Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Fotógrafos agredidos em onda de violência

Fotojornalistas que cobrem a onda de violência em cidades inglesas nos últimos dias têm passado por maus bocados. Foram reportados, segundo o jornal britânico Guardian [9/8], diversos incidentes graves em que profissionais de imprensa foram agredidos e tiveram equipamentos roubados.

Um correspondente de guerra que havia acabado de voltar da Líbia teve seu equipamento de vídeo, avaliado em mais de duas mil libras, roubado no bairro londrino de Brixton na noite de domingo, 7. Um fotógrafo foi jogado no chão e espancado por quatro jovens em Hackney, na terça-feira, 9, enquanto outros dois fotógrafos foram atacados e roubados por um grupo de mais de dez pessoas na cidade de Birmingham. Dois fotógrafos da agência de imagens Matrix que trabalhavam para o jornal Mail on Sunday tiveram o equivalente a oito mil libras roubados em equipamentos, que foram depois destruídos pelos agressores. Segundo Paul Lewis, repórter do Guardian, até pessoas tirando fotos com telefones celulares estavam sendo confrontadas pelos arruaceiros durante os ataques nas ruas. A onda de violência teve início no sábado, 6, como um protesto, em Londres, pela morte de um homem de 29 anos pela polícia. Nos últimos dias, lojas e mercados passaram a ser depredados e saqueados e até um depósito da Sony foi incendiado. Mais de 800 pessoas já foram presas.

Segurança

O Instituto Internacional para a Segurança da Imprensa e o Sindicato Nacional de Jornalistas divulgaram em seus sites dicas para profissionais de imprensa que têm que cobrir os confrontos. Entre elas estão sempre carregar a credencial de imprensa e usá-la para se identificar; andar sempre com um mapa para poder checar pontos de fuga e rotas alternativas; tentar parar o carro em um lugar de fácil saída; calçar sapatos resistentes e vestir roupas que permitam a liberdade de movimentos; carregar o mínimo possível de equipamento para que seja fácil correr, se necessário; avisar a alguém para onde vai e que horas espera voltar; e ficar de olho em outros jornalistas que possam vir a precisar de alguma ajuda.