No mês passado, a Rolling Stone levou três repórteres para uma livraria em Manhattan para um bate-papo sobre o chamado “jornalismo longo”, ou seja, com textos maiores do que os usuais. A conversa foi tuitada, sob a hashtag #longreads. O projeto LongReads no Twitter, criado por Mark Armstrong há dois anos, tem quase 25 mil seguidores no Twitter, chamou a atenção para o fato de que as pessoas leem matérias longas na rede.
A ideia surgiu em 2009, quando Armstrong gastava 40 minutos toda manhã para chegar ao trabalho e estava buscando por mais matérias para ler no caminho. E é simples: usuários que encontram artigos e matérias longos – com mais de 1,5 mil palavras – digiram a hashtag #longreads, o link do artigo e posta no Twitter. Seguidores de @longreads recebem, então, uma lista de textos de ficção e não-ficção extensos de revistas, jornais e publicações online. Quase 80% dos artigos postados a cada dia vêm de recomendações de usuários.
Recentemente, Armstrong criou o “Longreads Pages”, que permite ao usuário personalizar suas recomendações, por meio do que colocam com a hashtag #longreads. Armstrong acredita que há mais revistas publicando matérias longas porque este tipo de artigo é atemporal. “Eles podem ser degustados por semanas, meses e até anos depois de serem escritos”, comentou. Informações de Lois Beckett [Nieman Journalism Lab, 26/5/11].