"01/03/2004
Mesmo que seja pelo lado negativo, a economia voltou a chamar mais atenção no fim de semana, ofuscando o caso Waldomiro (que promete bastante, de novo, a partir de hoje), com as notícias do resultado negativo do PIB de 2003 e a visita do diretor-geral do FMI ao Brasil. A crise política no Haiti contribuiu no mesmo sentido, apesar da ausência, ali, de um ‘olhar brasileiro’ (ver nota específica).
Edição de segunda-feira, 1 de março
Primeira Página
Não entendi a ausência de um texto, na capa, com crédito do enviado especial a Los Angeles, que assina a reportagem da capa da Ilustrada sobre o Oscar. A vitrine do jornal, dessa forma, deixou de espelhar algo importante, um investimento, afinal, feito para o leitor mesmo em tempos de vacas magras.
Haiti
Chama a atenção que o jornal –inclusive na Primeira Página– traga hoje texto de enviado especial à Venezuela e que o material sobre o Haiti (manchete) seja de agências internacionais ou reprodução de textos do ‘NYT’ ou ‘Monde’. Tudo bem. Entende-se que a presença do jornal em Caracas está na esteira da ida de Lula para aquele país. Mas como fica o ‘olhar brasileiro’, no sentido jornalístico, da cobertura de uma crise importante como a haitiana, que começou há algumas semanas? Não deveria o jornal ter enviado alguém para lá?
Partidos
1) O side ‘Alencar recebe alta, mas fica em São Paulo’ (Brasil, pág. A5) coloca após o nome do vice-presidente um ‘(PL-MG)’. Por que o MG, se ele não foi eleito por seu Estado, como no caso de deputados e senadores? Seria como escrever ‘Lula (PT-SP)’, o que o jornal, corretamente, não faz;
2) A retranca ‘Força faz hoje passeata contra MP dos bingos’ (Brasil, pág. A5) não informa a que partido pertence Paulinho, presidente da Força Sindical indicado no texto como pré-candidato à prefeitura paulistana. O mesmo ocorreu na semana passada (como apontei em crítica interna), mas o jornal continua omitindo a informação;
3) O abre ‘Reforma pode flexibilizar leis trabalhistas’ (capa de Dinheiro) cita em vários parágrafos declarações do diretor-executivo da Executiva nacional da CUT, José Maria de Almeida, que é contra a proposta até agora elaborada pelo chamada Fórum Nacional do Trabalho (ver nota mais adiante).
Tudo bem que ele, aqui, fala como sindicalista. Mas não dá para o jornal deixar de informar, também, que José Maria é o líder público maior e ex-candidato presidencial do PSTU.
Básico
O texto ‘Edwards e Kerry polarizam debate em NY’ (Mundo, pág. A9) não informa quando ocorrerão as eleições presidenciais nos EUA.
Reforma trabalhista
O interessante material da capa de Dinheiro sobre a polêmica proposta de reformas trabalhista e sindical não deixa claro quem são os membros do tal Fórum Nacional do trabalho, encarregado de elaborá-la. Quantos eles são?
Quem os indicou?
Sísifo
1) Faltou informar a idade de Romeu Chap Chap, que, segundo o texto ‘Solenidade marca posse da diretoria do Secovi em SP’ (Dinheiro, pág. B3), assume hoje, mais uma vez, a presidência da entidade;
2) O mesmo ocorre com Paulo Sophia, que, segundo Panorâmica da pág. D3 (Cotidiano), toma posse hoje na presidência do IAB.
Outro lado
A reportagem ‘BC falha na comunicação, dizem analistas’ (Dinheiro, pág. B5) exigia o registro da posição do banco sobre esse tema. Ela está ausente.
