
O nome infográfico -para os leitores que tenham alguma familiaridade com o jargão de jornais, revistas, apostilas, atlas e publicações científicas- se refere a modelos onde há demonstrações gráficas, representações de esquemas, diagramas, modelos com desenhos explicativos e storyboards. O uso do mesmo nome para designar páginas com animações ou misturas básicas de texto, foto e vídeo sem nenhum recurso gráfico propriamente dito que contenha ou represente informação cria confusão. E o público pode ficar mais perdido ainda.
Reportagem sem questionamento e sem contextualização, 9/1
O UOL exibe em sua área de vídeo reportagem sobre o assassinato de uma jovem pelo ex-namorado numa academia de São Paulo.
A jovem havia sido ameaçada e registrado boletins de ocorrência contra o agressor. O repórter entrevista um policial -sem contudo identificá-lo. O policial diz algo como ‘Como eu poderia oferecer segurança 24 horas? Se em todos os casos de ameças a gente destinar policiais, não haverá policiais suficientes’. E a reportagem termina assim. Ponto final.
Na parte de baixo da janela de vídeo, a legenda: Jovem foi assassinada a tiros dentro da academia onde trabalhava. Mais informações em UOL Notícias http://noticias.uol.com.br/. É uma legenda simples com link genérico. Ao clicar, o leitor será enviado para a home page de UOL Notícias. Há mais reportagens no UOL sobre o assunto? Alguma contextualização ou discussão sobre o caso? Não consegui descobrir navegando no UOL. Este é um problema.
O leitor Jim, que deu sua opinião na área de comentários de vídeos, apontou outro: ‘Esse delegado falou uma besteira e o repórter não aproveitou. Não é dar proteção 24 horas para uma pessoa ameaçada, mas sim prender o ameaçador com passagens por roubo’.
Leitores reclamam das janelas de anúncio e cobram ombudsman
Leitores do blog e do grupo de discussão sobre a home page do UOL reclamaram da substituição dos anúncios do UOL em pop-ups por anúncios em janelas flutuantes apelidadas no jargão publicitário de ‘DHTMLs’ por serem codificadas nesta linguagem.
‘Quer dizer que era uma mera questão de semântica do UOL? Papo de político. Eufemismo mesmo. Pior que isso: o pop-up era bloqueado pelo meu eficiente bloqueador de pop-ups, enquanto o DHTML eu tenho de aguentar’, escreveu Agiesbrecht aqui no blog. Euturolla escreveu ‘Ou seja, trocaram seis por meia duzia, que diferença faz se se é pop-up ou DHTML? Mudou o nome mas a chateação é a mesma, ou pior, já que o bloqueador de pop-up não tem efeito sobre esse tipo de anuncio. Moral da história: trocaram pra um anúncio em que o usuário é forçado ver’.
Entendo as reclamações dos leitores. Antes do dia 1º de janeiro, a área de publicidade não vendia este tipo de anúncio na home page do UOL. Depois do dia 1º, acabaram os pop-ups e começaram as janelas, exatamente com o mesmo tamanho. O leitor que se empolgou com o anúncio do fim dos pop-ups ficou decepcionado.
O leitor que assina como Fchase reclamou também da ombudsman: ‘Das duas, uma: ou o pessoal de programação não se deu ao trabalho de retirar do ar esse tipo de anúncio ou a ombudsman não entende chongas do que respondeu e está dando desculpinhas prontas… Péssimo!’, escreveu ele.
Vamos lá. Segundo a Redação, não estão sendo veiculados anúncios em pop-up desde 1º de janeiro de 2009.
E a ombudsman já havia postado neste blog que a substituição dos pop-ups, anunciada em dezembro pela área de publicidade do UOL, não eliminaria os anúncios. Também havia explicitado as diferenças entre os tipos de anúncios. E alertado que as novas janelas não seriam fechadas pelo anti pop-up.
Dá exatamente no mesmo? Do ponto de vista da imagem na tela, há a diferença do tempo de exibição ser controlado, o que acho positivo. Além disso, os pop-ups criavam uma cascata de janelas abertas e aumentavam o tempo de processamento do computador, em máquinas mais lentas. Por estes dois motivos, acho que ficou um pouco melhor assim, ainda que eu preferisse, como muita gente, que a publicidade só fosse apresentada sob demanda.
Independentemente disto, venho acompanhando as comunicações dos leitores e tornado públicas as críticas, como no post do dia 7. E como neste post de hoje. E prosseguirei tornando públicas as críticas. É este o trabalho.
Em tempo: conforme está publicado nas regras de uso, este espaço é moderado e não são aceitas mensagens:
1. que violem qualquer norma vigente no Brasil, seja municipal, estadual ou federal;
2. com conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou qualquer ilegalidade, ou que desrespeite a privacidade alheia;
3. com conteúdo que possa ser interpretado como de caráter preconceituoso ou discriminatório a pessoa ou grupo de pessoas;
4. com linguagem grosseira, obscena e/ou pornográfica;
5. de cunho comercial e/ou pertencentes a correntes ou pirâmides de qualquer espécie;
6. que caracterizem prática de spam;
7. anônimas ou assinadas com e-mail falso;
8. fora do contexto do blog.
