Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

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ELEIÇÃO
Jornalista deixa campanha de Dilma após acusação de dossiê contra Serra


‘O jornalista Luiz Lanzetta, da Lanza Comunicação, foi acusado por um delegado aposentado de tentar elaborar um dossiê contra José Serra (PSDB), candidato da oposição. O jornalista fazia parte da equipe de comunicação da pré-candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff. Lanzetta nega a acusação e reincidiu o contrato com o PT após a denúncia.


O delegado aposentando da Polícia Federal Onézimo Sousa disse à revista Veja que Lanzetta o teria procurado para negociar uma suposta espionagem a Serra e a membros do PT pelo vazamento de informações do partido. Onézimo citou até mesmo o uso de grampos telefônicos na investigação. O serviço custaria R$ 1,6 milhão.


Na entrevista, Onézimo afirma que Lanzetta estava acompanhado do empresário Benedito de Oliveira Neto, o Bené, e do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que prepara um livro com denúncias contra o PSDB, baseado em investigações jornalísticas feitas enquanto trabalhava para O Estado de Minas.


Lanzetta admitiu ter se encontrado com o delegado, mas alega que Onézimo que teria feito a proposta de espionagem. O jornalista também disse que a proposta foi ‘inaceitável’ e que irá processar o delegado. De acordo com o jornalista, Onézimo alegava que Serra preparava um dossiê contra o PT e por isso precisavam do serviço de espionagem.


A direção do PT ressaltou que Lanzetta não fazia parte da equipe interna de campanha, mas apenas prestava serviços para o partido. O PT também negou qualquer envolvimento com o delegado Onézimo Sousa.


Com informações do G1.’


 


Izabela Vasconcelos


Lanzetta critica apuração da Veja sobre suposto dossiê contra Serra


‘O jornalista Luiz Lanzetta, acusado de propor um dossiê contra José Serra, pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, contestou reportagem publicada pela Veja e disse que a revista não soube investigar a denúncia. A acusação de espionagem foi feita pelo delegado aposentado Onézimo Sousa, em entrevista à Veja desta semana.


Por causa da reportagem, Lanzetta deixou a comunicação da campanha de Dilma Rousseff, pré-candidata à Presidência pelo PT. A empresa do jornalista, a Lanza, havia sido contratada este ano para oferecer jornalistas para a comunicação da campanha da petista.


Segundo Lanzetta, a história retratada na revista é uma ‘piração’. ‘A Veja não soube investigar. Se ela investigasse veria que não houve nada’. Lanzetta disse que chegou a ser procurado pela revista no início, mas se negou a falar depois que entendeu qual era a pauta. ‘Depois que percebi o que eles estavam fazendo, não quis falar. Eu não queria falar com a Veja’, contou.


Questionamentos


Lanzetta disse que a história contada por Onézimo é confusa. ‘Até agora eu não entendi. Ele mudou de lado. Ele é do PSDB, mas me procurou propondo a espionagem. Não sei se ele queria trocar de lado. Não sei o que aconteceu. É uma história sem ‘pé nem cabeça’. Isso é uma piração, uma piada’. E completa. ‘Que ele [delegado] conte tudo que me falou, me propôs em algum outro lugar’.


O jornalista disse que não entende porque está sendo atacado. ‘Eu não sou nada. Não sou executivo do PT, não sou nada. E a campanha do PT, que eu já deixei, não tem nada a ver com isso’, declarou.


Para o jornalista, existe contradição


Lanzetta também não entende a carta publicada na mesma revista, em que Onézimo contesta a matéria publicada na semana anterior ‘Ordem na casa do Lago Sul’ (02/06). No texto o delegado diz que, por dispositivo legal, era obrigado a manter sigilo sobre conversas com clientes/potenciais ou qualquer pessoa que buscasse seus serviços. ‘Não dá pra entender. Ele diz isso e depois dá uma entrevista dessas para a Veja’.


Na reportagem, o delegado aposentado acusa Lanzetta de propor um dossiê e espionagem a Serra e a membros do PT por suposto vazamento de informações do partido. Em sua defesa, o jornalista diz que Onézimo que o procurou para propor um dossiê, e que a sugestão foi rejeitada e considerada ‘inaceitável’.