Sem sal
A cobertura sobre o encontro do diretor-gerente do FMI ontem com Lula, Palocci e outros na Granja do Torto (contracapa de Dinheiro) exigia mais do que o relato factual e até mesmo do que a informação destacada no título (‘Governo negocia mudar cálculo de superávit’). Faltou um side sobre os ‘bastidores’ do churrasco, especialmente para dar sequência à afirmação de Köhler, na semana passada, de que tinha um ‘interesse antropológico’ em relação ao evento. Ele o satisfez?
Como assim?
Ao tentar descrever um gol do Palmeiras de ontem, o sétimo parágrafo do abre ‘Palmeiras deixa Oeste nas mãos do STJD’ (Esporte, pág. C3) afirma:
‘Aos 41min do segundo tempo, Vágner fez linda jogada individual dentro da área e chutou no ângulo esquerdo do gol do Oeste’. O que é ‘linda jogada individual’? Melhor teria sido explicitar o que o atleta fez. Driblou três adversários, por exemplo?
Pará
Senti falta de alguma declaração do governador do Pará ou de um representante dele na reportagem ‘Sul do Pará reúne de escravidão a hackers’ (Cotidiano, pág. D5). O material é amplo e grave o suficiente para exigir um posicionamento do governo estadual.
Figurinha carimbada
O texto-legenda ‘Fuscão vermelho’, na coluna Mônica Bergamo (Ilustrada, pág. E2) usa essa expressão no sentido, se entendi bem, de figura fácil, ou seja, alguém sempre presente, no caso, no chamado ‘circuito das artes paulistano’. Figurinha carimbada, no entanto, significa o contrário: rara, difícil de encontrar. A verificar.
Edição de domingo, 29 de fevereiro
Refrigerantes
A arte e o texto de ‘Marcas líderes barram avanço de tubaínas’ (Dinheiro, pág. B9) informam que foram consumidos, em 2003, 11,5 milhões de litros de refrigerantes. Como é possível esse número se, conforme o mesmo texto, cada ponto percentual do mercado equivale a 120 milhões de litros? A verificar.
Pauta
Anúncio da associação das indústrias de alimentos na pág. A17 (Mundo) informa que desde 26/2 os alimentos industrializados com mais de 1% de ingredientes transgênicos passam a ter um símbolo específico no rótulo (um ‘T’ maiúsculo dentro de um triângulo). Dá uma boa pauta…
Padrão
A reportagem ‘Doleiros criam cooperativa de laranjas no país’ (Brasil, pág. A10) usa a expressão laranjas assim, sem aspas, diferentemente da Primeira Página e de outros textos no jornal. Creio que a ausência dessas aspas confunde o leitor, ainda mais quando se fala, como no título, em cooperativa. A padronizar.
Excesso
O abre da capa de Dinheiro (‘Demanda interna deve se recuperar em 2004’) tem seu lide baseado em declaração entre aspas de um economista da LCA Consultores. Ocorre que o mesmo economista assina um artigo de página inteira (na B7), abordando o mesmo tema (crescimento, desenvolvimento). Não é um exagero?
Edição de sábado, 28 de fevereiro
Painel do Leitor
Fato raro: um leitor (chamado Douglas Jorge) conseguiu emplacar duas cartas no mesmo dia… O que aconteceu?
Erudito?
Um leitor com formação universitária escreve para se queixar do uso de expressões como ‘cul-de-sac’ e ‘spin doctors’, sem explicações, nas colunas São Paulo e Brasília, respectivamente, nessa edição de sábado. Alega não saber do que se trata. Para reflexão.
27/02/2004
Todos os principais jornais destacaram no alto imagem do incêndio no edifício da Eletrobrás no Rio. OK. Marcaram ponto, porém, o ‘Estado’ e o ‘Jornal do Brasil’, que também deram em suas capas foto de protesto de funcionários de bingos em Brasília, evento que, apesar de numericamente limitado, aquece o noticiário sobre o caso Waldomiro e seus desdobramentos.
Primeira Página
O texto-legenda ‘Público recorde vê vitória do São Paulo’, com bela foto, não informa o resultado do jogo, ou seja, de quanto o time ganhou do Cobreloa.
