O presidente Barack Obama aprovou na segunda-feira [17/5] uma lei – batizada de Daniel Pearl – que tem por objetivo promover a liberdade de imprensa no mundo. Pearl, correspondente do jornal Wall Street Journal, foi assassinado por terroristas no Paquistão em fevereiro de 2002. O Ato de Liberdade de Imprensa Daniel Pearl determina que o Departamento de Estado detalhe em seu relatório anual as restrições e intimidações sofridas por veículos e profissionais de imprensa em cada país, identificando aqueles que violam a liberdade de imprensa.
‘Esta nova lei nos coloca claramente do lado da liberdade jornalística’, declarou o presidente, afirmando à família de Daniel Pearl que, com o Ato, o legado do jornalista continua. A cerimônia foi realizada do Salão Oval da Casa Branca e contou com a presença de Mariane, viúva de Daniel, e o filho do casal, Adam, que nasceu poucos meses após a morte do pai. A família Pearl criou a Fundação Daniel Pearl, destinada a promover a compreensão entre diferentes culturas. A história do assassinato do jornalista foi contada em um livro escrito pelo filósofo francês Bernard-Henri Levy, e acabou virando filme. Judea, pai de Daniel, e Mariane também escreveram livros sobre o tema.
Quatro homens foram condenados no Paquistão pela morte de Daniel, e o terrorista Khalid Shaikh Mohammed, que se declarou idealizador dos atentados do 11 de setembro de 2001 nos EUA, afirmou a investigadores americanos em 2007 que teria decapitado o jornalista. Informações do New York Times [17/5/10].