Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Paulo Rogério

‘‘Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada, não existirão resultados’. Mahatma Ghandi

O POVO publicou na última quinta-feira um bom guia sobre o Campeonato Brasileiro da Série A com detalhes das equipes que disputam a competição, este ano com um atrativo a mais para o torcedor cearense: a participação do Ceará. Em formato tablóide, o Gol Especial publicou a expectativa de representantes dos torcedores, além de gráficos e tabelas. Um trabalho de fôlego na apuração e que mereceu destaque na capa do jornal.

A semana, aliás, foi de muito futebol, com manchetes no domingo (2), segunda (3) e terça-feira (4). As duas primeiras na linha da decisão do título estadual entre Ceará e Fortaleza. A outra relacionada à reforma do estádio Castelão para a Copa de 2014. Há quem considera a medida como excesso. O leitor Francisco José Silva é um deles. ‘Nosso jornal, não raro dedica ao futebol cinco ou seis páginas com fotos, entrevistas e fofocas. Não bastasse, agora dedica espaços enormes na primeira página!’ escreveu ele.

Avaliação positiva

Realmente é de se estranhar o uso do futebol como manchete do jornal. E o estranhamento é positivo. Um sinal de que O POVO evoluiu e perdeu o medo de apostar nesta área, um dos maiores pontos de leitura em jornais. Perdeu o preconceito e integrou o esporte aos outros temas da edição. O leitor, porém, não concorda. ‘Melhor fazer um jornal só de futebol e vender separado! Seria mais correto com leitor’ desabafou.

Embora exista quem deteste futebol, não há como negar a paixão brasileira pelo tema. A decisão do título estadual mobilizou grande parte da cidade. Era o assunto do dia e teve o destaque merecido. Em breve tem início a Copa da África do Sul, assunto que terá ainda mais espaços, quiçá cadernos especiais. Os leitores exigirão todos os detalhes. A tarefa dos jornalistas será responder a essa ânsia com sobriedade, sem cair na tentação do fácil ufanismo nacional e das opiniões destemperadas.

Colunismo social em baixa

Para quem os colunistas sociais escrevem? O questionamento é feito pelo leitor Caio Marinho, administrador e especialista em marketing, que critica a grande quantidade de espaço dado a esse tipo de informação nos jornais cearenses. ‘Sendo um leitor contumaz e tentando me acostumar com a cultura local, não pude deixar de perceber a importância dada através de fotos, aos eventos sociais da ‘aristocracia’ cearense, ou que restou dela’ explicou ele, que chegou de Salvador há 40 dias. Marinho diz que o problema é a falta de qualidade desses espaços. ‘As informações são superficiais e não agregam nada. Acho desnecessário tanto espaço do jeito que é feito’ explicou ele.

O leitor tem razão ao defender a qualidade. O que se vê nas colunas é um rosário de vaidades e um desfile de egos, a começar do estrangeirismo nos textos, como se isso fosse sinal de maior ou menor inteligência. Ninguém é obrigado a saber o que é party, diner, nat, start. Os erros de apuração são constantes e as notícias fúteis, dignas de um provincianismo que a 5º capital do País não merece. ‘Não tenho a pretensão que acabe com a coluna social, existe uma parcela ínfima da sociedade que ainda acompanha, mas peço que reduza a quantidade de páginas’ termina o leitor.

Prestação de contas

O segundo balanço das atividades do ombudsman do O POVO registrou 246 atendimentos realizados no período de 60 dias que vai de 6 de março a 4 de maio. Em relação ao bimestre passado, a média segue praticamente a mesma com 2,58 telefonemas diários e 1,48 e-mails. Um recorde, no entanto, foi estabelecido. No dia 26 de abril, por conta de um atraso do jornal, 22 ligações ao ombudsman foram feitas devido ao engarrafamento da Central de Atendimento ao Leitor e Assinante.

A editoria Fortaleza permanece dominando a quantidade de Erramos publicados – 12 contra 11 do balanço anterior. Economia aparece em segundo com 10 – foram seis no primeiro bimestre – e Política, em terceiro, com nove, contra oito no primeiro balanço. É bom lembrar que a quantidade de erramos também está ligada diretamente ao respeito que se tem pelo leitor e pela informação correta. No primeiro balanço foram registrados 54 erramos, contra 57 agora. Mereceram elogios dos leitores o caderno sobre Chico Xavier, a inclusão de novos articulistas e a revista Fortaleza do Futuro. As críticas continuam para os erros de português e de digitação, acrescentado agora com falhas na questão de serviços como receitas e números das loterias publicados errados na Página 2 e nem sempre corrigidos.’