Sombra no Planalto
1) O título do abre ‘Lula tenta abafar crise com promessa megalomaníaca’ (Brasil, pág. A4) me parece editorializado demais, com tom de jornal oposicionista (não ‘apenas’ crítico). A palavra ‘megalomaníaca’ nem sequer aparece no texto. Essa impressão se reforça com o título da retranca que vem logo abaixo, na mesma página: ‘Até FMI entrará na ‘agenda positiva’. Por que o ‘até’ no título? Aliás, nesse texto faltou remissão para a respectiva reportagem em Dinheiro (pág. B9), ‘Lula fará churrasco para Köhler em Brasília’;
2) Não está claro, no noticiário, o motivo formal pelo qual, apesar de já haver assinaturas suficientes para tanto no Senado, não se forma a CPI dos Bingos. O que é preciso, além das assinaturas?
3) O texto ‘Empregados de bingos protestam e criticam o fechamento das casas’ (Brasil, pág. A5) assume como tendo sido efetivamente realizada por Lula na campanha uma promessa de criar 10 milhões de empregos. Em outras ocasiões, o próprio jornal já deixou claro que não houve essa promessa e que o número (10 milhões) se referia, na plataforma petista, ao total de empregos necessários. Creio que, em nome da precisão –e se esse dado está mesmo correto–, cabe preservar a diferença;
4) A mesma reportagem não menciona a qual partido pertence o presidente da Força Sindical, Paulinho, corretamente registrado no texto, também, como sendo pré-candidato à prefeitura paulistana;
5) Parece-me muito frágil a arte ‘Caso Waldomiro e os bingos’ (pág. A6): a) não informa que Diniz foi exonerado ‘a pedido’ (informação importante, ausente também, aliás, do texto que ‘abraça’ essa arte); b) não registra que, à época (2002), ele, como presidente da Loterj, respondia ao governo de Benedita da Silva (PT); c) não deixa claro o que significa dizer que a MP que fecha os bingos foi emitida ‘contrariando posicionamento anterior’ (sei que se trata da mensagem ao Congresso e da posição anterior do governo, mas falta clareza); d) informa que a Justiça de SC concedeu liminar autorizando reabertura de bingos mas esquece que, na página anterior, uma reportagem informa que essa liminar caiu ontem; e) há pequeno pastel no título do item ‘Crise política abalo de Dirceu’ (sic);
6) O abre ‘PF intima ex-dirigentes da Gtech’ (pág. A6) classifica Diniz como ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil. Os demais textos, como nos dias anteriores, falam que ele o era da Presidência. Qual é formalmente a denominação correta (Casa Civil ou Presidência)? Falta, no mínimo, padronizar;
7) O mesmo texto informa que a PF pediu à Justiça ‘a quebra de sigilo telefônico do terminal’ usado por Waldomiro. É isso mesmo? A verificar;
8) Não está errado, a rigor, mas me parece impreciso dizer, como está no mesmo texto, que o contrato entre a GTech e a Caixa é ‘milionário’. O melhor seria exibir ao menos algum número;
9) O último parágrafo do texto ‘Procuradoria analisa contradições da Gtech’ (pág. A6) menciona a gestão de Cristovam Buarque no DF sem dizer quando ela ocorreu;
10) Faltou a versão institucional do Unibanco sobre os fatos registrados no abre ‘Cachoeira tentou acordo com Unibanco’ (Brasil, pág. A7).
Sísifo
1) Faltou informar a idade da pesquisadora Lucia Previato na Panorâmica ‘Brasileira ganha prêmio científico de US$ 100 mil’ (Ciência, pág. A12);
2) A mesma informação faltou com relação ao diretor da Fundação Zoológico, Paulo Bressan, no material da capa de Cotidiano. Trata-se de um personagem que tende a ganhar relevância no noticiário;
3) O abre ‘Preços no atacado ajudam a reduzir IGP-M em fevereiro’ (pág. B3, Dinheiro) menciona a Cofins sem dizer do que se trata.
