O Inquérito Leveson terminou sua terceira fase de coleta de informações, cujo tema foi a relação entre a imprensa e os políticos, no fim de junho. Na quarta e última fase, o inquérito ouve pessoas que estudam e escrevem sobre soluções regulatórias para as questões encontradas nos três primeiros módulos, como o mau comportamento da imprensa, as invasões de privacidade e violações da lei. Esta semana, estão marcados depoimentos do professor de jornalismo Roy Greenslade, que publica uma coluna sobre mídia no site do jornal The Guardian; e o professor John Horgan, ombudsman que atua junto ao conselho de imprensa da Irlanda.
Agora, a missão passa a ser usar os dados encontrados durante meses de depoimentos para tentar moldar um novo sistema de regulação da mídia – que satisfaça, de preferência, a vítimas de invasão de privacidade e difamação, políticos e donos de jornais.
O Inquérito, liderado pelo juiz Brian Leveson, foi criado em julho de 2011 a pedido do primeiro-ministro David Cameron, logo após o escândalo dos grampos telefônicos no tabloide News of the World. Os depoimentos tiveram início em novembro. A ideia era analisar os padrões éticos da imprensa do Reino Unido e definir soluções para os problemas encontrados, e para isso foram ouvidas centenas de pessoas. Testemunharam no Inquérito Leveson políticos como o ex-primeiro-ministro Tony Blair, celebridades como a atriz Sienna Miller, empresários de mídia como o magnata Rupert Murdoch, e pessoas comuns que tiveram suas vidas invadidas pelos excessos dos tabloides. Com informações de Ben Fenton [The New York Times, 25/6/12].