TELEVISÃO
‘Com uma queda constante na audiência dentro de casa, nos EUA, a CNN vem voltando cada vez mais os seus olhos para a internet.
Semelhante às emissoras NBC e MTV dos EUA, o canal 24 horas de notícias lançou o Twitter Buzz, interface que, em tempo real, mostra o que é mais discutido no serviço de microblogging a respeito de um assunto. No caso, a Copa do Mundo.
Cada vez mais comum em sites de emissoras, esse tipo de interface já tem um nome ‘twitter visualization’. Existe até empresa se especializando nisso, como a americana Stamen Design, desenvolvedora das interfaces dos sistemas da NBC e da MTV dos EUA.
É algo que nasce de olho num comportamento crescente entre os telespectadores/ usuários de internet – assistir a um evento e, ao mesmo tempo, navegar na internet, no caso, utilizando o Twitter para comentar e opiniar sobre o que está sendo exibido na TV.’
REDE SOCIAL
‘Depois dos fracassos consecutivos do ‘Community Center’, do USAToday, e do WSJ Community, parte do site do Wall Street Journal, fazia tempo que não via uma publicação querer criar sua própria plataforma de rede social.
O Eskup pode ser definida como uma, onde os leitores podem discutir assuntos do noticiário e ter um contato mais direto com os jornalistas do ELPaís.
Diferente do Twitter, é possível enviar mensagens com até 280 caracteres acompanhadas de fotos e vídeos. Além disso, você pode seguir não somente pessoas, mas temas do noticiário atual. Todo conteúdo está sob licença da Creative Commons.
O Eskup tem uma função que permite integrar as mensagens com as do Twitter e do Facebook. O serviço já nasce com uma API pública.’
TECNOLOGIA
‘Antes de apresentar o seu superestimado iPhone 4, Steve Jobs, cofundador da Apple, esteve na conferência D8, promovida pelo Wall Street Journal. O evento teve um pouco de tudo. Um Mark Zuckerberg TENSO, apresentação de tablet educacional, Alan Mulally, da Ford, falando sobre a possibilidade de instalarmos aplicativos nos carros, igual a um smartphone, além de Jobs declarando o fim do PC ou talvez do computador como o conhecemos.
Para variar, a declaração do cofundador da Apple foi vista apenas como uma cutucada na Microsoft, uma provocação barata. Não somente no Brasil, mas lá fora ainda existe, de forma geral, o vício de cobrir tecnologia como se fosse futebol – quase tudo acaba se resumindo a Apple vs Microsoft, Google vs Microsoft, blogueiros vs jornais, alguma coisa vs outra coisa.
Porém, a questão é mais ampla. A afirmação de Jobs de que PCs estão se tornando ‘caminhões’ (ou seja, uma coisa grosseira) ecoou de forma diferente em parte da web.
Logo que li a frase lembrei de uma provocação do pesquisador Nicholas Carr. No começo deste ano, Carr afirmou que estava nascendo uma nova era na computação pessoal e lembrou que ainda produzimos computadores como se eles fossem utilizados somente por geeks.
Enquanto usados apenas por geeks, tudo bem computadores necessitarem de instalação, atualização constante de antivirus e firewall ou ainda a digitação de linhas de comando, mas depois que passaram a ser utilizados por ‘simples mortais’: as coisas mudaram de figura.
Hoje, computadores pessoais não são mais utilizados somente por ‘entusiastas de tecnologia’ e menos ainda somente para trabalho. Segundo Carr, atualmente queremos fazer uma infinidade de coisas com um computador. As expectativas são outras em relação aos PCs.
Ou, em outras palavras, seria o que mostra Deyan Sudjic, diretor do Design Museum de Londres, em seu livro A Linguagem das Coisas – computadores deixaram de ser ‘ferramentas científicas’ para se tornarem objetos de consumo.
Neste sentido, o que é mais intuitivo e humano – manipular um mouse ou utilizar toque de mão na tela para controlar um computador?
Quem gostaria dessa discussão seria Michael Dertouzos, professor do MIT. Em seu livro A Revolução Inacabada (leitura recomendada), o pesquisador dizia que a chamada revolução digital começaria somente a partir do momento em que utilizar um computador seria tão simples e intuitivo quanto ligar uma TV ou usar um fogão. Os tablets seriam o início disso? Por que um computador não pode ser simples e menos técnico quanto utilizar um carro ou uma TV?’
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