Lanzetta também defendeu o colega Amaury Ribeiro Jr., jornalista que prepara um livro com denúncias contra o PSDB. ‘O Amaury é meu amigo. Ele estava comigo no encontro, mas não tem nada ver com o dossiê, ele estava lá porque é meu amigo. O Amaury faz reportagens sobre o Serra há mais de dez anos’, explicou.


O jornalista pretende acionar judicialmente o delegado pelas declarações dadas à Veja, mas informou que só verá os detalhes do processo depois de passar por acareação.’


 


Marina Silva se despede de coluna na Folha


‘A pré-candidata pelo PV à Presidência da República, Marina Silva, se despediu nesta segunda-feira (07/06) do seu espaço semanal na Folha de S. Paulo. Ela escrevia a coluna desde junho de 2008, mas por causa da disputa eleitoral, foi obrigada a parar.


‘Durante dois anos, compartilhei com os leitores minhas opiniões, preocupações e dúvidas, dialogando sobre os acontecimentos do Brasil e do mundo. Agora me despeço, a três dias de minha indicação oficial como candidata à Presidência da República pelo Partido Verde, em obediência à lei’, escreveu no artigo intitulado ‘De junho a junho’.


No texto, a pré-candidata agradece ao jornal por ter aberto um espaço para que ela pudesse se dedicar a temas que ‘poderiam colaborar para a troca de ideias e conhecimento’. ‘Por isso é importante valorizar a postura da Folha e de outros órgão de comunicação de dar vez à diversidade’.


Marina lembrou de seu primeiro artigo publicado pelo jornal, que dizia que setores econômicos pressionavam para desconstruir a legislação ambiental. ‘Hoje, dois anos depois, as ameaças continuam, cada vez mais graves, num movimento coordenado para acabar com o Código Florestal’.


‘Despeço-me desta coluna, assim, reiterando minha convicção de que somente a militância civilizatória da sociedade poderá nos levar a outro patamar de desenvolvimento, com justiça, respeito aos limites ambientais e aos direitos humanos. E de que o debate de ideias aberto, livre, diverso e democrático é o caminho que nos fará chegar lá’, concluiu.’


 


MERCADO
MTV lança jornal gratuito


‘A MTV acaba de lançar seu jornal diário gratuito, o MTV na Rua. A publicação começou a circular nesta segunda-feira (07/06), com tiragem de 150 mil exemplares. O jornal será distribuído de segunda a sexta-feira, em 450 pontas da capital paulista, como semáforos e universidades.


O tablóide segue a linha do canal, com uma linguagem jovem e bem humorada. O jornal conta com cinco editorias: Geral (cidades, política, economia e internacional), Almanaque (cultura), Arena (esportes), Combo (estilo de vida) e ETC (horóscopo e cruzadas). Além disso, os VJs da emissora também participam como colunistas. A equipe, entre Redação e comercial, é composta por 25 pessoas da emissora que se dedicam exclusivamente ao jornal.


Apesar do pouco tempo, a gerente nacional de publicidade da MTV, Daniela Sosigan, diz que já existe uma aceitação boa do mercado. ‘Tivemos bons feedbacks do mercado. Ainda vamos ter mais tempo pra saber, mas hoje o jornal acabou muito cedo, com apenas uma hora e meia de distribuição’, contou.


Daniela explicou que uma das estratégias é aproximar o jornal dos universitários, e que atualmente 80% das universidades da capital estão cobertas pela distribuição do MTV na Rua, seja internamente ou nos semáforos próximos.’


 


POLÍTICA
MPE pede cassação de Sarney Filho por uso indevido de meios de comunicação


‘O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a cassação do mandato do deputado federal José Sarney Filho (PV-MA) por uso indevido de meios de comunicação social e abuso do poder econômico e de autoridade.


De acordo com o recurso, que já está no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o deputado distribuiu gratuitamente, em 2006, 9.223 boletins informativos encartados no jornal O Estado do Maranhão. Para o MPE, os encartes apresentavam nítido conteúdo de propaganda eleitoral antecipada.


O Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão reconheceu a propaganda, mas considerou que os informativos não influenciaram o resultado das eleições. No recurso apresentado ao TSE, o MPE questiona esse entendimento e ressalta que a distribuição dos informativos só foi possível pelo fato de o próprio deputado ser membro do Conselho de Administração do jornal.


O recurso será analisado pelo ministro Marco Aurélio.’


 


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