No escrupuloso ensaio que Roberto Pompeu de Toledo fez para a Veja São Paulo (4/7) sobre os 80 anos da Revolução Constitucionalista de 1932, um apanhado de manchetes de jornais da época ilustra a mais desbragada insensatez. A legenda da ilustração é precisa:
“A imprensa paulista, em sua grande maioria, foi também à guerra, o que significou, como é frequente nesses casos, que a causa se sobrepôs à realidade dos fatos. Vendeu-se a ilusão da vitória até as vésperas do desfecho.”
Pompeu de Toledo comenta no corpo do ensaio:
“É até surpreendente, dada a disparidade de forças, que a guerra tenha durado os 85 dias que durou.”
Eis as manchetes reproduzidas: “De vitória em vitória, as forças constitucionalistas aproximam-se do Rio”; “As hostes da ditadura estão em franca retirada no Paraná”; “A vitória do movimento constitucionalista é inevitável!”; “A ditadura é já um cadáver em decomposição”; “O exército da lei mantém valentemente as suas posições”.