Muito interessante a reportagem da Folha de S. Paulo de segunda-feira (12/3) mostrando as divergências entre os graduados integrantes do PSDB na área de Educação. O jornal entrevistou a ex-secretária Rose Neubauer (gestão Covas) e o ex-ministro Paulo Renato (FHC) sobre os (péssimos) dados da educação paulista. Os dois lamentaram a ‘falta de continuidade’ na área educacional ao longo dos 12 anos de governos tucanos no estado.
Procurado pelo repórter da Folha, o secretário de Educação da gestão de Geraldo Alckmin, Gabriel Chalita, fugiu da raia e preferiu não falar ao jornal.
Além das duas entrevistas, há um texto explicativo sobre as desavenças no tucanato, texto este que até mereceria destaque maior na edição – acabou escondido na penúltima página do caderno ‘Cotidiano’, quando o lógico seria ter sido a ‘abertura’ do material, que poderia ter saído em página dupla, e não alternada. Aliás, a Folha poderia perfeitamente ter publicado tudo no caderno Brasil, muito mais lido do que o ‘Cotidiano’.
Um dia depois (terça, 13/3), o ex-secretário de Educação Gabriel Chalita rebateu as entrevistas de Rose Neubauer e Paulo Renato publicadas na edição de segunda-feira da Folha. Ele defendeu a gestão de seu chefe Geraldo Alckmin e aumentou a polêmica no tucanato ao criticar as medidas tomadas pelo governador José Serra na área de Educação.
Chalita não bateu leve: ‘Como educador, e não falo em nome do Geraldo, a redução [do programa Escola da Família] é um equívoco. Começa muito mal o governo Serra’, disse o ex-secretário à Folha. Mais uma vez, porém, o jornal escondeu um material quente no meio do caderno de ‘Cotidiano’. Uma pena.
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Blog do autor: Entrelinhas