“‘Você pode encarar um erro como uma besteira a ser esquecida, ou como um resultado que aponta uma nova direção’. Steve Jobs (1955-2011)…’
A morte do norte-americano Steve Jobs, co-fundador da Apple, provocou uma correria nas redações em busca da melhor cobertura. A notícia do falecimento ocorreu por volta das 20h30mins (de Brasília) da quarta-feira, 5, em um momento de fechamento do jornal. Como dar o devido destaque ao responsável por uma revolução tecnológica que mudou a forma das pessoas se comunicarem? Ganhou quem mostrou maior agilidade.
Entre os principais jornais brasileiros, a Folha (‘Steve Jobs, da Apple, morre aos 56 anos’) e o Correio Brasiliense (‘Steve Jobs 1955-2011: Depois dele, o mundo nunca mais foi o mesmo’ ) deram manchete de primeira página ao fato. Méritos para a criatividade do título do segundo. O POVO abriu uma foto de ¼ de capa e editou uma página especial na editoria Tendências. Acabou sendo pouco para a importância do assunto. Mesmo assim foi a melhor cobertura local.
Além da manchete com a morte e a reação de amigos, O POVO publicou coordenada sobre a doença que vitimou o empresário, um quadro com a vida empresarial de Jobs e frases de leitores e personalidades. O diferencial foi um ponto de vista de um leitor ‘applemaníaco’. A solução foi chamar o leitor para O POVO Online. Faltou ao jornal, mesmo na edição do dia seguinte, contar o lado humano de Jobs, as frases marcantes, de como ele abandonou a faculdade, virou hippie, budista e um dos gênios do século. Na briga com o tempo – e a falta dele – a melhor cobertura ficou com o próprio ambiente que Jobs desenvolveu: o mundo virtual.
Publicidade x jornalismo
O leitor e advogado Marcos Duarte se diz preocupado com o que ele chama de ‘publicidade exagerada’ de um free shop que comercializa bebidas alcoólicas. Para ele os frequentes anúncios de página dupla com vinhos e whiskies servem de incentivo os adolescentes. ‘Será que a receita desses anúncios vale a pena? O POVO é uma das reservas de credibilidade do Ceará e isso (a publicidade de bebidas) afeta sua imagem’. O Diretor-Geral de Jornalismo do Grupo de Comunicação O POVO, jornalista Arlen Medina Neri, diz que o princípio de liberdade de expressão também se aplica à liberdade de poder anunciar. ‘Não acho que prejudica o jornal. O produto é lícito e sua comercialização, pelo anunciante, alerta para as restrições de venda impostas pela lei. É uma questão de escolha e responsabilidade’. Também não vejo contradições entre o conteúdo editorial e o comercial. Fosse assim jornais e revistas não poderiam ter publicidade de doces e refrigerantes por incentivar a obesidade.
‘Até tu, ombudsman?’
É, cara leitora Izabel Guedes, professora doutora de Biologia da Universidade Estadual do Ceará, o ombudsman também erra, apesar de todos os cuidados. E também tem a obrigação de corrigir. Na coluna ‘Arroz de festa’ publicada dia 18 de setembro, a concordância correta no início do segundo parágrafo é ‘Sobraram elogios na cobertura de rádio, jornal e televisão’ e não ‘Sobrou elogios’ como saiu publicado. Uma falha grave de revisão.
Encontro
Estão abertas as inscrições para o XIV Congresso Brasileiro de Ouvidores/Ombudsman que será realizado dias 16, 17 e 18 de novembro, no Centro Universitário São Camilo, no bairro do Ipiranga, em São Paulo (SP). O tema do encontro, organizado pela Associação Brasileira de Ouvidores, é o ‘Modelo Brasileiro de Ouvidoria, Gestão e Participação’. Mais informações no site www.congressoabo.com.br
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