Bate-papo sobre Israel em Gaza, 8/1
A jornalista Claudia Antunes, editora da seção Mundo, da Folha de S.Paulo, participou nesta quinta-feira, 8, de janeiro, de um bate-papo no UOL sobre a ofensiva israelense na faixa de Gaza. Participaram do bate-papo 369 pessoas.
Entre os assuntos abordados, a retirada da ajuda da ONU e da Cruz Vermelha, a natureza do Hamas, a declaração de Barack Obama e a condenação internacional a Israel. A home page do UOL deu chamadas para a sala de bate-papo enquanto o papo acontecia.
A íntegra da conversa foi publicada dez minutos após o término do papo. A Folha Online dá link para a íntegra em sua home page. O UOL Notícias Internacional não menciona. Deveria deixar o link em evidência. O UOL não oferece muitas oportunidades de os leitores participarem e enviarem suas opiniões sobre o conflito. Seria ótimo valorizar as iniciativas que dão certo.
Janelas de anúncios/7/1
Internautas se comunicaram com a ombudsman nos últimos dias sobre anúncios flutuantes na home page do UOL.
‘A nova home page do UOL está ótima realmente, porém o maldito pop-up continua existindo. Me lembro de que o UOL havia prometido acabar com o pop-up, mas, pelo jeito não vai cumprir a promessa’, escreveu Fabio.
‘O UOL anunciou em dezembro de 2008 que a partir de janeiro de 2009 não iria mais comercializar pop-up como propaganda. Hoje, 6 de janeiro de 2009, o que mais vejo na página do UOL é um pop-up voando na tela toda hora que abre-se a página inicial do UOL. Algo a dizer sobre o assunto?’, escreveu o internauta Paulo.
‘Li a notícia em dezembro e fiquei contente com a atitude do UOL. Porém pelo que vi a notícia era falsa ou seus assinantes estão sendo enganados. Estou cansado de abrir a página principal e de cara estão aparecendo os famosos pop-ups. Gostaria de uma explicação’, pediu Mauro.
Na realidade, a publicidade do UOL extingiu de fato os anúncios em formato pop-up desde o início de janeiro. Os anúncios que estão sendo veiculados na home page do portal são de outro tipo.
São janelas programadas em DHTML, e por isso passaram a ser chamadas assim, e incluem em sua programação o tempo de exposição. Ao final do tempo programado de exibição, as janelas se fecham. Mas existe nelas também uma área que pode ser acionada para fechá-las durante a exposição. As janelas não são bloqueadas pelos anti pop-ups.
Publiquei no blog dois posts sobre o assunto em dezembro, com imagens dos dois tipos de anúncio e as diferenças entre eles.
Coberturas especiais, 6/1
Na página que destaca os artigos traduzidos do UOL, UOL Mídia Global, há uma ‘caixinha’ com uma lista de coberturas especiais.
A lista está completamente defasada, dando a impressão de que não há novas publicações há muito tempo. Há até um especial sobre o Iraque, de 2003.
Em UOL Notícias, há uma página inteira destinada às ‘coberturas especiais’ (em http://noticias.uol.com.br/coberturas-especiais/), com assuntos locais e internacionais, bem mais atualizada.
Dela fazem parte coleções de textos, imagens e informações sobre as ‘Eleições Americanas 2008’, ‘Renúncia de Fidel’, ‘5 anos da Guerra do Iraque’ e ‘Eleições argentinas de 2007’.
Todos estes assuntos caberiam na tal caixinha.
Valeria fazer uma bela faxina e limar links abandonados como estes. Quase todos os especiais merecem ser arquivados, mas o arquivo precisa ser organizado, não deve ter textos ou conjuntos de textos com os mesmos nomes e deve ter as datas nos títulos, de preferência.
Internacional
A página específica dedicada às notícias sobre assuntos internacionais no UOL, ‘UOL Notícias – Internacional’, tem link na home page do UOL desde a penúltima mudança de layout, em 15 de outubro de 2008.
Dez dias depois do início dos ataques israelenses ao grupo Hamas, a ofensiva contra uma escola da ONU onde se encontravam refugiados palestinos em Gaza, o pronunciamento aguardado do presidente eleito dos Estados Unidos Barack Obama sobre o assunto, e declarações atribuídas a Al Quaeda não estavam entre os destaques da página, até o fim da tarde desta terça, 6 de janeiro.
Os destaques para vídeos eram: ‘Geração x: a vida no exílio dos jovens refugiados de Darfur’, ‘Gana desafia crise internacional e cresce mais de 6%’ e ‘Preços de imóveis disparam em Bagdá’. A página também trazia um bloco com links para os arquivos da cobertura da eleição americana de 2008, com perfil dos candidatos, cronograma, resultados das primárias e regras sobre a eleição.
Em boa hora o UOL publicou hoje, depois das 20h, uma nova página de notícias internacionais, organizando melhor as informações sobre os temas do momento, como a ofensiva de Israel, e dando espaço para os jornais estrangeiros que o UOL traduz diariamente. Diminuiu também o destaque para os vídeos mais frios que ficavam no topo da página anteriormente.
Falta ainda destinar área para deixar uma coleção de links de artigos de fundo da Folha de S.Paulo, da Folha Online e de outras publicações brasileiras. Mas a mudança da página já foi uma boa iniciativa editorial. Que seja sempre atualizada!’