Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Temporada de chuvas

Tem um assunto que a imprensa em geral trata de forma enviesada, a meu ver. Todo ano na época das chuvas – e, portanto, das enchentes e desbarrancamentos – a imprensa vai filmar as tragédias anunciadas, focando as pobres pessoas que perderam tudo e muitas vezes seus parentes queridos e crianças. Mostra mulheres chorando, barracos desmoronados. Por que não focar na causa desses problemas? Será que a desgraça das pessoas vende mais jornal?

Não seria necessário enfatizar o problema das ocupações desordenadas, das construções irregulares, da falta de fiscalização, da falta de moradias dignas, falta de esgotos, falta de informação da população ao construir em locais de risco e o descaso deles mesmos ao jogarem todo seu lixo nos córregos e barrancos? Penso que os problemas precisam ser focados de maneira adequada. A tragédia com as famílias foi o resultado de várias providências que não foram tomadas, principalmente pelos governos. Mas será que o cidadão, se bem orientado, assumiria o risco de viver em lugares tão perigosos?

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Infelizmente a mudança da imprensa após a ditadura se tornou ineficaz. Tínhamos ótimos textos, músicas fantásticas e peças teatrais sensacionais – e, hoje, cadernos que não irão servir nem como consulta histórica conforme o debate. Odiei a ditadura e agora odeio a imprensa comercial e sem criatividade. Compre o jornal e ganhe um CD, uma revista e quem sabe até peças íntimas no futuro… (Mitchell Christopher Sombra Evangelista, professor, Itapevi, SP)

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Na pesquisa que fazem sobre o comportamento da imprensa sobre CPMF, o leitor somente tem chance de elogio!? No meu caso, critico a imprensa por não ter mostrado que o país não precisava mais desse imposto regressivo, e que na verdade o governo deve racionalizar seus gastos com novos programas eficientes de gestão de recursos e transparência, via internet, de cada valor despendido. (Sérgio Negrão, engenheiro, São Paulo, SP)

Nota do OI: A urna eletrônica do Observatório não tem pretensões de ser uma pesquisa. É uma simples enquete.

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Psicóloga, São Paulo (SP)