Copom
A reportagem da capa de Dinheiro (‘BC indica que juro não deve cair em março’), sobre o conteúdo da ata do Copom da semana passada que manteve os juros em 16,5%, ficaria, creio, bem melhor se incluísse alguma análise sobre o que se pode depreender da ata com relação à inflação, não em termos passados ou imediatos, mas para médio e longo prazos. Uma análise nesse sentido permitiria ao leitor antever até que ponto a taxa Selic poderá mesmo cair, não em março, mas nos meses posteriores (ao menos no que depender da inflação e do câmbio). Para reflexão.
Bilionários
A Folha registra quais são as maiores fortunas do mundo (‘Harry Potter’ entra para o clube do bilhão’, Dinheiro, pág. B4), mas não informa quais são os seis brasileiros que integram a lista. Menciona apenas dois (os irmãos Safra). O ‘Globo’ fez uma edição, a meu ver, mais instigante, revelando os seis brasileiros, inclusive com uma arte. É material que sempre atrai a curiosidade do leitor.
Edifício Itália
A legenda da foto que ilustra o side ‘Cartão-postal’ (Cotidiano, pág. C4) aponta como sendo o Itália um edifício que é, salvo engano, o do hotel Hilton. Alguma coisa está errada. A verificar. O texto, aliás, não informa, em nenhum momento, onde fica (nome da rua) o edifício Itália.
26/02/2004
Apesar do Carnaval e dos resultados dos desfiles das escolas de samba, o que mais chama a atenção na leitura dos jornais de hoje é que o ‘Globo’ , tal como fizera ontem, traz importante e diferenciado material investigativo sobre o caso Waldomiro e seus desdobramentos. A Folha ‘segura’ o noticiário de bastidores do Planalto, mas continua a dever nas apurações do caso propriamente dito (ver nota específica).
Caso Diniz
1) O ‘Globo’ abraçou ontem e hoje a trilha das apurações sobre a atuação da norte-americana Gtech no Brasil e no exterior, suas relações com a Caixa Econômica Federal, Cachoeira e Waldomiro Diniz. É um ‘braço’ de investigação jornalística que merece atenção;
2) O ‘Estado’ traz interessante material sobre o fato de que dobrou o número de casas de bingo durante a gestão de Diniz à frente da Loterj;
3) A Folha recupera furo do ‘Globo’ de ontem sobre o relacionamento Gtech-Cachoeira-Diniz e acrescenta material em ‘off’ sobre a ‘operação abafa’ do Planalto em relação à CPI dos bingos. Mais uma vez, assim, sai-se bem nos ‘bastidores’ do Poder mas perde na investigação jornalística sobre o caso;
4) O abre ‘Pressão do Planalto faz PT desistir de ato pró-Dirceu’ e a retranca ‘Artistas e intelectuais fazem desagravo’ (Brasil, pág. A4) afirmam que o caso Waldomiro ‘explodiu’ no último dia 21. Mas não foi no dia 13, quando a ‘Época’ saiu?
5) A mencionada retranca ‘Artistas…’ (importante editorialmente como uma espécie de ‘outro lado’) menciona os nomes e as profissões de algumas celebridades que apoiam publicamente José Dirceu (o crítico literário Antonio Candido, o cantor e compositor Chico Buarque, entre outros). No caso de Oscar Niemeyer, porém, se acrescenta uma qualificação político-ideológica: ‘arquiteto comunista’. Por quê? No contexto, não há lógica nenhuma.
Planalto
Faltou um perfil (pessoal, político, profissional) de João Paulo Cunha, presidente da Câmara, que, estando José Alencar hospitalizado, assume a Presidência da República durante a viagem de Lula à Venezuela. Quem é o ‘nosso’ presidente interino?
