O nome da americana Elizabeth Smart surgiu nas manchetes dos jornais dos EUA há quase uma década. Aos 14 anos, ela havia sido sequestrada; foi encontrada nove meses mais tarde, e o homem que a abduziu acabou condenado. Agora, Elizabeth atuará como comentarista de TV. Segundo artigo do jornalista Howard Kurtz [The Daily Beast, 6/7], a jovem vai participar de programas da ABC News.
Segundo uma porta-voz da emissora, o papel de Elizabeth será ajudar os telespectadores a compreender histórias de pessoas desaparecidas sob uma outra perspectiva. Ela deverá fazer comentários quando houver casos de “crianças ou adultos desaparecidos no noticiário”.
Kurtz considera a contratação, no mínimo, estranha. “Não é igual a uma emissora que contrata um ex-atleta, um ex-procurador, um antigo político como um comentarista que deixou sua marca em determinada área. [Elizabeth] Smart foi uma criança desaparecida, cujo desaparecimento levou a um dos primeiros frenesis das TVs a cabo”.
O caso de Elizabeth Smart foi abordado amplamente pela mídia americana ao longo dos anos. Kurtz lembra que ela foi entrevistada primeiramente pela jornalista veterana Katie Couric, que em 2003 era correspondente da NBC – a emissora ganhou a entrevista através de um acordo com a editora de um livro escrito pelos pais da adolescente. Os canais rivais também apostaram, na ocasião, em programas sobre ela. A CBS exibiu um programa especial intitulado “Elizabeth Smart: America’s Girl” (algo como Elizabeth Smart: Menina da América), e o Good Morning America mostrou um “tour exclusivo” pela casa da família Smart.
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