Didatismo
1) Diferentemente do que faz a retranca ‘Mau uso de fundos mina ajuda, diz Bird’ (Mundo, pág. A14) ao citar a ‘agência de notícias France Presse’, o abre da pág. A 15 (‘França culpa Atistide pelo caos e pressiona’) cita a ‘agência Reuters’ sem explicitar que se trata de uma agência de notícias;
2) O texto ‘Cortejo cênico abre 3a Mostra SP’ (Ilustrada, pág. E4) faz referência ao ‘jornalista Euclydes da Cunha’ sem registrar, entre parênteses, seus anos de nascimento e de morte, o que pode levar leitores não familiarizados com o tema e/ou jovens a achar que o autor de ‘Os Sertões’ ainda vive;
3) O material de capa de Esporte (‘Após 10 anos, São Paulo revê seu alçapão na Libertadores’) apresenta o jogo de hoje do tricolor contra o Cobreloa, mas não informa de que país é esse último time. Da mesma forma, refere-se a equipes como Vélez Sarsfield, Newell’s Old Boys, Unión Espanhola e Colo Colo sem dizer de que países elas são. O abre menciona, ainda, a cidade de Quito sem dizer a que país pertence;
4) A arte sobre fusões e aquisições de empresas no mundo, ao pé da contracapa de Dinheiro, registra ‘as propostas hostis deste ano’, em negociação. O que são ‘propostas hostis’? Não há explicação.
Zoológico
1) A capa de Cotidiano (‘Para polícia, grupo envenenou animais’) destaca um dos casos mais misteriosos e interessantes dos últimos anos, em termos jornalísticos, fora da política. Há, nesse caso, um desafio complexo de apuração ao qual, até agora, a imprensa como um todo não soube responder. O material de hoje avança nessa direção, com base em declarações de um delegado, mas está longe de representar, ainda, o resultado de um trabalho de reportagem investigativa à altura do que o caso, a meu ver, exige;
2) Detalhe de edição: não dá para saber ‘quem são’ o dromedário e o elefante destacados em fotos no alto da capa. Ainda estão vivos? Como chamam? A essa altura, os animais do zoológico viraram personagens, e esse tipo de detalhe ganha valor para o leitor;
3) Acredito, ainda, que o jornal deveria esclarecer o que é a tal Fundação Zoológico. Quem a dirige? Quem banca as verbas? Como funciona?
4) Não entendi por que a Panorâmica ‘Diretora de zoológico pede demissão’ (Mundo, pág. A15), sobre caso semelhante ocorrido nos EUA, não foi editada junto com essa capa de Cotidiano.
Custos
Faltou informar, no abre ‘Programa bancará aluguel de 3.000 famílias’ (Cotidiano, pág. C3), qual é o custo total estimado desse programa da prefeitura paulistana.
Carnaval
Registro para interessante reportagem no ‘Estado’ sobre a violência praticada contra turistas estrangeiros durante o Carnaval no Rio. Destaque, em especial, para o caso do comissário de bordo israelense que teve US$ 5 mil roubados por dois PMs.
Promoção
O texto da reportagem ‘Cachaça ganha status de bebida para ser degustada’ (Equilíbrio, págs. 4 e 5) tem, a meu ver, tom excessivamente promocional. A bebida é tratada como ‘a brasileiríssima cachaça’, ‘produto com ótimo potencial para exportação’, ‘a branquinha’, ‘o aperitivo preferido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva’, ‘produto brasileiro acima de qualquer suspeita e com um lastro histórico forte’. Nada disso é inverdade.
Mas o conjunto soa quase propagandístico. Além disso, não nos é oferecida nenhuma informação técnica sobre o teor alcoólico dessa bebida, suas possíveis desvantagens em relação a outros destilados, quando se está bebendo em excesso ou não. Faltou uma abordagem crítica, indispensável até mesmo quando o eixo de uma reportagem for, como aqui, mostrar o novo tratamento de imagem (leia-se marketing) que tem sido dado para determinado produto (aqui, a cachaça) por seus fabricantes e exportadores, além do governo."